Críticas
JUMANJI: PRÓXIMA FASE | Crítica do Neófito
O saudoso Robin Williams estava no auge do seu sucesso quando filmou Jumanji, em 1995 e, apesar da recepção morna da crítica, o filme, cujo custo de produção ficou em 65 milhões de dólares, graças à profusão de efeitos especiais, faturou 200 milhões a mais do que isso, o que justificava uma continuação ou reboot.
10 anos depois, os produtores, diante do fato de não poderem mais contar com o astro do primeiro filme, lançam, no lugar de uma continuação direta, o filme Zathura: Uma Aventura Espacial, que seguia a mesma premissa, só que ambientada num cenário diferente. Zathura, porém, foi um retumbante fracasso de público, faturando metade do que custou aos cofres do estúdio responsável pela sua realização.
Foto: Divulgação
Parecia que o jogo mágico ficaria enterrado nos obscuros escaninhos de Hollywood, só que não!
Havia uma sensação de que o enredo da história ainda poderia render alguma coisa.
Passam-se mais 12 anos e, em dezembro de 2017, estreia Jumanji: Bem Vindo à Selva, estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson (no papel do “destemido” Dr. Smolder Bravestone) , numa trama que atualiza e reinventa a premissa da história para os dias atuais. Contando, ainda, no elenco, com Jack Black (Professor Sheldon Oberon), Kevin Hart (Franklin “Mouse” Finbar) e a Nebulosa do MCU, Karen Gilian (Ruby Roundhouse), o filme foi um sucesso arrebatador, custando pouco mais de 90 milhões, mas faturando mais de 900 milhões!
Claro que haveria uma continuação!
Estreado em dezembro de 2019 nos EUA e dia 16 de janeiro de 2020 aqui no Brasil, Jumanji: Próxima Fase, continuação direta do longa de 2017 tem tudo o que funcionou em Bem Vindo à Selva, isto é, Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart e Karen Gilian reprisando seus papeis de avatares (com algumas variações hilárias), e suas contrapartes no mundo real, Alex Wolff (no papel de Spencer Gilpin), Morgan Turner (como Martha Kaply, namorada de Spencer), Ser’Darius Blain (Anthony “Fridge” Johnson), Madison Iseman (vivendo a bela Bethany Walker). Nick Jonas (como o piloto Jefferson McDonough) e sua contraparte real, Alex Vreeke (papel de Colin Hanks) também retornam. O filme tem muita aventura e ação frenéticas, movimentação ágil, direção segura e efeitos especiais competentes. Além disso, os novos atores/personagens que são introduzidos dão um toque especial ao longa: Danny DeVito interpreta o avô de Spencer (Eddie Gilpin) e dá um show de rabugice; Danny Glover vive o amigo/desafeto de Eddie, Milo Walker, sempre com voz contida e pausada, algo que rende ótimas piadas quando Kevin Hart imita seu estilo de falar de forma extremamente convincente e hilária. Awkwafina, dando vida ao avatar Ming Fleetfoot também tem alguns bons momentos.
Foto: Divulgação
Aliás, sem entregar muito da trama (mas sendo algo que o trailer já mostra, então não se enquadra na categoria de Spoiler), Dwayne Johnson também entrega uma ótima imitação de Danny DeVito, quando seu personagem está sendo avatar do irritadiço vovô Eddie Gilpin.
A par desses pontos positivos – ressaltando que este novo longa é bem mais “divertido” que o anterior, provocando mais risos e sendo mais leve, além do fato de os atores estarem bem mais à vontade em seus já conhecidos papéis (principalmente Karen Gilian) – no mais, Jumanji: Próxima Fase é novamente um exemplar do “mais do mesmo”, estando, aliás, ciente disso.
As situações (e a própria trama) se repetem. Se, num videogame real, na medida em que se avança no jogo, os níveis vão ficando mais difíceis do que os anteriores, a ideia acaba não se concretizando tão bem neste novo filme. Bem Vindo à Selva acaba sendo mais intenso e ameaçador do que Próxima Fase. O vilão – desta vez interpretado por Rory McCann (o Cão de Caça de GoT) como Jurgen, o Brutal – apesar de sua imponência física, acaba parecendo menos assustador do que o Russel Van Pelt vivido por Bobby Cannavale no longa de 2017. O roteiro também resolve algumas questões de forma bastante superficial, mas haja vista o público mais amplo e jovem em que mira, acaba não prejudicando seu todo.
Foto: Divulgação
O final, como era de se esperar, desta vez aponta explicitamente para uma continuação que, ao que tudo indica, deve sair da zona de conforto dos dois longas predecessores, lembrando, inclusive, o filme precussor de 1995. Esperar para ver.
Até lá, resta espairecer e se divertir com as aventuras do Dr. Bravestone e seu “time” (como no original inglês), curtir as muitas piadas, sejam novas ou autorreferenciais, e o carisma dos atores, que realmente passam a impressão de que curtiram muito reviver seus papéis.
Despretensioso em termos de história, um pouco repetitivo demais em termos de roteiro e menos impactante do que poderia, Jumanji: Próxima Fase, no entanto, é diversão de primeira, para a família ver e rir junto no cinema.
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Nota: 3,5 / 5 (muito bom)
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