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Agora Eu Compro! | Death Stranding

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Na coluna Agora Eu Compro!, eu apresento títulos que não são novidade, mas que agora estão com um preço mais acessível. Todos sabemos que os lançamentos no Brasil costumam ter um peso acima do comum no orçamento e nem sempre temos condições de comprar logo de cara.

Pensando nisso, vamos conhecer hoje: Death Stranding.

Antes que você diga que esta análise foi feita por uma pessoa que aprecia apenas obras cult ou cheia de significados, está enganado! Antes de Death Stranding, tinha me aventurado por Sekiro: Shadows Die Twice, Call of Duty Modern Warfare, Resident Evil 2 Remake e Spider Man, e em todos esses games tive grandes momentos de diversão. É só para exemplificar que também sou jogador de obras de ação e aventura, mas que também entendo jogos com temáticas mais lentas e introspectivas como Death Stranding. Tenho convivido com videogames desde de o Atari e posso afirmar: este é um dos melhores jogos que tive a oportunidade de experimentar.

 

Conexão

 

Quando Death Stranding foi anunciado, ele pareceu confuso e pirado, em níveis superiores às obras já lançadas de seu criador, Hideo Kojima. Em Metal Gear Solid temos loucuras, ciência, temas sobrenaturais e conspirações emboladas numa espiral um pouco acima da média. Conforme mais detalhes de Death Stranding vinham sendo exibidos, a confusão sobre o que o jogo se tratava deixou os gamers ainda mais confusos.

 

 

Em seu primeiro desenvolvimento após sua saída da Konami, Kojima não desaponta e não só traz um título que faz um paralelo profético com os dias de pandemia em que vivemos como também faz poesia com o afastamento social. E não é somente por efeito de um perigo público, e sim também pelo afastamento voluntário entre as pessoas nos dias de hoje, mesmo que conectadas quase 24hrs por dia pela internet.

 

Sinopse

 

Por mais que os trechos exibidos antes do lançamento fossem confusos, a história e o plot do game são facilmente absorvidos nas primeiras horas de jogo e você começa sua jornada completamente ciente do que está acontecendo e o que precisa fazer. O BB que Sam carrega (que num primeiro momento é usado apenas como uma ferramenta, mas logo cria-se um laço entre os dois) e os maquinários estranhos também não têm segredo e você fica a vontade com eles.

 

 

O game conta a história de Sam Porter Bridges, que possui Dooms (habilidades especiais) que o ajudam a se afastar de EPs (fantasmas agressivos e perigosos de pessoas mortas), numa reação alérgica. O mundo acabou e ele é convocado a ajudar na reconstrução da UCA (União das Cidades da América). Após o Death Stranding (o evento que acabou com tudo), as cidades do país isolaram-se e a melhor tentativa de garantir o futuro de todos é reconstruir a Rede Quiral (O que seria algo como a internet que temos, mas mais poderosa e que vai além do mundo virtual).

Mesmo contrariado, pois não queria fazer parte disso, Sam se convence em ajudar a UCA através de um último pedido da Presidente Bridget, por quem tem uma forte relação.

 

Jogabilidade – Simulador de Correios?

 

 

A resposta é sim e não. Sam é um entregador, um dos últimos do mundo, devido suas habilidades contra EPs. Sem pessoas como ele, não haveria mais como manter a civilização. O game, depois de algumas boas horas, recebe modos de combate com direito a tiros e furtividade, todavia seu foco mesmo é Personagem x Terreno. Você tem várias opções para tentar manter a carga segura e também de se proteger das EPs e dos MULAS (pessoas de carne e osso que atacaram Sam por sua carga, como ladrões de estrada). Mas é preciso tomar cuidado no combate, pois mortes podem causar o que é chamado de Obliteração – uma grande explosão que aniquila tudo em seu raio. Ou seja, embora o jogo fale exatamente sobre morte, matar é proibido. Os combates contra os chefões exigem um pouco de habilidade, mas a dificuldade é abaixo da média para jogos de ação. Até mesmo o chefe final é tranquilo (claro que isso é uma opinião pessoal, varia de pessoa para pessoa).

