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Críticas

WESTWORLD S03E01 | Crítica do Neófito

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 ALERTA DE SPOILER!!!!!!

(Este texto poderá abordar alguns elementos da trama)

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Finalmente poderemos saber o destino dos anfitriões que escaparam do parque temático transformado num sangrento cenário de guerra.

Temos, então, a bela e mortal Dolores Abernathy (vivida pela cada vez mais bonita Evan Rachel Wood), responsável pela grande revolução dos androides; a perigosamente ardilosa Charlotte Hale (Tessa Thompson); o sempre sofrido Bernard (Jeffrey Wright) e a complexa Maeve (Thandie Newton), vivendo entre os humanos puramente biológicos, num mundo altamente tecnológico, mas que, ainda assim, não foi capaz de acabar com certas desigualdades sociais estruturais, contribuindo para a continuidade de uma alta criminalidade.

Foto: Divulgação

Ao que parece Dolores pretende assumir o controle de uma sofisticada Inteligência artificial Rehoboam, responsável pelo armazenamento de dados mundiais e, para tanto, seduz, ataca e substitui pessoas importantes dos comandos de empresas estratégicas que lhe permitam tal acesso.

Foto: Divulgação

Cenas de ação, com direito a perseguição e tiroteio já ocorrem em quantidades generosas nesse primeiro episódio que, de cara, dá mostras de que seguirá uma linha temporal mais regular, com menos idas e vindas e linhas temporais alternativas.

Surge, também, um provável humano (nunca se pode ter certeza de nada em Westworld) nesta trama  que, como esperado, está repleta de mistérios. Trata-se do personagem Caleb Nichols, vivido por Aaron Paul (Breaking Bad), que é um ex-militar de guerra traumatizado, o qual, de dia, dedica-se a ser um pacato instalador de fibra ótica em altíssimos prédios e, à noite, complementa a renda através de entregas suspeitas, contrabandos e roubo de caixas eletrônicos. Próximo ao fim do episódio, fica claro que ele se unirá de alguma forma a Dolores.

Foto: Divulgação

Enquanto isso, Bernard tenta viver anônimo entre os humanos, mas, ao que parece, seu passado conturbado de androide que pensava ser humano, baseado num humano que sonhava tornar os androides mais humanos, continuará a persegui-lo de forma impiedosa, o que o faz decidir convocar o violento e niilista Homem de Preto (ou William), vivido por Ed Harris, sabe-se lá Deus para que! (nas cenas dos próximos capítulos)

Por fim, a poderosa Maeve acorda no que parece ser outro parque temático, configurado na Itália fascista da 2ª Guerra Mundial. Pelos trailers, sabe-se que um personagem novo, Serac, interpretado pelo francês Vincent Cassel, formará aliança com a androide vivida por Thandie Newton, supostamente para fazer frente aos objetivos ainda não muito claros de Dolores, que continua sendo o centro da história.

Foto: Divulgação

Este primeiro episódio não desenvolve muita coisa, servindo, portanto, para introduzir Caleb, mostrar onde estão os anfitriões rebelados e estabelecer algum caminho. Mesmo assim é empolgante!

A qualidade técnica da série da HBO impressiona a cada quadro mostrado em tela. A construção da Los Angeles futurista e realista do ano 2058 é de cair o queixo.

O cuidado com o figurino, a montagem, a edição, a fotografia e a montagem são de saltar aos olhos. A direção do E01 do também showrunner do programa, Jonathan Nolan (irmão menos badalado do Christopher Nolan, da última trilogia do Batman) é segura e manda bem tanto nas cenas de ação quanto nas mais dramáticas.

Foto: Divulgação

Ou seja, a série começa muito bem seu terceiro ano.

Já conhecemos – principalmente depois da segunda temporada (cuja crítica pode ser lida aqui) – a história do parque e os objetivos corporativos muitas vezes escusos da companhia controladora da atração. Sabemos do passado e drama dos personagens e alguma coisa a respeito de seus objetivos para o futuro.

Os primeiros dois anos do programa se basearam nesses mistérios do porquê da tomada de consciência e da revolta dos androides, além do que estava por trás das maquinações e disputas dos criadores do parque (vividos pelo mesmo Jeffrey Wright, no papel de Arnold Weber e pelo grande Anthony Hopkins, na pele do ambíguo Robert Ford), e terminaram de forma satisfatória e enigmática, dando um encerramento digno para muitos personagens (ao contrário da saudosa Game of Thrones…). Se os produtores quisessem, a série poderia ter terminado ali, deixando algumas pontas soltas para a imaginação dos fãs.

Todavia, havia potencial para dar continuidade à história. Resta saber se Jonathan Nolan e Lisa Joy conseguirão segurar a bola e entregar um terceiro arco condizente com a grandiosidade dos antecessores ou se deixarão a peteca cair, degringolando para a mesmice das séries alongadas artificialmente.

Foto: Divulgação

Tudo indica que esta terceira temporada tem grande potencial de agradar e manter Westworld no topo das melhores séries televisivas de todos os tempos.

Até domingo que vem, então!!!!

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Nota: 4 / 5 (ótimo)

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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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