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Críticas

WATCHMEN SÉRIE | Crítica do Neófito (S01E02)

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ALERTA DE SPOILER!!!!!!

(Este texto pode, eventualmente, abordar elementos da trama)

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 O segundo episódio da série Watchmen, da HBO, sob a batuta do showrunner Damon Lindelof, manteve os mesmos ingredientes do primeiro episódio e do seu produtor e roteirista: mistérios, pistas que parecem indicar alguma coisa, mas que acabam redundando em muita pouca coisa, algumas esquisitices e muitas referências (easter eggs) ao antológico romance gráfico de Alan Moore e Dave Gibbons.

A história parte, como seria o esperado, do exato ponto em que parou na estreia: com a personagem principal, Sister Night (Regina King, excelente) encontrando o corpo de seu mentor e amigo, o Chefe Judd Crawford, interpretado com muita competência e carisma de sobra por Don Johnson, o “Ned Stark” da série (entendedores entenderão), só que, aparentemente, como um pouco menos de honra do que o patriarca dos Starks.

 Foto: Divulgação (Watchmen S01E02 – HBO)

Apenas recua alguns poucos minutos para mostrar a chegada de Sister Night pelo ponto de vista do misterioso Will Reeves de Louis Gossett Jr., apesar de que isso, na prática, não esclarece praticamente nada. Aliás, minto! Há um flashback da juventude do pai de Will, em plena 1ª Guerra Mundial, novamente sendo vítima de racismo, o que indica que o cerne da trama da série girará, certamente, ao redor desse personagem, que ainda traz uma bombástica revelação (que novamente só aumenta o mistério) e uma surpresa enigmática ao final.

As referências aos quadrinhos são vastas: do bizarro teatro encenado pelos clones ou androides do personagem de Jeremy Irons acerca da origem do Dr. Manhattan, à primeira aparição de Hooded Justice, passando pela pichação da figura de um casal se amando que tanto marcaram a HQ.

Foto: Divulgação (Watchmen S01E02 – HBO)

Se Jeremy Irons é Ozymandias – como tudo indica – ele parece ser o personagem mais “modificado” com relação aos quadrinhos até agora, nos quais ele era o “homem mais inteligente da Terra”, absolutamente frio, calculista, inabalável, genial. A não ser que expliquem seu excentrismo e isolamento como oriundos do trauma de ter matado milhões de pessoas para evitar a guerra nuclear (algo que fica mais ou menos potencializado em sua última cena na revista, quando conversa com Dr. Manhattan) sua postura meio doidivanas e sádica na série não combina muito com sua caracterização nos quadrinhos.

O gosto por deixar pontas soltas e elementos para que o espectador tire suas próprias conclusões – bem típicas de Lindelof – começa a preocupar, afinal, a série – segundo declarações do próprio Lindelof – contará apenas com 9 episódios e teria uma história completa, só merecendo outra temporada “se” o público mostrar que quer ver mais coisas daquele universo. Mas, pelo ritmo dos acontecimentos mostrados até agora, só surgiram novos links e perguntas, sem quaisquer respostas relevantes, andando muito pouco a trama. A ação também diminuiu, para dar espaço a flashbacks da “Noite Branca” (oportunidade para ver Don Johnson). Inclusive, são introduzidos novos personagens, como o Senador Keene Jr., interpretado por James Wolk (o personagem, aliás, é um easter egg vido, afinal, o pai dele – nos quadrinhos – foi o responsável pela lei que criminalizou os vigilantes mascarados).

Foto: Divulgação (Watchmen S01E02- HBO)

Outra coisa que chama a atenção é o anacronismo tecnológico: não há celulares, mas há exame de DNA feitos em terminais de atendimento; quebra-cabeças antigravitacionais entre outras coisas estranhas.

De maneira que o capricho da produção se mantém; as interpretações continuam em altíssimo nível; há um roteiro intricado, inteligente (aparentemente!), instigante e com muito potencial. No entanto, o roteiro avança quase nada (para o reduzido número de episódios), há poucas cenas que utilizam efeitos especiais (que devem estar sendo guardados para o Dr. Manhattan) e o risco de Lindelof ficar enrolando ao invés de avançar na trama apresentada.

O próximo episódio da série vai trazer a importantíssima personagem dos quadrinhos, Laurie Blake (a segunda Espectral), como uma agente do FBI conhecida como The Comedienne (referência ao seu pai, Edward Blake, o Comediante), interpretada por Jean Smart. Talvez isso dê um impulso à série!

Foto: Divulgação (Watchmen S01E02 – HBO)

Esperar (ansiosamente) para ver!!!!!!!!

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Nota: 3,5 / 5 (muito bom)

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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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