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Críticas

LOVE DEATH + ROBOTS | Crítica do Neófito

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A primeira temporada de Love, Death + Robots (2019) – série disponibilizada pela Netflix, a partir da ideia e produção de Joshua Donen, David Fincher, Jennifer Miller e Tim Miller – foi uma surpreendente boa e bem-sucedida aposta no segmento animação – seja em 2D ou 3D – da maior plataforma de streaming do planeta.

Os curtos episódios (no máximo 18 minutos), em sua maioria, tinham como tema a ficção cientifica e um ou outro versando sobre o sobrenatural. Eram impactantes, adultos (nudez, sexo e violência gráfica), lembrando Black Mirror em animação, podendo levantar questões sobre ciência, tecnologia e ética humana, em conjunto ou separadamente. Ao final do 18º e último episódio da temporada inicial, o público ficava com claríssimo gosto de quero mais.

O anúncio de nova temporada deixou os fãs em polvorosa.

Estreando no dia 14 de maio (conforme anunciado pelo Nerdtrip), o 2º ano da série manteve as temáticas ficção científica + sobrenatural, mas veio bem mais econômico, com apenas 8 episódios, também com no máximo de 18 minutos de duração.

E o que se pode falar dos episódios?

Em termos de produção e estética, a fórmula de variar os estilos de animação em cada episódio continua sendo acertada, fornecendo variado cardápio de opções e formas de explorar melhor a narrativa. Todavia, com 10 episódios a menos, a inventividade e criatividade dos estilos ficou bastante reduzida. Apenas os episódios 1, 2 e 5 apresentaram alguma coisa diferente, enquanto dos demais optaram pelo estilo extremamente realista. O destaque fica para o episódio de abertura – Atendimento Automático ao Cliente – que mostra as desventuras de uma idosa residente em sofisticado, tecnológico (e perigoso!) condomínio para velhos, repleto de ironia, crítica, ação, comédia e traço bastante estilizado, apesar dos cenários realísticos. O episódio 5 – A Grama Alta – é o mais belo esteticamente falando, cuja animação lembra quadros expressionistas; enquanto o 2 – Gelo – opta pela fusão entre o 2D computadorizado e o 3D.

O episódio 6 – Pela Casa – oferece uma versão tão divertida quanto assustadora do Papai Noel e, apesar de curtinho, é marcante.

O episódio 3 – Esquadrão de Extermínio – e o 4 – Snow no Deserto – abordam a mesma temática da imortalidade por diferentes vieses, com o primeiro (bem mais filosófico e bonito) especulando sobre os problemas éticos, morais e afetivos de uma sociedade que venceu a morte, ao passo que o segundo mergulha no desejo e consequências individuais de não morrer, bem como a solidão decorrente da infinitude.

O Episódio 7 – Gaiola de Sobrevivência – é quase uma homenagem (involuntária ou não) ao ator Michael B. Jordan, pois o protagonista da animação – piloto de caça intergaláctico – é simplesmente cópia escrachada do astro. Trata-se de pequena história de suspense e superação, abordando o conflito homem x máquina. Bacana e divertido.

O oitavo e último episódio – O Gigante Afogado – é o mais filosófico de todos, mais uma vez abordando o tema da morte a partir do elemento fantástico do surgimento do cadáver afogado de um homem gigante numa praia afastada.

Em qualquer dos 8 episódios, no entanto, não há o que se falar do esmero da produção ou do cuidado com a animação de cada um. Dublagens perfeitas, desenhos belíssimos, criando cenários diversos – seja no espaço sideral, num planeta inóspito ou numa casa de subúrbio – com extremado cuidado. O nível da arte é de realmente encher os olhos!

Todavia, em termos de conteúdo, apesar de estar longe de ser ruim, fica claro que a 2ª temporada é inferior à 1ª. Fica-se com a sensação de que “foi bom, mas podia ter sido melhor”, e os motivos podem variar. A diminuição do aspecto sexual (presente apenas no episódio 4) e da escatologia mais explícita – mas sempre a serviço da trama – podem explicar, em parte, o porquê da queda qualitativa. Mas, talvez, a resposta esteja simplesmente na questão de os roteiros terem ficado mais fracos / menos impactantes do que os da temporada inicial. Some-se a isso a enorme expectativa pelo novo ano do programa e tem-se essa sensação de piora.

Com as expectativas mais baixas, uma suposta 3ª temporada pode vir a fazer mais bonito, recuperando o alto nível da 1ª, mas, até agora, não houve anúncio oficial ou não sobre novo ano da série.

Aqui no Nerdtrip a torcida é para que venha mais Love Death + Robots, pois consideramos a série muito boa, apresentando conteúdo de qualidade para os nerds de plantão.

E você? O que achou da nova temporada de Love Death + Robots?

Dê a sua opinião para a gente!

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Foto: Divulgação

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Nota: 3,5 / 5 (muito bom)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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