 

 

E, através de paisagens incríveis e fotorealistas, Sam enfrentará muitas dificuldades. A principal delas é a chuva misteriosa que causa um efeito estranho: ela envelhece tudo, inclusive os materiais de Sam e suas cargas preciosas. Além disso, o peso excessivo, os escorregões e até mesmo o stress do BB podem te prejudicar muito. É necessário se concentrar e planejar a rota antes de cada jornada. Ter de construir ferramentas, objetos e até mesmo vias é fundamental para concluir as entregas. Será árduo muitas vezes, todavia você terá ajuda, que é outro ponto forte do jogo: Embora seja um game online, você nunca verá outros jogadores reais, mesmo assim eles estarão mais presentes como nunca. Através de instalações, vias, avisos, ferramentas e construções, os jogadores podem ajudar uns aos outros deixando itens e construções pelo caminho. O cenário nunca fica poluído e a sensação de gratidão ao ver uma escada, uma corda ou um abrigo num ponto difícil deixado por outro jogador é inigualável. E você ainda pode dar e receber curtidas pelas contribuições. É sistema que trata-se de estar conectado, sem se conectar diretamente – um paradoxo belo e que Hideo Kojima chama de Stranding Game.

 

 

A movimentação, menu, mapeamento de botões e sons são bem parecidos com o que vimos Metal Gear Solid com uma proposta de gameplay bem diferente. Estar sozinho caminhando, correndo, se equilibrando, ajudando, recebendo ajuda, contemplando os incríveis cenários, combatendo EPs e fabricando itens é geralmente um momento de reflexão sem igual.

Em grandes trechos de caminhada, você irá descobrir um conjunto de músicas Folk excelentes e inspiradoras, com letras profundas e melodias belas e interessantes. A trilha sonora está fenomenal.

 

 

A História como um Todo

 

 

Como todos devem saber, Hideo Kojima possui uma legião de fãs e é tratado como gênio entre eles. Isso porque ele tem uma grande habilidade em criar atmosferas, cenários políticos, universos ricos e personagens super interessantes, tudo isso a base de ângulos, movimentações e cenas grandes e cinematográficas. Aqui acontece novamente. Death Stranding possui uma rica e complicada história científica que trata sobre origem e fim. Os personagens estranhos são pessoas chave para uma história intrincada, com reviravoltas interessantes, mas que são embaladas por um único evento: a extinção. A trama flerta com o terror cósmico, todavia se prende à teorias da ciência e também não deixa de navegar nas estranhisses da mente criativa já conhecida do diretor e escritor.

 

 

Com o tempo, você vai conhecendo melhor cada integrante da equipe que salvará o país e o mundo por capítulos dedicados a todos eles. Depois, no fim, você encontrará um belíssimo final, que nos mostra a importância das conexões, mesmo as físicas. Nota: o final do game tem aproximadamente duas horas, então prepare-se para muitas cenas emocionantes num final excepcional e épico, cheio de partes, que entrega tudo o que você queria entender e querer do game.

 

 

Fragile, DeadMan, Die Hard Man, HeartMan, Mama, Emilie, Bridget…. há muitos grandes personagens (interpretados por bons atores, como Norman Reedus e Troy Baker, numa dublagem nacional excelente). Eles têm plots e habilidades bem estranhas, que servem ao propósito como um todo. Você também conhecerá outras histórias individuais e paralelas de pessoas que irão solicitar sua ajuda ou apenas receber cargas. Os Vilões, Higgs e Cliff, são mais do que aparentam ser, e isso acontece também o BB e o próprio Sam.

 

 

Death Stranding realmente não é um jogo para qualquer público. Ele exige que você se conecte com sua proposta, tenha uma mente madura e absorva as reflexões nele inseridas. Apesar de falar sobre morte, ele realmente fala sobre vida e todo o esforço em perpetuá-la. Apenas de falar sobre conexão, ele também explora o afastamento. É uma história sobre fim, mas também sobre recomeço. Sobre solidão e também sobre amor paterno e fraterno, sobre amizade e traições. Mentiras e verdades. Máscaras e Intimidades.

Mesmo embora pareça ainda que existam loucuras um tanto acima do normal e que poderia ter isso um pouco enxugado, é um game de qualidade que certamente vale a pena pesquisar e experimentar. Ainda mais agora com o preço reduzido.

 

 

Nota de pequeno spoiler: lágrimas vieram aos meus olhos na cena em que Sam tenta reviver em desespero um certo alguém nos momentos finais do game.

Death Stranding atualmente é um exclusivo de Playstation 4, mas em breve será lançado para também para PC.

 

Veja o Trailer

 

 

 

Nota

 

 

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Escritor, Blogueiro, Desenhista, Capista, Gamer, Leitor, Telespectador e Entusiasta dos Animais (principalmente dos Dogs). Tenho histórias pela Editora Draco, Amazon, Editora Buriti e Editora Nébula. Também trabalho com Marketing Digital e e-commerce. Gostou de um texto meu? Vem conversar comigo!

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