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Críticas

LOVE, DEATH + ROBOTS | 3º Temporada episódio a episódio – Crítica do Obelix

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Na última sexta feira (20/05) chegou à rede de streaming Netflix a 3º temporada da aguardada série de animação/ficção Love, Death + Robots. Mantendo-se fiel ao formato adotado nas duas primeiras temporadas, ou seja, episódios independentes, com histórias fechadas abordando, como diz o título, temas que misturam amor, morte e tecnologia, a série não deixa nada a desejar às duas primeiras temporadas no que se refere a qualidade tanto de roteiro quanto visualmente falando.

A série tem produção de David Fincher, Tim Miller, Jennifer Miller e Joshua Donen.  Segue abaixo uma crítica episódio a episódio:

 

 

01 – Três Robôs: Saídas Estratégicas 

No primeiro episódio temos o retorno da saga dos três simpáticos robôs que tentam entender como a raça humana conseguiu destruir a si própria. Eles já haviam aparecido em um episódio da 1º temporada. Desta vez eles exibem de forma divertida uma crítica atual à maneira como o ser humano trata a natureza (da qual depende), à maneira como tem se tornado escrava de sua própria tecnologia (a batida porém válida história da revolução das máquinas) e à desigualdade social cada vez maior que gera bizarrices como bilionários que vivem em bolhas irreais em cujas quais acreditam que podem sobreviver à parte do resto dos “meros mortais”. A direção é de Patrick Osborne. A terceira temporada se inicia de forma sensacional trazendo uma deliciosa nostalgia em relação à primeira tempora. De cara temos:

 

02 – Viagem Ruim

O mais sombrio e tenebroso episódio da temporada nos dá um vislumbre dos piores instintos que um ser humano pode apresentar quando confrontado com o risco à própria sobrevivência. Um navio de caça a tubarões em um oceano alienígena é atacado por um crustáceo gigante carnívoro denominado Thanapod que se aloja em seu porão e o tripulante Torrin vai fazer de tudo para sobreviver mesmo que para isso tenha que negociar com o monstro e sacrificar seus colegas de embarcação. Ou, talvez, uma aldeia inteira em uma ilha próxima. A animação escura e cheia de sombras, com uma palheta de cores amareladas dá o tom de terror em um ambiente “lovecraftiano. Esse é o episódio que mais deve agradar aos adeptos de filmes de terror e suspense. Dirigido por David Fincher Viagem Ruim recebe a nota:

03 – O Mesmo pulso da Máquina

 

Duas astronautas sofrem um acidente com seu SVE enquanto exploram a lua Io de Jupiter, sendo que apenas uma chamada Martha Kivelson sobrevive. Com o suporte de vida do traje danificado e dolorosamente ferida Kivelson precisa arrastar o corpo de sua companheira (para usufruir do oxigênio de seu traje) pela lua desolada em busca de um contato com sua estação espacial que a princípio só poderá ser feito após muitas horas (muito mais do que o oxigênio vai durar). Para aguentar a dor a astronauta abusa de morfina e anfetaminas que lhe causam alucinações que dão o tom psicodélico do episódio. Ainda assim, o traço do desenho é simples e limpo lembrando bastante o estilo das HQs de super heróis das décadas de 70 e 80. Apesar dessa simplicidade a animação não deixa de ser bonita trazendo um pouco de reflexão filosófica diante da eminente e inevitável morte da protagonista que se aproxima. A direção é de Emily Dean

04 – Noite dos Mini-Mortos

Gosto é uma coisa subjetiva e pessoal. Para este redator este é simplesmente o melhor episódio da temporada. Com apenas 5 minutos de escracho total, sem se levar a sério e com uma disfarçada (mas nem tanto) inspiração nos personagens Minions da Illumination Entertainment , este episódio foi produzido apenas para levar o espectador a rolar de rir. Um casal de namorados embriagados faz sexo em um cemitério de frente a uma igreja e acabam por causar o mais hilário apocalipse zumbi da história. Não há diálogos nem personagens e toda a cena é vista de cima com uma certa distância que faz parecer que tudo está sendo filmado por drones. A animação é feita em stop-motion com aceleração de tempo, ao som de uma composição clássica de Rob Cairns. E o final sensacional nos mostra nossa própria insignificância cósmica. A direção desse ficou a cargo de Andy Lyon e Robert Bisi. Sem dúvida alguma:

