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Críticas

A MORTE DE STALIN | Crítica do Don Giovanni

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Prepare-se para infiltrar no alto escalão do comitê do partido comunista da União Soviética do anos 50, na nova produção franco-britânica, “A Morte de Stálin” dirigida e co-escrita por Armando Iannucci.
Baseado no romance francês “La mort de Staline”, o filme conta a conturbada história da sucessão do líder do PCUS, após a morte do secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comitê Central, o revolucionário político Joseph Stálin (Adrian McLoughlin) o líder da União Soviética.
 
 
Sob a liderança de Stálin, a União Soviética desempenhou um papel determinante na derrota de Hitler, na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) alcançando assim, o status de superpotência. Mas apesar dos avanços, o regime de Stálin foi marcado por violações dos direitos humanos, massacres e execuções, que levaram milhões de pessoas a morte (estima-se que esse numero possa chegar a 60 milhões).
 
 
O roteiro é bastante eficiente ao retratar todas as maquinações e artimanhas dos membros do comitê central, que “liderados” pelo fantoche Georgy Malenkov (Jeffrey Tambor) e pelo chefe da polícia política (NKVD) e ministro do interior, Lavrentiy Beria (Simon Russell Beale) tentam substituir uma das listas de inimigos de Stálin, por outra que acusa parte dos membros do partido, livrando a cara de Malenkov, que fora colocado na lista original na noite anterior.
 
 
 
Steve Buscemi como Nikita Khrushchev, o chefe do Partido de Moscou, que tem participação determinante em toda trama e em todo processo de sucessão política, está impecável. Em uma de suas melhores atuações, Buscemi consegue surpreender, mostrando algo novo, diferente do que estamos acostumados a ver em suas atuações.
 
 
Jason Isaacs (da série Star Trek Discovery) como Georgy Zhukov, o marechal de campo do exercito vermelho, poderia se tornar um clichê pelo pouco tempo de tela, mas a imponência e a intensidade do “capitão Lorca”, dão veracidade ao personagem, contribuindo para o roteiro, principalmente no terceiro ato da produção.
O ponto negativo sobre o filme, fica por conta das críticas pesadas e entendíveis relacionadas ao tom da produção. Nikolai Starikov, chefe do Partido “Grande Pátria Russa”, disse que “A morte de Stálin” foi um ato hostil da classe intelectual britânica, para desestabilizar a Rússia. Um grupo de advogados do Ministério da Cultura russo tentou proibir a exibição do filme, alegando que a obra incitava o ódio e a inimizade, violando a dignidade do povo russo, promovendo sua inferioridade étnica e social. A reclamação ganha ainda mais força, quando vários acadêmicos questionaram a precisão dos fatos, bradando aos quatro ventos, que o filme está repleto de erros históricos.
 
 
 
Enfim, apesar de muito competente em matéria de entreter “A Morte de Stálin” parece se equivocar sobre alguns fatos, dando um certo ar cômico depreciativo, que infelizmente reflete o que vivemos nos dias de hoje, no que consiste em manipulação política, implementada pela mídia, que ao longo dos anos, sempre colocou a Rússia e o povo soviético como os grandes vilões do planeta.
 
 
Em se tratando de informação política, é sempre bom ter em mente as sábias palavras de Malcon X:
 
 
“Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo.”
 
 
Nota: 3,5

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Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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