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Escondido na Netflix

ESCONDIDO NA NETFLIX | Viver Duas Vezes

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Há coisas que são impossíveis de se esquecer e que nós muitas vezes até que gostaríamos de apagar de nossa memória mas não conseguimos, e os amores do passado são os que mais se encaixam nesse perfil, olhamos para eles, nos dividimos entre saudades e dores (que muitas vezes são a mesmíssima coisa) e desejamos esquecer, simplesmente esquecer mas não conseguimos, e lá no fundo a grande verdade é que não queremos esquecer.

Nosso protagonista (Emilio, interpretado brilhantemente pelo argentino Oscar Martínez) é um reconhecido ex-professor de matemática de faculdade, mas não apenas um professor da matéria mas um apaixonado por ela. E sua paixão pela matemática nasce de sua admiração por ela, por sua lógica, e assim como a matéria ele é pura lógica, sendo muitas vezes até frio, somando-se a isso o seu jeito rabugento, ele se torna um sujeito difícil de conviver, por isso ele mora sozinho desde que perdeu sua esposa.

Mas ele percebe que seu raciocínio sempre afiado e rápido fica um pouco vagaroso durante um exercício de quadrado mágico (Sudoku), ao procurar ajuda médica ele é diagnosticado com Alzheimer.
Sua única filha Julia (Inma Cuesta) ao descobrir o diagnóstico do pai o força a ter mais contato com ela, seu marido e sua filha.
A doença avança de forma agressiva em um curto espaço de tempo, e ele percebe que realmente irá perder boa parte de sua memória mas há algo lá que ele não gostaria de perder, que é o seu primeiro amor e também o grande amor de sua vida, Margarita.

Foi um amor de adolescência que nunca foi vivido mas sempre viveu escondido por décadas em seu coração, ele então parte em busca de Margarita com quem perdeu contato desde a adolescência, mas ele é um tanto avesso a uso de internet, é daí então que entra uma das melhores coisas do filme, sua neta Blanca (Mafalda Carbonell) que tem uma limitação em uma das suas pernas.

Os dois tem uma química amável, ele rabugento, ela não muito sociável também, ela uma dedicada usuária das redes sociais se apaixona pela história do avô e decide ajudá-lo, o que sua mãe discorda. Os melhores diálogos são dos dois, principalmente quando se engalfinham, como quando Emilio a provoca por seu constante uso do celular (“Essas coisas fritam o seu cérebro”), ela responde à altura (“Bom, o seu já está frito”), ou quando como ela fala com desdém do trabalho do seu que é pai coach (“É uma profissão que ele inventou para não admitir que está desempregado”).

Apesar dos diálogos mais ácidos, o filme é doce, leve e cativante em seu começo que não faz rodeios para apresentar a sua proposta, o que faz com que a gente abrace a história de forma fácil e se envolva rápido, mas ao acrescentar mais elementos através do casamento da filha, a narrativa fica levemente enfadonha mas isso não demora tanto a se resolver e o destaque volta para onde queremos que esteja e aquela história doce do começo vai ficando mais tocante, mais pessoal e reflexiva de forma extremamente necessária para nós.

O desfecho é maravilhoso, há tempos não ficava tão satisfeito com um final de filme.
A trilha sonora é um perfume que não perde a sua graça nem no passar dos créditos no final, a fotografia também é outro presente, a direção de María Ripoll (Sabores da Vida) é afinada, enfim, Viver Duas Vezes é um filme delicioso pra se ver e se emocionar e disparar aquele gatilho da nostalgia dos amores guardados dentro de nós, então prepare a pipoca (e alguns lencinhos) e corre pra ver esse tesourinho que está Escondido na Netflix.

 

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Paulistano, amo música, filmes, séries, e estou ressuscitando o amor por animes. Aprecio os filmes bons e me divirto debochando dos ruins (o que gerou o injusto apelido de Mestre Hater). Tento ter como característica, textos curtos e objetivos valorizando a informação. Escritor das colunas HATEANDO! Demorei, mas eu vi! Escondido na Netflix

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