Na coluna Agora Eu Compro!, eu recomendo excelentes títulos que não são lançamentos e que, por isso, começam a ter um preço mais acessível.
Na matéria anterior, eu falei um pouco sobre o incrível Mortal Kombat 11.
Hoje, aproveitando o hype do vindouro Final Fantasy VII Remake, gostaria de falar um pouco sobre o ótimo Final Fantasy XV.
Final Fantasy XV é um daqueles jogos “Antes tarde Duke Nukem”. Em produção há uma década antes do aguardado lançamento, o antigo “Final Fantasy XIII Versus” finalmente chegou, trazendo novidades à uma das melhores franquias de RPG do mundo.
E eu comprei animado, pois já havia visto o filme “Kingsglaive FF XV” e esperava ansioso pela oportunidade de jogar.
Trailer do filme:
E, no início, é tudo muito bom. O mundo é aberto e os gráficos são de encher os olhos. Fazia um tempo que não parava o personagem para admirar a paisagem de um jogo. Aqui aconteceu. Com cenários fantasiosos muito lindos, Final Fantasy XV traz a magia do ambiente como poucos jogos conseguem. E nada melhor para isso do que um certo personagem fotógrafo, que te faz escolher os melhores momentos do game através de suas fotos.
A batalha está diferente também. Não é mais por turnos e sim com algo mais parecido com o Hack’n Slash. Todavia, não é possível ficar apertando o botão feito um doido, é necessário agir com cautela e usar corretamente os especiais e magias, além de administrar a ajuda dos seus amigos. A câmera atrapalha um pouco às vezes, pois é tanta coisa acontecendo em tela que você se perde às vezes. De qualquer forma, são batalhas relativamente fáceis, como se você estivesse jogando um FF no modo fácil. Quem já jogou os outros jogos sabe que essa franquia costuma castigar quem não treina seus personagens.
Os summons estão diferentes também, agora eles aparecem para ajudar em Situações X e você não tem muito controle sobre isso. Mas quando eles aparecem, geralmente quando você combate chefes gigantescos ou seu hp está ruim, fazem um show à parte.
Voltando ao assuntos dos amigos de batalha, eles são novamente o ponto forte da franquia. Prompto, Gladio e Ignis, os brothers do protagonista (Noctis), trazem personalidades “animescas” que não são muito bem tratadas no game em si, entretanto se você jogar o início do game e depois for assistir aos 5 episódios do anime Brotherhood – Final Fantaxy XV, você os verá de uma forma muito melhor.
A trama em si é igual a todos os outros Final Fantasy. Cidades Guerreando, onde o vilão da Cidade do Mal pode ter o poder de acabar com o mundo e a jornada do herói (Noctis – o rei dos reis, o escolhido) começa e termina com ele tentando salvar à todos. Nada de novo. Só que, neste game, a carga emocional de muitas partes, inclusive do fim, é muito forte.
Fiquei #deprê com aquele final (ehhe).
Mas nem tudo são flores. Pode-se dizer que é notório que o game é uma concha de retalhos. Há soluções de narrativa que claramente foram junções de uma ou outra parte que já haviam sido desenvolvidas durante todos esses anos. Se você não vê o filme, por exemplo, você mal sabe a importância do Rei Regis. E não é só isso, tem outros personagens coadjuvantes que deveriam ter sido melhores trabalhados. Também senti falta de mais cenas em CG, o que não é tão ruim porque as Cutscenes ingame já estão ótimas graficamente.
Embora seja de mundo aberto em sua primeira metade, a jogabilidade ainda é um pouco travada e linear na segunda metade, coisa que acontece com todos os Final Fantasy’s. Só que estou acostumado e para mim este detalhe não incomodou tanto.
Há cenas épicas e tensas, e esse jogo me deixou impressionado com elas; coisa que não sinto desde Uncharted 2.
Eu sou um grande consumidor de fantasia, sejam livros, música ou jogos. Até escrevo alguns contos no tema. E Final Fantasy XV, embora tenha muitas e muitas falhas, é uma das melhores fantasias que já presenciei, num produto multi mídia-ainda.
Eu recomendo muito.
Veja o trailer:
Final Fantasy XV está disponível legendado em PT-BR para PS4, Xbox One e PC.
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