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Críticas

THE ORVILLE: NEW HORIZONS | Terceira Temporada Estreia com um Tom Aparentemente Diferente – Episódio 01 “Ovelha Elétrica”

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Quando foi anunciada  em 2017 a série The Orville foi vendida como uma “Paródia-Pastelão” da franquia Star Trek pelos executivos da 20th Television  que ainda pertencia às empresas Fox que mais tarde seriam vendidas ao conglomerado de entretenimento da Disney. Entretanto, desde o início, o produtor executivo e criador do show avisou que não seria bem isso. 

Seth MacFarlane com capitão Ed Mercer

Seth MacFarlane, que também é criador da longíqua e escrachada série de animação Family Guy (no Brasil Família da Pesada) e grande fã da já citada série de ficção científica criada por Gene Rodenberry na década de 60 do século passado, disse na época que sua produção apesar de possuir um certo tom cômico, não era uma comédia de situação (os episódios tem cerca de 40 minutos, diferente dos tradicionais 20 minutos dos sitcons) e tampouco uma paródia de Star Trek, mas sim uma homenagem. 

Ao longo das duas temporadas que foram exibidas pela Fox, o talentoso Macfarlane provou o que dizia apresentando uma série extremamente bem escrita que apesar de um certo toque de humor muitas vezes ácido, abordou de forma extraordinária temas delicados como preconceito, religião, política, drogas entre outros e homenageando Star Trek de uma forma tão respeitosa e dedicada que agradou de uma forma surpreendente os próprios Trekkers (comunidade de fãs de Star Trek que costuma ser bastante zelosa no tocante à franquia) sendo que uma grande parte deles chegou a declarar que o show de MacFarlane seria “muito mais Star Trek” do que a própria série Discovery, essa sim oficialmente da franquia e lançada na mesma época e que desagradou uma parte dos fãs mais ortodoxos. 

Após todo o imbróglio da venda da Fox para a Disney, The Orville ficou um tempo na geladeira gerando rumores de que havia um certo desacordo entre as exigências de controle criativo de MacFarlane e a moral vigente dentro da Disney. Chegou-se a comentar que alguns “liberalismos” dentro da série, como o fato de a maconha ser totalmente liberada e sintetizada nos sintetizadores da U.S.S Orville (espaçonave que dá título ao show e na qual o mesmo é ambientado) poderiam estar incomodando os executivos mais conservadores da empresa do Mickey Mouse. Mas o fato que após dois anos, estreou hoje na Hulu (rede de streaming voltada a um público mais adulto da Disney) a terceira e aguardadíssima temporada de The Orville.

Irillia (Alexis Knapp)

Pelo menos nesse primeiro episódio intitulado Electric Sheep (Ovelha Elétrica) nota-se que há uma mudança no tom da série. Além de ter ganhado um sub-título, New Horizons (Novos Horizontes), a série aparentemente perdeu um pouco do humor satírico das primeiras temporadas tornando-se talvez ainda mais semelhante a Star Trek do que já era, se é que isso é possível. Pouquíssimas piadas e um pouco mais reflexiva nos temas abordados. O que não é pra menos, já que esses temas não foram nada leves. The Orville volta a tocar em feridas da sociedade atual mesmo se situando em um futuro mais utópico. Abordando bullying, solidão, ódio e suícidio Electric Sheep já chega acertando o telespectador com os dois pés no peito. Há cenas engraçadas? Sim, há. Principalmente sobre a aparência de aliens como por exemplo a nova namorada um tanto espinhosa do engenheiro-chefe John LaMarr (J.Lee) chamada Irillia (Alexis Knapp). Mesmo o já conhecido e gosmento tenente Yaphit (voz de Norman Macdonald) pareceu menos engraçado em sua aparição.

Alferes Charly Burke (Anne Winters)

Macfarlane além de dirigir o episódio voltou ao papel do capitão da nave, Ed Mercer ao lado de sua ex-esposa e primeira oficial KellyGrayson (Adrianne Palicki). Porém, como já é costume em The Orville, o protagonismo dos episódios é rotativo e as estrelas da vez foram o andróide do planeta Kaylon denominado Isaac (Mark Jackson), a oficial médica dra. Claire Finn (Penny Johnson Jerald) e a alferes Charly Burke (Anne Winters) em sua estreia no programa. Todos os outros tripulantes regulares contudo, fizeram suas aparições mesmo que curtas como já é praxe tanto em The Orville quanto em Star Trek.

 

 

Visualmente pode-se dizer que The Orville ganhou muito com sua aquisição pela Disney. O CGI está impecável. As cenas espaciais estão deslumbrantes com seus planetas, docas espaciais, naves, batalhas e manobras. A nova nave auxiliar Pteranodonte que aparece sendo testada pelo tenente Gordon Malloy (Scott Grimes) é de deixar qualquer fã de ficção científica babando de satisfação.

O enredo em si abordou a continuidade da guerra com os Kaylon iniciada na temporada passada focando na reintegração de Isaac à tripulação após o mesmo ter traído a Federação de Planetas e ter causado a morte de milhares, principalmente parentes e pessoas próximas aos tripulantes da Orville. Grande parte agora o odeia e o bullying é constante, mesmo com o andróide não sendo capaz de ter sentimentos para percebe-lo. A relação destruida entre ele e a dr. Claire também é revisitada pois agora os dois filhos da médica nutrem sentimentos antagônicos em relação Isaac.

E, para não fugir do espírito de Star Trek, o episódio termina com aquele final feliz mas nem tanto. Que faz refletir sobre a evolução do ser humano como indivíduo e como sociedade. Novamente os Trekkers vão adorar. Não tanto quanto Strange New World, seu novo xodó, mas com certeza mais que Picard que acabou recentemente. Pelo menos os mais conservadores. Não darei 5 navinhas ainda.


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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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