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Críticas

LUCIFER TEMPORADA “5.2” | Crítica do Neófito

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Enfim nos encaminhamos para os capítulos finais de desfrute da companhia do mais simpático diabo que a cultura pop já concebeu: Lucifer, interpretado com gosto e inquestionável carisma por Tom Ellis.

A segunda parte da 5ª temporada (a penúltima do programa) estreou no final de maio cercada da ansiedade de seus muitos fãs, principalmente após o gancho deixado no último episódio da temporada “5.1”, com a chegada de ninguém menos do que o Todo Poderoso em pessoa! Vivido, com leveza, por Dennis Haysbert).

Foto: Divulgação (pai e filho tentando se entender)

E, se nos comentários que tecemos sobre a temporada “5.1”, observamos o fato de que todo o clima (e potencial narrativo) criado ao final da temporada 4 foi desconstruído de forma abrupta e simplista para “voltar a ser tudo como era antes”, nessa temporada “5.2” é preciso admitir que, agora, a história se encaminha para frente, mesmo que, aqui e acolá, alguns pequenos retrocessos aconteçam, principalmente envolvendo Mazikeen “Maze” Smith, a constantemente mal-humorada demônio interpretada por Lesley-Ann Brandt.

A presença de Deus é instigante e poderia ter gerado mais sequências bacanas e até memoráveis, mas o programa se mantém fiel ao seu formato e concepção de personagens, de modo que tudo acaba se resumindo a simplórios problemas de relacionamento familiar, no qual o onipotente Criador não passa de pai e marido ausentes por causa do “trabalho”, e que, agora, quer reconquistar o amor da ex-mulher e dos filhos – em especial o “rebelde” – antes de se aposentar, enquanto os anjos – e principalmente Lucifer – são todos de uma infantilidade gritante! Incrível imaginar como criaturas tão imaturas e inconsequentes poderiam ter não apenas criado, mas administrado o universo até agora! Linda Martin (Rachael Harris), a psicoterapeuta de todos os personagens, é muito mais complexa e madura do que todos os seres celestiais juntos!

No que concerne  aos personagens “humanos”, todos têm seu momento na temporada, com especial atenção ao arco envolvendo Daniel “Dan” Espinoza (Kevin Alejandro), que vai protagonizar tanto cenas (em especial a do aperto de mão de Deus), quanto episódios marcantes (será com ele o episódio mais absurdo e o mais sensível do programa). Já a carismática Ella (Aimee Garcia), apesar de não ter nenhum arco ou capítulo voltados especificamente para si, surge como espécie de cola entre os núcleos e personagens, tendo sempre bons momentos no decorrer dos 8 episódios desta segunda parte da temporada 5. Amenadiel (D.B. Woodside) continua competente como sempre, sem maiores alterações, mas marcando presença.

Foto: Divulgação (Amenadiel e Dan no episódio mais hilário da temporada)

Por fim, temos Lauren German e sua Detective” Chloe que, a princípio, é mantida como mera escora para Lucifer, mas que vai ganhando mais expressividade ao longo da temporada, até desabrochar nos últimos capítulos. Ah, a Eva (Inbar Lavi) também faz seu retorno triunfal.

Quanto ao enredo que move a série nesses novos episódios – algo revelado nos trailers, portando não sendo Spoiler – tudo vai girar em torno de qual anjo é digno de assumir o trono de Deus quando este supostamente se retirar da função. Mas, evidentemente, as coisas se encaminham para a polarização entre Miguel e Lucifer (ambos interpretados por Ellis), cada um se utilizando de manobras, artimanhas e talentos únicos para conquistarem o poder de Deus.

E, por incrível que pareça, a disputa política entre os anjos gêmeos acaba por revelar um interessantíssimo subtexto, no sentido de refletir a política atual norte-americana (democratas x republicanos / democratas liberais x democratas iliberais), passível de também ser estendida à realidade brasileira e até mesmo mundial, haja vista a ascensão de tantos projetos de poder autoritários, dividindo opiniões e os próprios países em dois blocos bem distintos de “nós contra eles”. A ideia jogada na tela é o “porquê” de se votar ou não votar em Lucifer ou Miguel.

No geral, a série adotou tom bem mais cartunesco nesses últimos 8 episódios, adotando o humor com muito mais força do que em temporadas anteriores. Lucifer definitivamente adere à galhofa, até mesmo com um divertido episódio musical. Os dois últimos capítulos buscam ficar mais sérios e emotivos, mas fica clara a adoção da concepção humorística, que acaba por distanciar de vez a série de sua origem nos quadrinhos.

Foto: Divulgação (clima de romance no ar)

O apoteótico último episódio dessa temporada “5.2” – novamente com efeitos especiais acima da média para a série – é piegas, divertido e grandioso em iguais medidas, sendo a frase final proferida por Lucifer absolutamente impagável!

Ficamos, todos, à espera da 6ª, última e definitiva temporada do diabo que gosta de beber uísque. O número “6”, aliás, é bastante sugestivo, não?

Será interessante observar como a dinâmica entre o par romântico do programa irá se desenrolar, agora que a situação de Lucifer o coloca em outro patamar!

Por fim, a segunda parte da 5ª temporada de Lucifer é, sem dúvidas, muito divertida, mas, a última frase dita, no último minuto do último episódio, é o resumo de toda a série até agora! Simplesmente genial!!!!

Uma diversão dos infernos!!!!

Foto: Divulgação (um verdadeiro ‘anjo’)

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Nota: 3,5 / 5 (muito bom)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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