Livros
CRÍTICA LITERÁRIA | Flores para Algernon
Sinopse: Flores para Algernon (Flowers for Algernon, publicado originalmente em 1959) conta a história de Charlie Gordon, um homem na casa dos 30 anos que tem Deficiência Mental Severa. Ele foi escolhido para se submeter a uma cirurgia revolucionária que prometia aumentar sua inteligência, elevando seu QI. Quando ele começa a perceber o resultado, e ultrapassa até mesmo os cientistas que o estão estudando, Charlie passa a compreender verdades duras sobre sua existência.
Agora, minhas impressões.
Preciso dizer: Que livro forte e incrível! Estou parado aqui na frente do computador tentando encontrar as frases certas, tentando fazer jus à experiência fantástica que é esta obra.
No começo, Charlie é confuso, feliz e amável em toda sua inocência. Ele releva e ri das maldades que estão fazendo com ele, como se os risos de deboche fossem risadas amigáveis. Charlie não tem muito raciocínio e memória, assim costuma ver com bons olhos o mundo ao redor.
Mas, na medida que vai se tornando mais inteligente, o personagem começa a perceber a crueldade do mundo e entende finalmente o tipo de vida que estava levando.
Enquanto se torna um gênio, Charlie começa a mudar de voz e fica mais melancólico, triste, raivoso e inquieto. Inicia uma série de divagações sobre a sua existência e sobre o que realmente importa para si e para os outros.
Os levantamentos de Charlie, não só da sua parte inteligente, mas também os que ele diz e pensa enquanto deficiente mental (o termo usado é retardado), chocam e impressionam de uma forma memorável.
É um romance epistolar, ou seja, é feito todo em uma espécie de diário, onde ele conta como tudo aconteceu. No começo, o personagem escreve errado e isso vai mudando com o passar do tempo de uma forma sutil.
Algernon, do título, é um rato de laboratório que passa pelo mesmo processo experimental de Charlie, uma outra cobaia da qual ele compete com testes de inteligência. E, meu caro, o que acontece com os dois até sua separação é emocionante.
No fim do livro, acontece algo que arrebata. É triste e muito, muito reflexivo. Aperta o coração. Foi o segundo livro que me fez chorar na vida (e eu estava no ônibus, veja só a vergonha, ha ha). Não espere um final apelão para o drama. Não é! Senti que foi algo mais simples, porém perturbador.
Queria muito falar mais e mais, porém vou me deter para não dar spoilers que podem estragar sua experiência.
Curiosidade: Segundo o autor Daniel Keyes, ele pensou nessa história depois de um aluno deficiente perguntá-lo se ele ficaria inteligente, caso se esforçasse muito para tal.
Se você gosta de histórias reflexivas, de um texto inteligente, de algo que te faça pensar e se emocionar. Não espere, compre e leia agora mesmo esse clássico, que agora é o meu segundo livro favorito da vida. Um livro que até hoje é objeto de estudos.
A Editora Aleph está de parabéns com essa linda edição de capa dura.
Recomendo muito, muito mesmo!
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