Resenha| As Crônicas de Amor e Ódio

As Crônicas de Amor e Ódio é uma trilogia da autora Mary E. Pearson que chegou ao Brasil pela editora Darkside books. Um fenômeno que tem suas edições esgotadas rapidamente cada vez que a editora repõe em seus estoques.  Os livros físicos são quase edições de luxo, capas duras e folhas amareladas, mas com problemas na tradução. 

O livro é uma alta fantasia que conta a história da princesa Lia e seu destino traçado. De início o leitor acredita se mais um clichê de princesa que foge de um casamento e se envolve em um triângulo amoroso com o rapaz que rejeitou e seu provável assassino, mas o que se vê durante a narrativa é algo muito diferente. 

A princesa realmente foge do seu casamento arranjado e é uma garota mimada e aparentemente bem genérica, como várias das que preencheram as páginas de diversos livros de fantasia nos últimos tempos e você acaba lendo o primeiro volume da trilogia se perguntando se realmente vale a pena terminar tudo aquilo. Mas com o final do primeiro livro e o começo do segundo você percebe uma evolução da protagonista que te prende e você realmente não consegue largar o livro. E este é ponto alto desta obra: a evolução da protagonista. Que passa de uma princesa mimada a uma mulher que pode transformar nações! 

A narrativa em primeira pessoa é completamente envolvente e quando você percebe está preso na história querendo saber qual é o próximo passo. O enredo é rápido e cheio de surpresas e assim o leitor se vê completamente preso em uma história que corre de maneira absurdamente incrível. 

A ambientação é um dos pontos altos do livro, se passa em mundo pós apocalíptico, onde existem diversas ruínas que foram derrubadas por “estrelas que caíram do céu”, destruindo uma possível população super desenvolvida, mas os sobreviventes não conseguiram continuar o legado, voltando a idade média. Dividido em reinos e reis, as culturas são muito bem divididas e as guerras constantes. 

A obra traz diversas formas de pensar, e vários ângulos para se analisar. Acredito que o principal é a mudança das pessoas, como elas podem se tornar melhores e mais fortes com as adversidades… Como podem ver o mundo de outra forma.  O Girl power está presente em todas as páginas, mesmo deixando claro que Lia, mesmo sendo uma mulher incrivelmente forte, não pode fazer tudo sozinha. 

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