Críticas
CREED 2 | Crítica do Viajante!
Sabe aquele tipo de filme que faz você apertar os punhos num momento de tensão e dar “soquinhos no ar” num momento de euforia ? Sim, Creed 2, a continuação do spin-off da saga de Rocky Balboa nos traz essas sensações. O filme resgata o mix de sentimentos criado por Stallone com Rocky em 1976 e cativa o público de forma igual, fazendo com que vibre, sofra, se emocione e sinta cada um dos personagens.
Creed 2 traz o novamente queridinho de Hollywood, Michael B. Jordan como Adonis Creed, agora campeão dos pesos pesados da Federação de Box Americana (assim como foi seu pai, Apollo e seu tutor, Rocky). O jovem boxeador, apesar de ostentar um cinturão de campeão ser bastante confiante, não sente um verdadeiro campeão e e deseja se provar como lutador.
Numa oportunidade de revanche/vingança, Ivan Drago, o perigoso boxeador russo interpretado por Dolph Lundgren, auxiliado por um promotor de lutas (Buddy Marcelle) vê a chance de recuperar tudo que perdeu numa luta entre seu filho, Viktor e Adonis, trazendo de volta ao ringue, após anos, o embate Creed vs Drago.
O longa faz várias homenagens à épica saga Rocky no cinemas, até mesmo usando enfim o tema clássico do personagem (que faltou no primeiro filme), aliás o momento escolhido para o tema ser usado não poderia ser melhor.
A trama do filme mostra Adonis e seu renascimento com boxeador, sua queda, seu exílio, sua viagem de auto conhecimento tudo isso diante de outros acontecimentos em sua vida, que não param e não podem ser ignorados, assim, o jovem aprende mais sobre quem ele é, sobre o que deseja ser, sobre sua família e sobre o verdadeiro significado de não desistir.
O filme tem sim um momento clássico do discurso de Stallone, que por sinal, mais uma vez está muito bem como Rocky, experiente, sábio, mas também com seus medos e receios. O longa traz uma renovação da franquia de forma bem criativa e atual, mas sem deixar de homenagear os ídolos da história original.
A direção fica por conta de Steven Caple Jr, diretor também negro, soube manter a qualidade na direção dada por Ryan Coogler no primeiro filme. A trilha sonora do longa é uma obra prima à parte, casa perfeitamente com as cenas mais dinâmicas e tensas, assim como as partes mais calmas e reflexivas do filme. Ainda tem a participação de talentosa Tessa Thomposon (outra atual queridinha de Hollywood), que dá vida à Bianca, par romântico e uma proeminente cantora no filme que solta sua voz em partes importantes da história do filme.
Creed 2 consegue resgatar de forma bem contemporânea a ideia principal da saga Rocky: luta, auto conhecimento e superação. O roteiro, que também tem a mão de nosso querido Sly traz uma trama envolvente e muito bem trabalhada, com ótimos detalhes que fazem a história brilhar ainda mais. Os atores em geral estão muito bem (e bem dirigidos) destaque para o Michael B. Jordan, que se entrega totalmente ao personagem, trazendo muito realismo, muita veracidade a história. Dolph Lundgren não decepciona como Ivan Drago, agora muito mais maduro e experiente, o grandalhão manda bem frente a Sly e os outros atores. O filho de Drgao, Viktor só solta a primeira palavra perto do meio do filme (final do segundo ato), mas ainda sim tem expressões muito boas de brucutu, nem precisava falar muito, e convence com sua atuação. O longa ainda tem a participação de Brigitti Nielsen (ex mulher de Stallone) como mãe de Viktor Drago.
Se você quer causar dor, tem que estar preparado para sentir dor. (Rocky Balboa)
Confira também a ótima crítica do filme feita pelo nosso outro viajante, Don Giovanni:
CREED 2 | “SE MORRER, MORREU!” Crítica do Don Giovanni
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