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HOMEM ARANHA| NO MULTIVERSO DO ARCO ÍRIS-Marvel anuncia o primeiro Aranha gay
Anúncio foi feito no mês do orgulho LGBTQI+
Novidade nos estúdios Marvel! A gigante dos quadrinhos anunciou a primeira variante gay do Spider Man. E a data não poderia ser mais propícia: junho é o mês em que se comemora o Orgulho LGBTQI+. Intitulado de Homem Aranha: Web Weaver ou Tecelão de teia, ele será um personagem novo numa realidade alternativa. O Peter Parker dos quadrinhos continua o mesmo. Com lançamento previsto para setembro nos Estados Unidos, o novo personagem é uma criação em conjunto dos roteiristas Steve Foxe e Kris Anka.
Aranha Style
Mesmo sem dar muitos detalhes sobre o novo spider, Foxe aguçou a curiosidade do público com uma pequena descrição sobre o Aranha Gay. Ele é um design de moda que ganha poderes de aranha. Seu visual, criado por Anka, teve inspiração em estilistas famosos e também na aranha amarela de jardim. A primeira imagem divulgada do herói mostra o aranha num traje amarelo e preto.
Como ainda não foram revelados muitos detalhes a respeito do novo personagem, será necessário aguardar a publicação dos quadrinhos para um real “confere”.
Reforço dos Estereótipos
Até pouco tempo atrás não se falava em um super heróis assumidamente gays. Durante décadas o estereótipo do herói era branco, másculo, sarado e hétero. A inclusão de super heróis gays foi feita de forma gradual, muitas vezes não passando do campo da insinuação ou então em forma de sátira, com personagens caricatos. Nos anos 80 um personagem do programa humorístico na TV brasileira, o “Viva o gordo” , interpretado por Jô Soares chamava bastante a atenção do público com suas roupas coloridas, trejeitos afeminados e falas clichês. O Capitão Gay (Jô Soares) formava uma dupla curiosa e extravagante com o seu parceiro, Carlos Suely, interpretado por Eliezer Motta. “Chegay, Gay de assumido”, eram alguns dos bordões do personagem. Todas as expressões faciais e corporais do Capitão Gay reforçavam a imagem de um homem feminilizado.
Mamonas Assassinas
“Um tanto quanto másculo, com M maiúsculo, vejam só os meu músculos”… um outro exemplo de representação homossexual caricata dos super heróis era o grupo Mamonas Assassinas. Com um humor considerado irreverente para a época e com letras de duplo sentido, o quinteto sempre se apresentava vestido como super heróis. “faça uma plástica, aí entre na ginástica, boneca cibernética, um Robocop gay”, dizia a letra de um dos maiores sucessos do grupo.
Sabemos que esse tipo de humor não cabe mais na nossa sociedade, não é aceitável. Mas pouco se discutia sobre isso nos anos 80/90 onde a homossexualidade era vista como chacota, como entretenimento. O telespectador se sentava diante da TV para gargalhar, fazer trocadilhos de gosto duvidoso.
O perigo de estereotipar grupos
Sabemos da necessidade da inclusão do super herói que foge ao modelo do macho alfa heteronormativo. Mas há que se ter um olhar mais cuidadoso nessa inclusão para que isso não cause o efeito contrário. A Marvel, ao mostrar o Aranha Web Weaver com um visual mais despojado, mais “afetado”, feminino, indo na contramão do que sempre foi apresentado, abre um leque maior para mostrar a importância da diversidade, ao mesmo tempo apresenta um prato cheio para comentários depreciativos de uma ala mais conservadora do universo nerd. Nerd conservador e preconceituoso? Por mais contraditório que isso possa parecer, eles existem e são em grande número. O que é um paradoxo, já que a comunidade nerd foi um grupo bastante marginalizado até meados dos anos 90. Vale lembrar também que a própria Marvel já foi acusada por grupos leitores e grupos simpatizantes da comunidade LGBTQI+ de boicotar personagens gays em suas produções.
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