Connect with us

Críticas

STAR TREK DISCOVERY | Episódio 05: “Choose your pain” – Crítica do Viajante

Publicado

em

Mudd original interpretado por Roger C. Carmel na década de 60.

E o episódio de “Star Trek: Discovery” dessa semana, denominado “Choose your pain” (escolha a sua dor) trouxe de volta um velho conhecido dos trekkers de plantão. Trata-se de um velho malandro espacial: “Harry Mudd“. Tal personagem apareceu pela primeira vez no episódio da série clássica “As mulheres de Mudd” e posteriormente em outro denominado “Eu, Mudd” em ambos interpretado por Roger C. Carmel em 1966 e 1967 (1º e 2º temporadas).

Harry Mudd era uma espécie de trapaceiro intergaláctico, mercador de mulheres. Na série original era um bufão, um personagem vilanesco e de certa forma cômico. Agora em “Choose your pain” volta mais sério, mais sombrio, porém sem deixar de ser um malandro nato, dessa vez interpretado pelo ator “Rainn Wilson”, que ficou conhecido por interpretar “Dwight Schrute” no sitcom “The Office“.

No episódio de ótimo roteiro, os “klingons” sequestram o capitão “Gabriel Lorca” (Jason Isaacs) interessados em seu poderoso motor de propulsão bio-quântica. É na cela que Lorca se encontra com Mudd e um pouco do passado do vilão é revelado. Não esquecendo que Discovery é cronológicamente anterior à série original, e portanto, o encontro retratado nesse episódio é anterior aos encontros de Mudd e Kirk.

Na U.S.S Discovery, a personagem “Michael Burnham” (Sonequa Martin-Green) deixa um pouco de ser o centro da trama, apesar de ainda ter grande presença em tela. Aliás essa foi uma das principais reclamações dos trekkers mais conservadores em relação aos primeiros episódios. O primeiro oficial “Saru” (Doug Jones) tem importância vital no episódio ao ser obrigado a assumir o comando da nave na ausência de seu capitão e por isso ter que tomar decisões cruciais e moralmente questionáveis. Na ponte de comando acabamos por conhecer pelo menos os nomes dos outros oficiais graduados para os quais “Saru” dirige suas ordens.

Outro que volta a ter destaque é o engenheiro-chefe “Paul Stamets” (Anthony Rapp), e pelo desfecho do episódio fica claro que sua participação e importância na trama só devem crescer daqui para frente. Anunciado como o primeiro oficial assumidamente homossexual de Star Trek, Stamets ainda não havia dado mostra de sua sexualidade até agora, quando descobrimos quem é seu cônjuge dentro da Discovery (não vou dar spoiler, amigo leitor, você terá que assistir ao episódio para saber). Só não foi dado o “beijo”, mas ficou muito clara a relação entre os dois homens. O beijo provavelmente foi evitado por receio da “rage” dos fãs mais conservadores, mas acredito que no futuro será sim mostrado.

A conclusão do episódio, politica e moralmente correta agradou aqueles fãs que reclamavam até então de que a nova série estava de certa forma danificando a visão de sociedade utópica do criador de Star Trek, Gene Rodenberry. Mas convenhamos, não se chegou àquela “maravilhosa” sociedade de “Star Trek: The Next Generation” sem uma fase de transição. Uma transfrormação desse porte não se faz de um dia para o outro. A federação de Kirk está muito aquém da federação de Piccard e nem está em “tempos de guerra” como está a de Lorca. Entendo que o clima sombrio de paranóia e desconfiança, com oficiais sorumbáticos e pouco amistosos que se estranham o tempo todo, é completamente plausível e até mesmo esperado em uma zona de conflito. E não é por isso que deixa de ser Star trek como os mais radicais andam gritando. Minha classificação para o show se mantém:

Links para as críticas dos episódios anteriores:

Episódio duplo de estréia

Episódio 03

Episódio 04

Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

Comente aqui!

Mais lidos da semana