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Eventos & Exposições

Brasil Game Show | As impressões de um novato na maior feira de games da América Latina

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Este que vos fala aproveitando a calmaria antes da abertura do evento

Feiras são eventos interessantes. Você agrupa um punhado de pessoas com interesses em comum embaixo de um pavilhão (ou a céu aberto mesmo) e deixa que eles interajam. Desse encontro sai contatos, novidades, compra e venda, amizades e as vezes decepções. Mas quem visita um evento desses, sempre sai marcado por alguma coisa.

Não sou totalmente inexperiente em eventos desse tipo. Como RPGista tarimbado, já estive duas vezes no Encontro Internacional de RPG, em um Encontro Paulista de RPG e é claro, sem esquecer, meu primeiro evento, o “Encontro de RPG e HQ de Rio Claro”, lá no interior, na cidade vizinha de onde eu morava na época. Portanto, uma feira como essa não deveria ser novidade pra mim… Mas foi.

O primeiro impacto que a Brasil Game Show, a BGS, causa é quase paradoxal. Por que é feito para pessoas que muitas vezes jogam com um adversário do outro lado do mundo, sem sequer conhecê-lo pessoalmente. Talvez nem falem o mesmo o idioma. Jogadores que conhecem consoles, tecnologia, hardware, software e uma outra gama de termos que às vezes, nem mesmo eu conheço. E olha que trabalho com desenvolvimento e programação. Pessoas como essas não precisariam ir a uma feira de games. Elas poderiam acompanhar tudo pela internet, através do alcance do streaming, pela imersão da realidade alternativa, ampliada e virtual. Mas essas pessoas vão ao evento. Elas precisam ver nos novos gráficos, ouvir a melhor definição de som, sentir a vibração que o mais novo lançamento transmite. Estar presente torna tudo mais real.

Troféu presente no estande do Banco do Brasil, patrocinador e financiador dos jogos indie do evento.

Estive presente no segundo dia do evento, que rolou no dia 10 de outubro. Eu cheguei cedo e fui o primeiro na fila de imprensa. Confesso que rolou um certo nervosismo. Aos poucos o público foi tomando corpo e fazendo fila em suas respectivas entradas. Convém lembrar que o atendimento da feira é muito bom, com pessoas educadas, prestativas e acessíveis. E por falar em acessibilidade, todo o evento é feito para garantir a entrada de todos os públicos, com rampas, áreas com guias, elevadores reservados e banheiros adaptados.

Fiquei mais de uma hora na fila. Isso por que um mal entendido com o e-mail do evento dizia que a imprensa entraria às dez da manhã, quando na verdade isso somente aconteceria no primeiro dia do evento. O restante deles entraríamos uma hora antes de todos apenas. Por sorte não foi apenas eu quem entendeu errado e foi possível trocar idéias com outros redatores de outros sites enquanto esperávamos. A organização do evento ouviu o nosso lado e prometeu revisar melhor os futuros envios de material para a imprensa. Então as portas se abriram.

É uma sensação muito boa ser envolto por todas aquelas luzes e ouvir o som pulsando, seja ele da trilha sonora dos jogos ou dos narradores se preparando para os campeonatos de League of Legends ou até mesmo pela trilha eletrônica daquele estande de equipamentos de som. Era um outro mundo, bem diferente do que eu imaginava. Veja, sou um cara bem analógico: adoro jogos de tabuleiro e sou jogador assíduo de RPG de mesa. Eletrônicos nunca foram minha praia e agora eles estavam ali para serem desfrutados. Era impossível não ser atraído pela atmosfera.

Tem jogos pra todos os gostos. Área de pinball e arcades.

Existiram muito pontos interessantes na feira. A Nintendo, ausente do Brasil há um tempo (e cujo estande no ano passado desapontou os fãs), montou um espaço enorme para divulgação de Luigi’s Mansion 3, Legend of Zelda: Links Awakening entre outros. De fato, mesmo entrando uma hora antes dos demais, já havia fila no estande para experimentar esses jogos. O Facebook Gaming contou com um espaço de 1.000m2 para exibir as possibilidades de jogo na plataforma; com a presença de Djoko, Head Coach da paiN, streamer e jungler; e Nyvi, apresentadora do Start, seção de e-sports da Globo no Esporte Espetacular.

Estande da Nintendo (face norte)

Estande da Nintendo (face sul)

Já no estande do XBox tivemos novidades como Gears 5 (o nome agora encurtado oficialmente), Minecraft Dungeons (com um painel muito bonito pendurado no espaço) e o esperado Project of Resistance. E do lado da Sony, além do aguardando Death Stranding (de Hideo Kojima) rolou uma promoção rápida de PlayStation 4 e muita gente aproveitou o baixo preço.

Estande Xbox com exibição de Just Dance.

Mas nem tudo são flores e minhas impressões não poderiam passar sem os momentos ruins da feira. Se você não é fã de games ou se não é conhecedor do cenário atual (como eu), pode achar tudo repetitivo e cansativo. A feira não tem atrações alternativas (e isso não é ruim, claro. Manter o foco é sempre bom), mas você pode ficar sem ter o que fazer bem rápido. E mesmo se gosta dos jogos eletrônicos, a quantidade de filas é imensa. Quer jogar? Fila. Receber um brinde? Fila. Entrar em um estande? Fila. E a organização do evento disse que fui em um dia mais parado, que sexta e sábado são dias de muita lotação. Então tem que ter paciência e já saber o que quer de antemão.

Estande do Facebook Gaming e as partidas de League of Legends.

Outro ponto negativo é o alto valor das coisas. Comida, embora disponível em boa variedade e quantidade, ainda é mais cara que fora do evento (você pode sair para comer e retornar depois sem problemas, fica a dica). As lojas por sua vez, tem muita coisa voltada ao publico geek, mas não exatamente ao publico gamer. Sim, você ainda pode comprar mouses ergonômicos, teclados mecânicos e placas de vídeo, mas se quiser um souvenir diferente, vai ter que se contentar com Funko Pops que existem aos montes.

Para uma primeira experiência, eu confesso que gostei. Apesar do cansaço por andar demais, foi interessante ver as fotos que tirei e relembrar os momentos dentro do evento. Foi gostoso ver o dia em que alguém analógico saiu do seu mundo para uma nova experiência – diferente, explosiva, colorida e por que não, vibrante e excitante, processada com muitos gigabytes. Numa próxima oportunidade, com certeza haverá um novo olhar. E quem sabe, eu estarei lá como Player One apertando o start!


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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