 

05 – Matança em Grupo

 

 

Esse é o violento episódio da temporada feito para quem gosta do estilo tiro-porrada-e-bomba. Os amantes de filmes de ação e fãs de atores brucutus ao estilo Chuck Norris e Arnold Schazenegger vão amar esse. Não há muita história. Um Esquadrão das Forças Especiais dos EUA tem que enfrentar um gigantesco urso pardo ciborgue. A partir daí são só tiros, explosões, sangue, mortes, e armas, muitas armas de todos os calibres. A direção é de Jennifer Yuh Nelson. Não vou dizer que é um episódio ruim pois deve agradar ao público alvo.

 

06 – Enxame

Esse episódio deveria ser aquele que deveria agradar aos fãs de uma ficção científica mais pura, digamos assim. Aqueles que apreciam mais a temática com espaço sideral, alienígenas, outros planetas, outras culturas etc… Pois bem, esse é exatamente o meu perfil, e confesso que não gostei. O episódio é entediante mostrando um casal de cientistas humanos estudando uma raça alienígena insetóide. A história é arrastada e não passa de desculpa para erotizar a temporada e inserir um pouco de sexo e nudez. Visualmente é um dos mais bonitos, mas não passa disso. Enche os olhos e mais nada. Curiosamente é o único dirigido pelo produtor executivo e idealizador da série Tim Miller.

07 – Ratos do Mason

Em minha opinião o segundo melhor episódio da temporada, em Ratos do Mason vemos um típico fazendeiro escocês em um futuro ao estilo cyberpunk onde os ratos que infestam seus armazéns evoluíram após comer grãos transgênicos e passaram a desenvolver ferramentas manuais que os deixam mais eficazes na arte de se defenderem. Para enfrentá-los,o bigodudo Mason contrata uma empresa de desratização que lhe vende equipamentos cada vez mais tecnológicos e complicados o que causam uma sangrenta e hilária escalada numa guerra contra os roedores. É violento, é gore e é engraçadíssimo. Eu particularmente achei os 3 episódios cômicos (1,4 e 7), ao lado do belíssimo episódio 9 os melhores da temporada. Direção de Carlos Stevens.

08 – Sepultados na Caverna

Depois que os episódios 4 e 7 já nos trouxeram bastante violência, sangue e vísceras, ao se repetir no oitavo episódio essa temática começa a perder a graça. Sepultados na Caverna não acrescenta nada à temporada. Tudo que vemos é o velho clichê de soldados americanos fortemente equipados com armamentos e tecnologia de ponta que acabam por enfrentar criaturas desconhecidas. No caso aqui, aracnídeos devoradores de gente com rostos humanóides. Praticamente não há história nem enredo, apenas soldados presos na caverna com as criaturas. O final previsível só aumenta a sensação de “já vi isso antes”. Pelo menos uma centena de vezes. Vale pelo CGI de primeira. Graficamente é um dos mais bonitos da temporada. Direção de Jerome Chan.



09 – Fazendeiro (Jibaro)

Uma rápida olhada nas reações á série pelas redes sociais e sites especializados e percebemos que de longe esse foi o episódio preferido do público. E é entendível visto que visualmente não há como negar que esse episódio é perfeito. Computação gráfica impecável, rica em detalhes e de uma beleza impar. Fotografia maravilhosa. A história nos mostra uma espécie de sereia dourada que como na lenda tradicional atrai com seu grito os homens para o fundo de sua lagoa. Porém numa de suas chacinas um homem resiste ao seu encanto por ser surdo despertando a curiosidade da criatura. E é a partir daí que a história se desenrola. A sereia não só grita, mas também dança em uma coreografia hipnotizante. Não dá para descrever com palavras o episódio e talvez por isso nenhuma seja pronunciada em nenhum momento do mesmo. O episódio tem que ser visto e sentido. Direção de Alberto Mielgo.

 

Se fossemos fazer uma média matemática com as notas que eu como crítico do Nerdtrip forneci, chegaríamos ao total de 4,3 navinhas que poderíamos arredondar para 4,5. Porém, os 4 episódios que receberam um total de 5 navinhas são tá excepcionais que mereceria muito mais que isso. Portanto, como redator me dou o direto de arredondar a nota final da temporada para nada mais, nada menos que:


Aguardando ansioso pela 4º temporada!!!!

 


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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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