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Escondido na Netflix

ESCONDIDO NA NETFLIX | We are Twisted F***ing Sister!

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Capa do album Stay Hungry de 1984

Meu primeiro contato com a banda Twisted Sister foi em meados de 1984 quando lançaram o album Stay Hungry. Eu já era fã do Kiss e do Iron Maiden e quando vi a capa do LP nas mãos de um colega de escola (eu tinha 11 anos de idade na época) minha mente explodiu. Sem nem ao menos ouvir uma música, já me tornei fã daqueles malucões. Vestindo uma roupa bizarra, com uma maquiagem pesada em um enorme cabelo loiro de aparência suja, o vocalista Dee Snider estava agachado segurando um enorme osso e com um semblante de psicopata. Ao lado dele, o nome da banda e o logotipo da mesma estilizada também em ossos, como vocês podem ver na reprodução ao lado.

Posteriormente comprovei que o som pesado dos caras me agradava tanto quanto seu visual agressivo e cômico ao mesmo tempo. O Twisted Sister provavelmente é a banda que popularizou o termo Glam Rock ou Glam Metal, apesar de não serem os criadores do estilo. Com o advento da MTV, emplacaram dois clips sensacionais (I wanna rock We’re not gonna take it), alardeando a rebeldia juvenil e repudiando velhos costumes e tradições como ultrapassados. Como todo bom rock deve ser.

Desde então, sempre me gabei de ser fã daquela banda com caras vestidos de mulher e que faziam um som da pesada, mas a verdade é que nunca me aprofundei realmente na história da banda. Eu entendia que Dee Snider era o cabeça da banda, por ser o frontman e também por um episódio onde o mesmo precisou defender não só sua música como o rock and roll e a liberdade de expressão  diante do senado americano em 1985 após uma comissão de púdicas esposas de senadores decidirem que o ritmo em questão estava deturpando a mente da inocente  juventude norte americana e deveria ser banido das radios e TVs. Seu discurso aos senadores, vestido como se apresentava em seus shows, foi épico e definitivo para a decisão final que acaboui entendendo que o banimento seria uma afronta aos direitos garantidos pela constituição. Eu também achava que como a maioria dos rockeiros, o pessoal do Twisted estava imerso em um ambiente de “sexo, drogas e rock and roll”.

Qual não foi minha surpresa então, ao assistir agora ao documentário  We are Twisted F***ing Sister!, disponível na rede de streaming Netflix. Lançado em 2014, o filme dirigido por Andrew Horn se utiliza do formato já clichê quando se trata de documentários sobre músicos, com entrevistas longas com os membros da banda, fãs, produtores, e outras pessoas envolvidas, recortadas em trechos curtos e intercaladas com imagens de palco, tanto antigas como mais recentes. Porém, o que me surpreendeu foram os fatos da história do Twister que eu desconhecia.

ALERTA DE SPOILER – SPOILERS A PARTIR DAQUI

Já de cara fiquei boquiaberto ao saber que o dono da banda, o cabeça e o responsável pela luta e pela sobrevivência da mesma desde 1975 não era Dee Snider, mas sim o guitarrista Jay Jay French. Claro que o vocalista conquistou sua importância dentro da banda com o passar do tempo, mas no começo, era apenas um moleque arrogante que French tinha que aturar. E meu queixo caiu ainda mais ao descobrir que tanto Snider quanto French, nunca usaram drogas, beberam ou fumaram. Sempre estiveram sóbrios apesar da aparência de doidos. E foi graças a essa sobriedade que passaram 7 duros anos na estrada tocando em clubes e bares até conseguirem gravar seu primeiro album em 1982. 

A história de como resolveram se vestir de mulher e se maquiar, a participação da namorada de Snider como figurinista da banda, a recepção por parte do público. Está tudo no longa, além de curiosidades como quando o dono de uma das casas onde tocaram veio parabenizá-los por seu racismo, quando a mensagem que queriam passar era totalmente outra. O documentário é leve e até mesmo engraçado em vários pontos, e não cansa o espectador apesar de suas duas horas e dezesseis minutos de duração. 

Muito pelo contrário, chegou a me decepcionar quando acabou sem citar a passagem de Snider pelo senado ou a produção dos clipes já no auge da fama. Porém a culpa foi minha por não ter dado muita atenção à sinopse, pois o filme entrega exatamente o que promete, ou seja, a história da banda antes da fama e da gravação do primeiro album. 

Diante disso tudo, fica minha recomendação para qualquer fã de rock. O documentário vale muito a pena. Abaixo, minha nota e o trailer:

4/5

 

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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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