Escondido na Netflix
Todos Os Meus Amigos Estão Mortos | Um slasher bem diferente
O título é não só é engraçado, como também curioso. “Todos os meus amigos estão mortos“, filme polonês de 2020, traz uma visão diferente para o gênero adolescente slasher. Tem uma pegada tarantinesca, principalmente na fotografia, mas longe de trazer uma crítica política ou um elenco de peso como os filmes do diretor americano. Dá pra caracterizar o filme como uma divertida surpresa.
A película começa com o policial Dabrowski (Michal Meyer) e o inspetor Kwasniewski (Adam Woronowicz), atendendo uma ocorrência em plena manhã de Réveillon. A investigação é trágica, ao mesmo tempo que absurda: todas as pessoas da casa estão mortas, de maneiras inusitadas e sangrentas. O objetivo não é descobrir como termina, mas sim, como o fato aconteceu.
Através de um flashback que só o espectador tem, voltamos à noite anterior. De uma forma que ironiza o gênero slasher utilizando a comédia, o diretor (e também escritor) Jan Belcl cria um enorme filme cheios de acasos e coincidências mortais que pouco a pouco vão terminando em um banho de sangue. Detalhes como um rascunho no papel higiênico, um entregador de pizza suicida, um quadro sujo de sangue vão sendo aos poucos revelados e colocados na linha pregressa do tempo.
Os primeiros atos não diferem em nada de antigos besteiróis americanos, inclusive todos os clichês estão lá: a festa sem a presença de adultos, os nerds que querem transar, as gêmeas gostosonas, a mulher madura e bem sensual; porém cada um deles é tratado de uma forma peculiar, principalmente pelo jogo de câmeras. Estas passeiam pela casa, ora focando em um, ora focando em outro, de tal forma que os pontos começam a ser interligados devagarinho e a gente começa a construir na cabeça uma causa provável para aquela carnificina toda.
Obviamente, o filme não é perfeito. Ele oscila entre um filme adolescente e um filme slasher, sem se concentrar em nenhum deles, o que pode causar uma certa estranheza. Não há um protagonista específico, então demora para que o público crie uma conexão com os personagens. De fato, a melhor conexão chega com o entregador de pizza – aquele que cujo destino é trágico demais para a pouca parcela de culpa que ele tem na festa. Infelizmente essa conexão chega atrasada.
O final é um pouco morno. A expectativa gerada durante os noventa minutos de filme é muita alta pra terminar da forma que terminou, embora ainda assim, seja um final a altura daquilo que o filme se propõe, que é um novo olhar a filmes com adolescentes que são mortos. A resolução talvez não tenha sido efetiva, mas foi certeira quando conecta o final do filme não só ao começo, mas a uma conclusão tirada por uma das personagens. A história se completa e acaba, mas você precisa pensar um tiquinho pra entender – proposta diferente daquela a que estamos acostumados em filmes deste gênero.
“Todos Os Meus Amigos Estão Mortos” é um filme divertido com uma proposta diferente. Não é um filme que vencerá vários prêmios, mas está longe de fazer feio. Nesses dias de pandemia em que o streaming é tão valorizado, vale a pena dar uma olhada, principalmente se estiver precisando dar uma desligada dos fatos do mundo lá fora. O filme está disponível no catálogo do Netflix, que também produziu o filme.
Nota: 3/5. Bom!
Trailer:
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