Connect with us

Demorei, mas eu vi!

DEMOREI, MAS EU VI! | Breaking Bad

Publicado

em

Quando a série estreou em 2008, não dei muita bola pra ela, mas de tão elogiada, pensei em começar a acompanhar, mas quando vi a capa da primeira temporada, com um “tiozinho” de cueca frouxa na capa pensei:

“Esse negócio não é pra mim, deixa quieto”.

Mas eu e minha mania de dormir com a TV ligada, acabei topando com ela pelas madrugadas, e então acabei viciando. Acompanhei assiduamente até a 4° temporada. Depois disso acabei deixando ela no limbo alguns anos. Até que ao indica-la, recomecei ela, e a maratonei até o fim com fidelidade e pude dizer:

DEMOREI, MAS EU VI!

Então vamos a mais uma indicação tardia. Acho que uma das coisas que mais nos prendem em “Breaking Bad” são os dramas em comum com seu protagonista “Walter White” (Bryan Cranston). Ele é um sujeito comum de classe média como a maioria de nós somos. Matando um leão por dia, se desdobrando em dois empregos, com frustrações mas mantendo-se integro, motivado por sua família.

Mas como tragédia pouca é bobagem, descobre um câncer no pulmão. E se vê sem dinheiro para o tratamento. Com a esposa grávida, o filho com limitações e a casa hipotecada, percebe que diante da provável morte, acabará por deixá-los totalmente desamparados. Entra então num dilema e decide abandonar a conduta perfeita e abraça o crime montando um laboratório e produzindo metanfetamina.

Só até aí, já é um drama competente, mas a série se supera e acrescenta vários outros elementos como ação e suspense. Não bastando tão excelente enredo, vários personagens enriquecem o seriado e cada episódio é um show de atuações perfeitas com um roteiro inspiradíssimo.

Somos colocados diante de situações incômodas e desconcertantes mas com saídas inteligentes e surpreendentes. E o desenvolvimento do elenco é fora de série.

Bryan Cranston é digno de todos os elogios possíveis. Nossos sentimentos ficam confusos por ele até o fim, tendo momentos que queremos que ele viva, em outros desejamos sua morte, depois torcemos para que ele abandone a vida de cozinheiro (como é conhecido quem prepara as drogas), e tem momentos que queremos que ele domine tudo e toque o terror.

Nunca um personagem foi tão bem desenvolvido ao longo de uma série como ele.

Ele, que nas ruas torna-se conhecido como “Heisenberg”, recebe a seguinte definição por parte de seu parceiro “Jesse Pinkman”  (Aaron Paul):

 

“Não importa o que vocês façam, ele sempre estará um passo a frente. Nunca serão tão inteligentes, calculistas ou sortudos como ele!”, descreve seu parceiro”.

Aliás, esse também foi um dos pontos fortes da trama em minha opinião:  a relação de ambos protagonistas.

A esposa de Walt, a senhora “Skyler White” (Anna Gunn), também nos apresenta núcleos interessantes e os seus dramas nos envolvem. E junto com ela podemos e devemos citar sua irmã e principalmente seu cunhado, o investigador da narcóticos, “Hank Schrader” (Dean Norris).

Esse produz ao lado de Walt um dos mais eletrizante e épicos jogos de “gato e rato”  na história das séries. Os vilões apresentados são bem distribuídos e desenvolvidos ao longo das 5 temporadas. Todos acrescentam muito à trama e seus desfechos são sempre satisfatórios. Mas os criadores deixam claro que o protagonista/herói/vilão da série é o mesmo: “Walter White”.

E não podemos esquecer de “Saul Goodman” (Bob Odenkirk), um advogado picareta, que fez tão bem seu papel que ganhou a sua própria série derivada, que encontramos na Netflix.

Outro ponto positivo é a quantidade de episódios por temporada, uma média de 13, o que faz com que a série não fique enrolando e enchendo linguiça. E seu fim é épico!

O seriado levou o “Emmy” 2013 de melhor série dramática. E é conhecida por muitos como a melhor série de “todos os tempos”.

“Breaking Bad” é a série que encontrou a “química perfeita”, e que desenvolveu e transformou seus personagens. Transmitiu a metamorfose de uma família comum, não deixou pontas soltas, não se esticou demais, e é difícil não gostar dessa série e não a eleger uma das melhores (ou talvez a melhor) já feitas até hoje.

Demorei, mas eu vi!
Indico, e pergunto:
E você, já assistiu?
Qual a sua opinião sobre ela?
Não esqueça de deixar os seus comentários e até a semana que vem com mais um “Demorei, mais eu vi!”

Paulistano, amo música, filmes, séries, e estou ressuscitando o amor por animes. Aprecio os filmes bons e me divirto debochando dos ruins (o que gerou o injusto apelido de Mestre Hater). Tento ter como característica, textos curtos e objetivos valorizando a informação. Escritor das colunas HATEANDO! Demorei, mas eu vi! Escondido na Netflix

Comente aqui!

Mais lidos da semana