Críticas
O REI LEÃO | Crítica do Neófito
Fazer uma crítica da nova versão de O Rei Leão (Disney) é uma tarefa ao mesmo tempo bastante simples e altamente complicada, afinal, trata-se de um filme cuja história quase todo mundo conhece e pela qual se emocionou, quando da versão em desenho animado de 1994.
Ou seja, é fácil e simples em razão do fato de que não há muita preocupação com spoiler – pois, como dito, a esmagadora maioria das pessoas já conhece o enredo – e, constatando-se que a nova versão se mantém absolutamente fiel ao material de origem, bastaria dizer que o filme é tão bom quanto o antecessor e pronto.
Contudo, a questão a se saber é se vale à pena sair de casa para rever algo a que já se assistiu, isto é, se a nova versão tem elementos suficientes que justifiquem gastar uma boa grana na bilheteria do cinema e na praça de alimentação do shopping para ver algo que já se conhece tão bem.
Dessa forma, em primeiro lugar, é importante definir se a nova versão é ou não fiel ao desenho da década de 1990 e a resposta, para alegria de muitos, é sim! A nova versão – dirigida por Jon Fraveau (Homem de Ferro 1 e 2) – é bastante fiel à animação. As pequenas modificações e acréscimos do filme atual – que somados dão algo em torno de 20 minutos de projeção a mais – são sutis e não modificam em nada o cerne da história.
Os que se emocionaram ao lado dos pais quando crianças e/ou adolescentes com a saga de Simba (voz de Donald Glover) no passado têm uma excelente oportunidade de se emocionarem novamente, só que desta vez como pais ao lado de seus filhos! Nada como o ciclo da vida, não?
Foto: Divulgação
Mas, com tantos recursos tecnológicos domésticos na atualidade, por que não reassistir à versão animada na comodidade do lar, comendo pipoca de micro-ondas com guaraná, ao invés de encarar cinemas lotados, filas enormes para pegar comida, pagar estacionamento e enfrentar engarrafamento na volta para casa?
A versão nova tem, como atrativo para arrancar os atuais pais do conforto de seus sofás, uma fotografia absolutamente deslumbrante; uma animação realista que impressiona de verdade; interpretações novas que convencem (com destaque para o Scar de Chiwetel Ejiofor, que não perde nada para a versão de Jeremy Irons); vozes originais extremamente competentes (em especial, James Earl Jones emprestando novamente seu vozeirão para compor o rei Mufasa e Beyoncé como Nala); e a reciclagem da belíssima história do rei da selva. Algumas pequenas e sutis modificações nos textos de alguns personagens – como a conversa entre Mufasa e Simba sobre o reino e as responsabilidades de um rei – servem bem ao momento político atual do mundo, mas são inseridas de forma tão orgânica, que só chamarão a atenção daqueles que se atêm a detalhes ou ficam caçando coisas em cada frame.
Foto: Divulgação
Por outro lado, tudo é tão realista no filme, que, ver animais falando e cantando pode causar certa estranheza.
Algumas poucas cenas do filme de 2019 perdem em impacto visual para a animação de 1994, como a do estouro da manda de Gnu’s, que, no desenho animado, era de tirar o fôlego e, na atual, é mais crua e um pouco menos impactante em termos visuais (no quesito emoção, entretanto, não fica nada a dever). Em compensação, o refúgio de Timão (Billy Eichner) e Pumba (Seth Rogen) é de uma beleza arrebatadora nesta nova versão.
Ou seja, é o mesmo filme sob nova roupagem.
De modo que a experiência de ver seu filho se emocionar como um dia você se emocionou com o filme é única, valendo, sim, a ida ao cinema para conferir uma velha boa história.
Se ainda estiver na dúvida, melhor seguir o lema hakuna matata (“sem preocupação”) e ir de coração aberto aproveitar o momento.
Foto: Divulgação
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Nota: 4 / 5 (ótimo)
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