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CARNIVAL ROW| Como abordar segregação racial e dívida histórica de forma fantasiosa e delicada

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A Amazon além de ser a market place que domina o mercado mundial, agora também tem em seu pacote prime um streaming de filmes e séries, com produtos originais e outros vindos das demais produtoras ao redor do mundo. A Prime Video também é detentora da distribuição dos estúdios Disney no Brasil até a chegada do Disney + nas terras BR. Entre essas produções originais da plataforma está a incrível Carnival Row. 

Carnival Row é uma série distribuída e produzida pela plataforma de Streaming Prime video. Teve sua estréia em agosto de 2019 e conta com a direção de René Echevarria, Travis Beacham. Contando com Orlando Bloom e Carol Delavigne no elenco, foi uma das apostas da plataforma, que logo conquistou o coração de fãs e já teve renovação para segunda temporada que deve sair entre o segundo semestre de 2020 ou primeira metade de 2021.

Divulgação

A série steampunk conta a história do inspetor de polícia Raycroft Philostrate (“Philo”),interpretado por Orlando Bloom, e os casos que ele investiga na Row, a rua (na verdade região) onde moram a maior parte dos seres que foram expulsos de suas terras natais. Em paralelo acompanha-se a fada Vignette Stonemoss (Cara Delavigne) que tenta sobreviver no Burgue depois de fugir da terra em que deveria ser seu lar e acaba nas ruas da cidade, mesmo depois de uma enorme decepção, sem ter para onde ir, a fada tenta com todas as suas forças trilhar  seu caminho. 

OPINIÃO DA EDITORA 

A série consegue tocar em assuntos muito precisos para a sociedade de forma lúdica e muito bem encaixada. Mesmo tendo um núcleo romântico clichê, os episódios te prendem, seja para conhecer mais dos personagens, seja para desvendar os crimes que o protagonista investiga. Fora que é visualmente bem construída, com belos elementos steampunks. 

O enredo desde o começo trata de segregação racial com muita força, juntamente com imigração, refugiados e xenofobia. Mostra como os humanos conquistaram, roubaram e depois descartaram as fadas sem nenhum escrúpulo, e as consequências disso. A maioria das fadas foge de sua terra que foi entregue a outro pais como forma de tentativa de paz em meio a guerra, e vão para o Burgo, capital do país que havia conquistado primeiramente, formando um gueto. Vivendo em condições sub humanas, eles tentam de tudo para sobreviver. A maioria dos presos, deportados, famintos, etc são deste lugar que deveria ser mágico, e por serem de uma raça diferente são tratados como seres subalternos pela população em geral. 

 

Cenas que descrevem preconceito são constantes durante toda a produção. Inclusive quanto ao personagem Agreus, um fauno que conquistou um lugar na sociedade. Ele passa por todo tipo de situações estranhas por estar neste lugar. Também observa-se a opressão policial em cima deste seres mágicos em diversos momentos por serem diferentes.

 

 

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Por mais que o romance entre Vigniette e Philo seja clichê, é apaixonante. Acaba que o espectador envolve-se nesta história e muitas vezes não sabe o que vai querer ver na narrativa: eles seguindo juntos ou tomando seu rumo. Outro romance nada clichê da trama é o de Jonah e (Seria Spoiler então não vai parecer aqui!) Mostra claramente o jogo de poderes, e como isto pode influenciar em toda uma sociedade. 

Não pode-se deixar de destacar o Girl power contido nesta série e como as mulheres são fortes e superam qualquer dificuldade, seja ela qual for. Seja a protagonista tentando sobreviver da forma que consegue, até a fauna que trabalha na casa de um dos aristocratas, elas estão sempre fortes e de cabeça erguida, seja qual for a situação.

 

 

Carnival Row  é uma ótima pedida para o Carnaval! Confere o trailer: 

 

 

Sou uma afccionada por livros, inclusive de fantasia, então amo passar as horas dos meus dias imersa em mundos imaginários, perdida entre as páginas de cada obra que me chega as mãos. Apelidada carinhosamente de traça pelos amigos, leio como se não houvesse amanhã. Por este motivo, virei acadêmica do curso de Letras (Português/Inglês) no IFCE (Campus Tianguá), aonde busco cada vez mais me aprofundar na área literária. Cosplayer, descobri o hobby aqui onde moro: uma cidadezinha no interior do Ceará chamada São Benedito. E, depois de ler, é a coisa que eu mais gosto de fazer: me vestir dos meus personagens favoritos. Por isso não é difícil me ver zanzando em algum evento da região. DcNauta assumida, amo a Zatanna, mas minha HQ favorita é V de Vingança da Vertigo. Escrevo para mais dois blogs porque AMO falar sobre as coisas que me fazem sentir viva de alguma forma: Livros, cosplays... entre outras coisas.

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