Filmes
MANDY | Filme de Nicolas Cage atinge 100% da crítica especializada no Rotten Tomatoes
O filme de terror Mandy, estrelado pelo polêmico ator Nicolas Cage e dirigido pelo diretor iniciante Panos Cosmatos e com baixíssimo orçamento, conseguiu a proeza de conseguir 100% de aprovação da crítica especializada do Rotten Tomatoes. O longa foi exibido na seção “Meia-Noite” do Festival de Cinema de Sundance de 2018 e atualmente está buscando uma distribuidora nos EUA.
Em sua crítica no site IndieWire ,o colunista Eric Kohn diz que o filme é louco, uma dose impressionante de psicodelia e distúrbios, mas principalmente uma desculpa para que Cage desencadeie seus extremos mais psicóticos . Ressalta que Cosmatos dá-lhe muitas oportunidades em um filme hipnótico que alterna expressionismo para um caos sangrento sem compromisso:
Mandy combina os excesso dos filmes B dos anos 80, canalizado através das próprias indulgências criativas de Cosmatos. As imagens granuladas de 16 milímetros, uma mistura vibrante de tons de néon e sombras ajustadas para a trilha sonora desorientadora de Johan Johansson, sugerem uma fantasia gótica que se desdobra dentro dos limites de um cartaz de metal pesado.
Ainda segundo Kohn:
Cage se encaixa bem como o madeireiro barbudo Red Miller, que tem uma vida idílica no meio do nada com sua esposa, Mandy (Andrea Riseborough). Porém as transições estranhas e o design de som disjuntivo deixam claro que uma força sinistra se esconde em algum lugar embaixo no subconsciente de Mandy. Neste meio solitário surge uma seita religiosa perturbada conhecida como Black Skulls, um híbrido da família Jim Jones/Charles Manson dominado pela telecinética Jeremiah Sand (Linus Roach), cujo lacaio Swan (Ned Dennehy) faz parte de uma gangue demoníaca de motociclistas da noite. O grupo invade a casa do casal e, quando Jeremiah confronta Mandy em uma tentativa perturbadora de sedução hipnótica, banhada por luz vermelha neon, o filme se funde com a loucura psicodélica de seus vilões. É uma variação impressionante e expressionista dos clichês de invasão doméstica até que Cage se liberta e comece seu caminho para a vingança. Então, é essencialmente um “Mad Max” em conjunto com Iron Maiden.A sobrecarga estilística do filme muitas vezes o empurra além das restrições das várias fórmulas que a narrativa traz à mente. Uma chave para as intenções de vanguarda do filme emergem com uma epígrafe peculiar: “Quando eu morrer, enterre-me profundamente, coloque dois alto-falantes aos meus pés, coloque alguns fones de ouvido na minha cabeça e me arrase quando estou morto. “Uma pequena pesquisa na Internet revela que a estrofe teria sido as últimas palavras de Douglas Roberts, que foi executado no Texas por matar um homem em uma neblina induzida por drogas, e” Mandy “essencialmente paira nessa mentalidade – evocando o que parece descer para pura loucura com luz e cor.
Kohn ainda diz que o ator simplesmente fica selvagem, que barba e sangue, permeiam de cada fibra de sua presença na tela. Se metade dos elogios que o crítico americano tece a Nicolas Cage forem verdade a respeito desse filme, o ator merece no mínimo mais uma indicação ao Oscar em 2019.
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