Críticas
O EXTERMINADOR DO FUTURO: DESTINO SOMBRIO | A “Aventura & Ficção” estão de volta! – Crítica do Don Giovanni
Podemos realmente moldar nosso futuro de acordo com nossas escolhas até o fatídico “dia do julgamento”, ou estamos fadados a nos tornarmos reféns de um inevitável “destino sombrio”?
28 anos depois da estreia do explosivo “O Exterminador do Futuro 2” (1991) Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton e James Cameron estão de volta para a aguardadíssima continuação de um dos maiores sucessos do cinema de todos os tempos. Dirigido pelo competente Tim Miller (Deadpool), roteirizado por David Goyer (Blade, Batman: O Cavaleiro das Trevas), Justin Rhodes e Billy Ray, tendo como base uma história de James Cameron, o novo filme da franquia Terminator consegue resgatar todos os elementos dos dois clássicos filmes da franquia (O Exterminador do Futuro e T2: O Julgamento Final). Todo clima de tensão, de suspense, toda ação ininterrupta e as poderosas frases de impacto estão de volta em “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”.
Após os acontecimentos do segundo filme, Sarah Connor (Linda Hamilton) aparentemente conseguiu evitar o “dia do julgamento” reescrevendo assim o futuro da humanidade, mas parece que de alguma forma, as maquinas estão predestinadas a governar o mundo, pois quase três décadas depois um novo exterminador “Rer-9”(Gabriel Luna) é enviado para a cidade do México para exterminar a jovem Dani Ramos (Natalia Reyes), que no futuro sombrio será uma ameaça real para a “ditadura das maquinas”. Em contrapartida a resistência envia uma humana aprimorada “Grace” (Mackenzie Davis) para proteger o “alvo” de ser exterminado. Uma impressionante caçada tem inicio e a única esperança de Dani e Grace de sobrevivência, recai sobre os ombros de uma sofrida, amargurada e embrutecida…Sarah Connor.
Os 30 minutos iniciais da produção são adrenalina, nitroglicerina e dinamite pura, o roteiro extremamente ágil e dinâmico, aliado a direção competente de Tim Miller (principalmente nas audaciosas cenas de ação) criam um clima tenso e frenético que perdura todo o longa. A todo momento somos surpreendidos com novas revelações sobre a trama, por entradas pra lá de triunfais e deliciosos e exterminadores reencontros. A volta de Cameron para a franquia foi determinante para que tudo desse certo, suas ideias, suas poderosas protagonistas femininas e sua produção impecável ditam o tom da produção.
“Meu nome é Sarah Connor. 29 de agosto de 1997 era para ter acontecido o dia do Julgamento. Mas eu mudei o futuro. 3.000.000.000 vidas foram salvas. Isso chega para você?”
O ponto alto da produção é a acertada volta de Linda Hamilton como Sarah Connor. A imponente presença de Hamilton, além de ser imprescindível para toda a história, confere um ar de autenticidade ao filme, pois a personagem é tão importante para a saga, que ao longo de toda projeção ficamos nos perguntando como os produtores dos filmes anteriores tiveram a audácia de conceber continuações sem a atriz. Sarah Connor enfrentando corajosamente uma implacável maquina exterminadora para salvaguardar o futuro ao som do clássico e tenso tema da franquia é uma nostálgica viagem no tempo, uma poesia em forma de rock’n’roll.
Eu voltarei!
Exterminador sem o T-800 em pessoa, não é “Exterminador”. Arnold Schwarzenegger, o carvalho austríaco, está de volta ao papel que o consagrou, e “Big Arnie” nunca decepciona. O símbolo máximo dos filmes de ação oitentista vai da ação ao alivio cômico, da frieza metálica para a emoção, da matança para a redenção. Um presente para o “Governator” que ansiava por uma volta triunfal.
De forma ousada e inesperada, a produção apresenta uma conclusão bastante interessante para a “trilogia”, que atualiza os personagens para uma nova geração e dá inicio a uma história totalmente nova, mas que faz justiça a toda mitologia criada por Cameron. Novos personagens, novos paradoxos temporais, novos sacrifícios, novas aventuras. Finalmente a franquia “Terminator” entrou nos trilhos com um filme repleto de cenas de ação emocionantes, diálogos reflexivos, personagens carismáticos, que nos transportam para uma época de grandes aventuras. O destino da franquia não parece ser sombrio, muito pelo contrário, parece brilhante e reluzente como metal líquido. “Hasta la vista, baby!”
“O futuro desconhecido rola em nossa direção. Enfrento, pela primeira vez com um sentimento de esperança. Porque se uma máquina, um Exterminador, pode aprender o valor da vida humana, talvez nós também possamos.”
Sarah Connor – O Exterminador do Futuro 2: O Dia do Julgamento – 1991
Pontuação de 0 a 5
Nota: 4,5
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