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Críticas

INFINITO | Crítica do novo filme de ação da Paramount+

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Com potencial, Infinite tem muito conteúdo, mas entrega um entretenimento por vezes vazio.

 

 

Do diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento, O Protetor), Infinito é baseado na obra The Reincarnationist Papers de D. Eric Maikranzconta e conta a história de uma população pequena da humanidade que possui o dom (ou a maldição) de reencarnar com todas as suas lembranças das outras vidas. Eles se chamam de Infinitos (Infinite) e se dividem em dois grupos: Os Crentes (Believers, aqueles que enxergam o significado da vida e da reencarnação como obra de um bem maior) e os Niilistas (Nihilist, aqueles que desejam acabar com tudo, pois acreditam que não há significado em nada e que o mundo não passa de um caos sem fim).

 

Imagem de divulgação

 

O longa tem uma premissa e um universo interessantes, mas preocupa-se muito com a ação, esquecendo-se de toda a complexidade que mentes nessa situação podem ter. Ele começa bem, com uma cena de perseguição no México bacana, que por sinal não tem aquele filtro amarelado que as super produções de Hollywood adoram colocar para qualquer país abaixo deles. São veículos e paisagens urbanas que não devem em nada à perseguições como já vimos na Europa ou nos próprios Estados Unidos. Neste início, temos um fato escondido que vai ser a peça fundamental desta história.

 

Imagem de divulgação

 

Sabe quando você tem sonhos que parecem lembranças de tão reais? Ou quando você aprende algo tão facilmente, que parece também estar lembrando daquilo? Mark Wahlberg vive Evan McCauley, que foi diagnosticado com esquizofrenia por ter experiências desta forma e por sofrer alucinações desde criança. Isso além de habilidades que não consegue explicar.

 

Imagem de divulgação

 

Depois de se envolver num incidente criminal, Evan descobre que faz parte dos Infinitos e, vejam só, ele é o líder deles. Normalmente Infinitos recuperam a memória quando adolescentes, mas Evan sofreu um acidente quando criança e teve sua mente comprometida. Desta forma, uma informação importante para a segurança da humanidade está presa em sua cabeça. Ele tem apenas flashs de suas vidas passadas.

 

Imagem de divulgação

 

Chiwetel Ejiofor vive Ted, o mais antigo Niilista, já viu tanta coisa e ignorância, que acabou possuindo asco dos homens. Ele também não aguenta mais reencarnar e quer pôr fim ao mundo inteiro para que não tenha a chance de voltar à vida, quer partir para sempre. Ted está prestes a conseguir o que quer, mas depende da informação presa à mente perdida de Evan.

 

Imagem de Divulgação

Tanto o método para atingir o fim do mundo, quanto um simples furo de roteiro horrível decaem toda a experiência com o Infinito. Como eu disse, é uma obra cheia de conteúdo, mas que fica vazia ao se perder nos diálogos e nas motivações. A negação além do ponto, as conversas sem sentido demais, embates desinteressantes ofuscam o que poderia ter mais brilho.

 

Imagem de Divulgação

 

É claro que estamos falando de um filme de ação e não de um filme que prima a arte da vida; mas com um tema desses, que flerta com religiões e existência, espera-se algo do tipo. Sabe os filmes do Nolan? Você vê e fica maravilhado por alguns dias, mas depois de semanas, meses talvez, você repensa em tudo aquilo e vê muitos furos e se sente tapeado! Então, o bom filme de ação consegue mascarar seus defeitos enquanto roda. Infinito não é assim, você enxerga os erros na hora!

Spoiler (caso queira, selecione com o mouse para poder ver)

A motivação do vilão, por exemplo. Ele inventou uma arma que aprisiona a mente e não deixa ela reencarnar para deter os Crentes. Mas se o objetivo dele todo o tempo era não reencarnar mais, porque ele não usou essa tecnologia contra ele mesmo? Se a mente fica inerte e inconsciente lá, ele teria seu destino tão buscado. Se a mente fica ativa no chip, que inventasse, então, um ambiente virtual para viver.  A questão principal do filme não faz sentido!

Outra coisa é quando Evan recupera suas memórias. Em Matrix, assim que Neo finalmente acredita em si mesmo e fica senhor de seus dons, ele muda completamente de postura e falas. Você realmente acredita que ele é outra pessoa. Fala menos e observa mais. Aqui não acontece, Evan é o mesmo sempre.

E a cena da fala “É impossível” do vilão ao ver Evan controlando o ar na asa do avião é de doer… como assim é impossível??? Assim não dá…

Fim do Spoiler

Infinite também invoca poderes sobrenaturais, mas não tem a coragem de coloca-los a prova e utilizá-los em prol da imagem e ação.

Em suma, Infinito é um bom filme, mas que tinha potencial para entregar muito mais. Se você gostou de filmes como The Old Guard e jogos como Assassin’s Creed, por exemplo, talvez curta esta experiência.

Recomendo com ressalvas.

 

 

Veja o trailer:

 

 

Infinite está disponível no Paramount+

E aí, gostou de Infinito? Contra pra gente!

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Escritor, Blogueiro, Desenhista, Capista, Gamer, Leitor, Telespectador e Entusiasta dos Animais (principalmente dos Dogs). Tenho histórias pela Editora Draco, Amazon, Editora Buriti e Editora Nébula. Também trabalho com Marketing Digital e e-commerce. Gostou de um texto meu? Vem conversar comigo!

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