Críticas
A BARRACA DO BEIJO 2 | Crítica do Neófito
Já aconteceu com alguém aí estar atravessando um dia sem nada o que fazer, sofrendo de tédio monumental, e então você liga a TV e aleatoriamente começa a apertar o botão do controle remoto quando, de repente, depara-se com um filmezinho colorido e iluminado que chama a sua atenção, repleto de belos atores jovens e atraentes, música boa, clima pra cima e, apesar da trama bobinha de doer, você não consegue desgrudar os olhos da tela até chegar ao final e acaba saindo da sessão com um leve sorriso nos lábios, relaxado e alegre?
Pois bem, A Barraca do Beijo 2 é exatamente um excelente exemplar desses filmes, que contam uma historinha batida, focada em dramas adolescentes, de final previsível, mas tão bem feitinho, tão bem interpretado, que não há como não gostar da “praga”!
Produzido pela Netflix, roteirizado e dirigido por Vince Marcello, a partir do sucesso de público (não de crítica) de 2018 (também escrito e comandado por Marcello) – e cuja Barraca do Beijo 3 já está anunciada – o filme 2 do que já pode ser chamada de franquia começa sua história no exato ponto em que o filme anterior terminou: Noah (Jacob Elordi) está em Havard, enquanto sua amada Elle (Joel King) permanece no último ano do colegial na bela e ensolarada Los Angeles Country Day High School, ainda vivendo grudada em seu melhor amigo Lee (Joel Courtney), apesar do namoro sério que agora ele mantém com Rachel (Meganne Young).
Foto: Divulgação
As famosas “regras” de amizade eterna estabelecidas entre Lee e Elle, nesta continuação, continuam aparecendo, mas de forma menos onipresente, mais como menção do que como núcleo narrativo.
O amor e a relação entre o casal de protagonistas, mesmo com a distância, dá mostras de continuar firme, até Elle cismar que Noah iria terminar com ela de qualquer jeito e começar a “dar espaço” para o amado. Lógico que essa premissa abre caminho para o surgimento de novos crushs para Elle e Noah, no caso, o belo, músico, dançarino e descolado atleta com traços de latin-lover Marco (Taylor Zakhar Perez) e, em Havard, a linda, magnética e modelo nas horas vagas Chloe (Maisie Richardson-Sellers).
Foto: Divulgação
Além disso, o trisal Elle–Lee–Rachel começa a apresentar alguns choques, quando a amizade de Elle-Lee insiste em se sobrepor ao namoro de Lee-Rachel.
E é só isso!
Toda a trama do filme gira em torno disso – com exceção honrosa ao pequeno espaço aberto para o bem-vindo flerte de um casal gay – com todo o resto do elenco servindo de mera ponte para que os protagonistas brilhem.
Não há nenhum vilão no filme e os problemas não são causados por pessoa(s) em específico, mas pelas expectativas pessoais e/ou perspectivas de vida diferenciadas dos personagens, o que torna as reviravoltas suaves e de mais fácil resolução.
Por mais, aliás, que tudo seja muito colorido e belo em A Barraca do Beijo 2, a história quer claramente falar de amadurecimento pessoal, e de se aprender a assumir a consequência (nem tão sérias assim) de seus atos.
Foto: Divulgação
Tudo gira em torno de um contexto bem norte-americano, todavia, não há como os adolescentes de hoje não se identificarem com as situações e dramas pessoais enfrentados pelos personagens (claro que, no longa, num nível mais exagerado), e os adolescentes de ontem não se lembrarem do que já vivenciaram nesse delicado e delicioso momento da vida.
Foto: Divulgação
De modo que não há muito o que se falar de A Barraca do Beijo 2. Trata-se de um filme agradabilíssimo, com fiapo de história, mas muito bem fotografado, cenografado, lindas locações, ótimos figurinos e com interpretações acima da média, na qual se destaca o carisma indubitável de Joel King, e a simpatia meio arrogante de Taylor Perez. O único que às vezes dava mostras a esse colunista de não estar totalmente à vontade com seu papel é muito bonito Jacobi Elordi, mas, na passagem dos créditos, como no primeiro filme, dá para ver o quanto os jovens atores se divertiam durante as filmagens (ou pelo menos a produção quis passar essa ideia).
Foto: Divulgação
São duas horas que passam rápido e sem sacrifício, mas que também deixam a memória tão rápido quanto. Pode-se metaforicamente dizer que “foi bom enquanto durou”!
Assim, se você quer desligar a mente, esquecer um pouco de pandemia, política, crise e recessão, se divertir e até – quem sabe – recordar algumas coisas do seu tempo de juventude e colégio, bom, A Barraca do Beijo é imperdível.
Só não espere um enredo shakespeariano!
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Nota: 3,5 / 5 (muito bom)
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