Críticas
THE ORVILLE | Sexo, muito sexo com o Darulio! – Episódio 09: Cupid’s Dagger – Crítica do Viajante
E a série “The Orville” chega ao divertidíssimo nono episódio intitulado “Cupid’s Dagger” recheado de sexo e mostrando que no futuro, toda a babaquice e preconceito dos dias de hoje, não mais existirá.
Para quem não se lembra, o episódio piloto de “The Orville” começou com o oficial “Ed Mercer” (Seth MacFarlane) flagrando sua esposa “Kelly Grayson” (Adriana Pallick) na cama com um alienígena de pele azul chamado “Darulio” (Rob Lowe). O divórcio veio em seguida, e anos depois, ambos acabam constrangedoramente indo servir na mesma nave, a “U.S.S. Orville” como capitão e 1º oficial respectivamente.
Em “Cupid’s Dagger” ao capitão “Mercer” é dada a missão de ir a um planeta cuja colonização é disputada por duas raças belicosas que se odeiam. Cabe à “Orville” receber em suas dependências embaixadores de ambas raças além de um arqueólogo que está no planeta estudando relíquias e que deve determinar através do DNA encontrado nas relíquias, a quem pertenceria de fato o planeta.
O problema, é que ao desembarcar na “Orville”, descobrimos que esse arqueólogo nada mais é do que o alien, azul, o “Darulio”, tornando o clima entre capitão e ex-esposa/1º oficial muito tenso. O que ninguém sabia – (ALERTA DE SPOILER) – é que a espécie de Darulio, os retepsian, secretam de suas peles ocasionalmente uma espécie de feromônio que causa desejo sexual e atração. Logo a comandante “Grayson” está de volta à cama do alienígena, o que causa indignação ao capitão ciumento.
Doutora Claire e Yaphit
Porém, o capitão, ao ir tirar satisfações, acaba afetado pelo feromônio e também se apaixona pelo “Darulio”. E é a partir daí que o episódio dá uma lição de respeito à diversidade e tolerância. Em nenhum momento há mostras de preconceito por qualquer membro da tripulação seja na frente do capitão ou pelas suas costas. O feromônio também afeta outros membros da equipe – (MAIS SPOILERS) como a dra. “Claire Finn” (Penny Johnson Jerald) que acaba por ceder às constantes cantadas do ser alienígena e gelatinoso “Yaphit” (CGI com voz de Norm MacDonald) e mantém relações sexuais muito estranhas com ele. O que espanta a comandante Alara Kitan (Halston Sage), que os flagra, não é a natureza do ato em si, mas o fato de o estarem praticando em plena enfermaria.
Quando o capitão fala sobre sua nova paixão a seu melhor amigo, o piloto Gordon Malley (Scott Grimes), este esboça inocentemente, sem demontrar preconceito algum em minha opinião, um certo espanto que gera uma reação por parte de “Mercer” através de um discurso correto porém exagerado sobre “rotular pessoas” e de como tais rótulos podem ser prejudiciais ao indivíduo rotulado. Exagerado pois de certa forma demonstra que o capitão, mais do que seu amigo, se sente talvez um pouco culpado por estar atraído por outro indivíduo do mesmo sexo. O episódio todo vai no sentido de que esse sentimento é uma bobagem e deixa claro que preconceitos sobre gênero e sexualidade estão praticamente extintos no futuro onde se passa a série, um futuro utópico e por isso mesmo muito melhor que o tempo presente da raça humana que parece só andar para trás nesse sentido.
Diante de um episódio sensacional de uma série que se supera em qualidade a cada semana, minha classificação geral para a série aumenta mais meio ponto chegando à pontuação máxima:
Links para as críticas dos episódios anteriores:
Obs: Não há links para os episódios 05 e 06 porque eu estava fora de minha cidade na época em que foram exibidos e não tive tempo de escrever as críticas sobre ambos ainda.
