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Críticas

REBEL MOON: A MENINA DO FOGO – A famigerada ficção Snyderiana | Crítica sem spoilers

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Rebel Moon: A menina do Fogo trata-se do mais recente e ambicioso trabalho do diretor Zack Snyder, lançado na Netflix nesta sexta-feira (22) e cujo planejamento se deu por quase 30 anos. Snyder revelou ainda que este filme épico de ficção científica possui uma relação com o seu longa anterior, também produzido para a Netflix, Army Of The Dead e que ambos fariam parte de um mesmo universo compartilhado. O filme é protagonizado por um elenco de peso, contando com a presença de:

  • Sofia Boutella protagonizando a obra como a destemida Kora
  • Charlie Hunnam atuando como o ganancioso mercenário Kai
  • Ed Skrein no papel do cruel almirante Atticus Noble 
  • Staz Nair dando vida o príncipe Tarak
  • Doona Bae como a letal espadachim Nemesis.
  • E. Duffy como Milius, uma rebelde da resistência
  • Anthony Hopkins dando vida ao simpático robô Jimmy através da sua voz icônica
  • Djimon Hounsou como o lendário general Titus

Apesar do evidente esforço do diretor em construir um novo e memorável universo de ficção, os 120 minutos do longa foram subaproveitados, havendo falhas perceptíveis em sua execução, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento dos personagens e pela forma com que são apresentados, não havendo sequer um cuidado em complementar suas histórias através de um curto flashback. A principal falha do diretor talvez esteja, portanto, em encurtar um projeto deste calibre, considerando todos os elementos, biomas, espécies e personagens, deixando que tais detalhes fiquem a cargo da imaginação do espectador.

A estrutura narrativa da obra lembra um pouco o filme Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, mas o que faz este aqui funcionar bem é justamente o fato de que o vasto e encantador universo de D&D já foi apresentado em inúmeras obras, de modo que alguns personagens ou elementos dispensam qualquer tipo de apresentação, sendo inseridos no filme apenas como um easter egg ou fanservice. 

Evidentemente o filme deixa inúmeras lacunas que teriam sido facilmente preenchidas com uma duração de 150 ou 180 minutos. E você deve estar pensando: ”Ah, mas essa é apenas a primeira parte”… Sim, de fato. Mas para que o público se interesse em acompanhar o desfecho desta épica aventura de ficção, é fundamental que o primeiro filme cause no mínimo uma boa impressão. Tome como exemplo o primeiro filme de Harry Potter, que apesar de ser a primeira obra, apresentou diversos elementos que deixaram o público fascinado o bastante para aguardar ansiosos pela continuação, mesmo aqueles que não sabiam da existência das obras literárias. 

Mas e quanto àquela cansada e tão odiada fórmula Snyderiana de abusar do Slow Motion? Sim, obviamente ela foi aplicada aqui. Ao meu ver há momentos em que esta técnica se fazia indispensável, principalmente para elucidar e enaltecer o quão habilidosos são os protagonistas, mas não há dúvidas de que em diversos momentos ela foi desnecessariamente aplicada.

E apesar dos defeitos anteriormente citados, Rebel Moon: A menina do Fogo está longe de ser um filme ruim. Obviamente que seria injusto compará-lo com Star Wars ou até mesmo Mad Max, mas é provável que o histórico do diretor impacte na aprovação por parte do público, afinal, o Zack Snyder costuma dividir opiniões desde o conturbado e polêmico desenvolvimento de  Liga da Justiça. O meu conselho é que não se deixe levar pela opinião dos haters e tente dar uma chance à obra, ainda que esta não tenha conseguido atender às hypadas expectativas que foram criadas pelo público ao longo da sua produção.

 

 

Nota: 3,0 / 5 (bom)


Poeta, Otaku, Gamer, Biomédico e Técnico de TI, apaixonado por Ficção Científica, Mitologia, RPGs e plot twists.

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