Críticas
THE ORVILLE | Se superando a cada semana! – Episódio 08: “Into the Fold” – Crítica do Viajante
Muitos “trekkers” mais conservadores andam dizendo que “The Orville” é mais “Star Trek” do que a própria “Star Trek: Discovery“. E, em certos aspectos, isso não deixa de ser verdade. A franquia criada por Gene Roddenberry sempre fez questão de produzir episódios onde os oficiais da ponte de comando e engenharia se destacavam, fazendo assim com que os fãs conhecessem e criassem empatia ou antipatia pelos mesmos. Isso não vem sido explorado nos episódios de “Discovery” tão bem como nos de “The Orville”.
Em “Into the Fold” é a vez da dra. “Claire Finn” (Penny Johnson Jerald) e do “ser artificial” “Isaac” (Mark Jackson) protagonizarem um episódio. Nele, descobrimos que a dra. tem dois filhos de por volta de 8 e 12 anos de idade, e que é mãe solteira. Ao rumar com os dois garotos para uma folga em uma espécie de “planeta-parque de diversões” em uma nave auxiliar e utilizando-se de “Isaac” como piloto, um acidente joga-os em uma fenda espacial, e ao tentarem pousar em um planetóide para reparos, batem em uma montanha que divide a nave em duas e também sua tripulação. Enquanto a dra. é capturada por habitante local, “Isaac” precisa lidar com os dois garotos “encapetados”.
O episódio tem algumas partes previsíveis demais, afinal, quem não deduziu que “Ty“, o garoto menor adoeceria após cair dentro d’água logo após o habitante local ter dito à dra. que toda a água do planeta havia sido intoxicada por uma arma biológica durante uma guerra apocalíptica? Apesar disso, o roteiro é bem amarrado e a maneira como a médica da “U.S.S. Orville” lida com a situação é bem plausível. Aliás, os motivos pela qual o habitante local captura e mantém presa a “dra. Finn” também são bem óbvios e coerentes com a situação, não ficando dúvidas de quais são. Também de maneira similar à sua série irmã (Star Trek), esse episódio de “The Orville” traz uma moral da história a ser aprendida pelas crianças e “Issac” consegue passar essa lição de sua maneira peculiar.
Sobre “Isaac”, fica cada vez mais claro para o que veio esse personagem. Confesso que ao ler a sinopse do personagem antes da estréia da série, antipatizei com o mesmo ao saber que era de uma espécie artificial que se julgava “superior” aos outros seres vivos. Entendi que seria um personagem arrogante e especista. Felizmente não é nada disso. Muito pelo contrário, sua inocência no trato das emoções e das singularidades da humanidade, além de sua curiosidade por isso, deixam claro que “Isaac” é um personagem bem similar ao comandante “Data” de “Star Trek: The Next Generation” ou, guardando as devidas proporções, “Sete de Nove” de “Star Trek: Voyager“. Está ali para questionar os costumes dos seres humanos e muitas vezes serve como alívio cômico pelas situações que provoca graças à sua ignorância. No episódio em questão, não dá para não rir dele questionando e contrangendo de maneira aberta e inocente a maneira como a dra. educa seus filhos.
Mas o que realmente importa, é que ao terminarmos de assistir”Into the fold”, sabemos mais sobre as personalidades de ambos os personagens destacados e é impossível deixar de criar opiniões sobre ambos. Para o bem ou parta o mal. Já em “Discovery”, confesso que não me lembro os nomes de mais da metade dos oficiais da ponte de comando…
Minha classificação pessoal para “The Orville” se mantém em:
Links para as críticas dos episódios anteriores:
Obs: Não há links para os episódios 05 e 06 porque eu estava fora de minha cidade ná época em que foram exibidos e não tive tempo de escrever as críticas sobre ambos ainda.
