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Críticas

O HOMEM DO NORTE | Longa nos faz questionar qual é o preço da vingança

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O Homem do Norte chega aos cinemas nesta quinta-feira (12/05) com uma história brutal, poética e muito sangrenta que vai agradar aos amantes dos contos escandinavos e até mesmo ao público geral.

Eu mesmo, que não acompanhei a série Vikings e outras tramas parecidas, fiquei surpresa com a qualidade do longa termos de roteiro, elenco, atuação e fotografia.

O filme, que não é nada convencional, é comandado pelo ousado diretor Robert Eggers, responsável por outras obras primas como A Bruxa e O Farol, e cria uma trama grandiosa, sem se perder em seu próprio estilo.

Assistir “O Homem do Norte” é, sem dúvidas, uma experiência marcante. O filme traz elementos muito fortes da mitologia nórdica e um enredo banhado de sangue e vingança.

Na trama, o jovem príncipe Amleth (interpretado por Oscar Novak durante a infância e Alexander Skarsgård quando adulto) filho único do Rei Corvo Aurvandil (Ethan Hawke) e da Rainha Gudrún (Nicole Kidman) assiste seu pai ser brutalmente assassinado pelo ambicioso irmão bastardo Fjölnir (Claes Bang). Exilado, ele promete vingar a morte covarde de seu pai e resgatar sua mãe das garras sangrentas de seu tio.

Com o passar dos anos, ele acaba se juntando a uma tribo de bárbaros, tornando-se um guerreiro nômade e acaba descobrindo, após um assustador encontro com a feiticeira Seeress (Björk), em um dos saques, que seu tio perdeu o reino que lhe tomou às custas da vida de seu pai e vivia com a esposa e os filhos em uma ilha distante da Islândia.

A feiticeira também fala sobre uma profecia e que chegará um momento em que ele terá que escolher entre dar a bondade para seus parentes ou o ódio para seus inimigos. Com sede de vingança, Amleth se infiltra no barco dos escravos, cego e com seu coração borbulhando de tanto ódio, já que esse é o único sentimento que conhece até aquele momento.

No entanto, durante o percurso ele conhece a bruxa Olga (Anya Taylor) que pode mudar seus sentimentos a respeito do futuro e lhe ajudar a ter sucesso em seu plano de vingança.

Vou ter que parar por aqui para não dar muitos spoilers sobre o longa, mas preciso dizer que agora, com um orçamento bem mais generoso, Eggers – que tem apenas três filmes em seu currículo – conseguiu entregar uma obra-prima. Principalmente por se concentrar em uma prática de contação de histórias ancestrais: a oralidade. Que fala sobre um mesmo conto ser narrado de maneiras diferentes.

Não é à toa que o nome do nosso protagonista soe conhecido aos nossos ouvidos. A história do jovem príncipe Amleth serviu de inspiração para um dos maiores escritores do mundo, criar outra narrativa ímpar. A história sobre a vida, a vingança e os costumes vikings também serviu de inspiração para que William Shakespeare construísse o seu tão conhecido “Hamlet”. Essas mesmas histórias serviram como um guia para o escritor Robert E. Howard na construção de “Conan, o Bárbaro”, cujo a trajetória se assemelha com nosso jovem príncipe viking.

A semelhança com “Conan, o Bárbaro”, interpretado por Arnold Schwarzenegger inclusive, não para por aí… Eggers seguiu os mesmos passos do diretor de Conan, John Milius, retirando todos os excessos e concentrando a trama no que movia o protagonista, no que o levava à ação e quais eram as motivações dele. Só que diferente de Conan, “O Homem do Norte”, preenche os espaços vazios com poesia – seja oral ou visual (e nesse quesito todo o crédito vai para o diretor de fotografia Jarin Blaschke).

E acreditem, geralmente a trilha sonora de alguns filmes passam despercebidos aos meus ouvidos, são tantas cenas e contextos a se prestarem atenção, que as músicas passam sem se notar, mas não em “O Homem do Norte”. A trilha sonora de Robin Carolan e Sebastian Gainsborough é inexplicavelmente inebriante e casa perfeitamente com a fotografia do filme. Tudo parece ter sido perfeitamente planejado, é como se tudo estivesse em harmonia, a imagem estonteante de um cenário digno de cartão postal, com os sons que só podem ser ouvidos na natureza. É como se um dos épicos poemas de Odin estivesse sendo lido na nossa frente (e acabaria por tomar formas, em sons e imagens de forma muito natural).

Como se tudo isso não fosse o suficiente, “O Homem do Norte” aborda as já conhecidas lendas nórdicas como: deuses guerreiros, valquírias, os portões do inferno e o caminho para Valhalla, da maneira mais mágica e real possível.

Com um roteiro impecável escrito por Eggers e Sjón, “O Homem do Norte” vale cada centavo investido.

 


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