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Board game

BOARD GAMES | A ressocialização

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Um fato inegável é aquele que diz que o celular nos escravizou, um simples aparelho capaz de nos prender pelo fato de ter quase tudo que precisamos. Hoje graças a este pequeno notável pessoas que moram longe nunca estiveram tão próximas, em contrapartida, as pessoas próximas passaram a parecer mais distantes. É comum ir a bares e notar que mesmo em grupo o celular impera soberano, rimos curtindo posts, colocamos conversas em dia com selfies, o ouvido na conversa com dedos e olhos na tela falando com quem está distante e aquele que está próximo ali do ladinho, bem, deixa ele aí.

Board games ou carinhosamente chamados de BG´s, são conhecidos justamente por juntar desde um pessoal, grupo com quatro pessoas e até promover uma diversão a dois. Frequentando lojas especializadas que além da área de comercialização, possui um espaço recreativo destinado a testar os títulos que possuem, pude perceber que os celulares mal aparecem na mesa, estão guardados, as pessoas se olham, contam sobre sua semana, novos amigos são criados e as baterias agradecem a economia.

Hoje sinto que estas “jogatinas” provocam mais encontros, os amigos e até mesmo a família se reúne mais vezes do que era de costume, passamos a usar a desculpa de que só queríamos jogar um BG, quando na verdade queremos nos reunir, rir e partilhar. As temáticas destes bg´s deixam estes momentos ainda mais marcantes, existem títulos que vão desde acusar um animal de ter feito cocô na sala a tentar conversar com seu coleguinha por telepatia.

O que mais me encanta no hobby é que eu sou uma destas pessoas que ficava no barzinho com celular na mão e ao ser apresentado a este mundo me encantei em ver e ouvir das pessoas que eram totalmente tímidas ou que tinham um vício desenfreado pelo celular, de como se abriram à descoberta de que sim, existem pessoas vivas em nossa volta.

Eu Diego, vejo no board game a resposta para mais momentos humanizados, onde o mundo se desconecta de nós um pouquinho e nós nos conectamos às pessoas que aceitaram estar conosco sentados em volta de uma mesa só esperando a frase “O que vamos jogar hoje?”.

The Mind (Galápagos Jogos) e Quem foi? (Papergames)

The Mind (Galápagos Jogos) e Quem foi? (Papergames)


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Desenvolvedor de sistema, cantor (tento), compositor e escritor. Amante de board games, apaixonado por Saint Seiya e o único ser humano que joga RPG com todos os personagens de nome Kenshin Himura, eu só queria abraçar a Sandy.

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