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Críticas

DOUTOR SONO | Crítica do Don Giovanni

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Definitivamente alguns filmes são intocáveis, “Casablanca”, De Volta para o Futuro”, quase todos os filmes de Stanley Kubrick, e entre os filmes do mestre, “The Shining” (O Iluminado – 1980) é indiscutivelmente um dos filmes mais importantes da história do cinema. Por isso, a ideia de uma continuação sempre pareceu algo temeroso aos olhos de Hollywood, mexer em tamanho “vespeiro” não é para qualquer um. Nada contra os “reboots” e as diversas novas versões produzidas de forma incessante pelos estúdios, Star Trek, Episódio VII: O Despertar da Força e recentemente O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, são alguns ótimos exemplos de “retorno” bem feito, por mais que alguns deles tenham registrado uma bilheteria muito abaixo do esperado. A responsabilidade de produzir uma continuação de “O Iluminado” é gigantesca, e poucos diretores no mundo estariam à altura do projeto. A Warner apostou suas fichas em Mike Flanagan (Ouija – Origem Do Mal de 2016 e A Maldição da Residência Hill de 2018) para escrever, dirigir e editar “Doutor Sono” filme baseado no romance de 2013 de mesmo nome de Stephen King e continuação do romance de 1977, The Shining.

 

 

O Iluminado produzido e dirigido por Stanley Kubrick, conta a história de Jack Torrance (Jack Nicholson), um escritor alcoólatra, que aceita se tornar uma espécie de “zelador” do Overlook Hotel nas Montanhas Rochosas do Colorado, junto com sua esposa Wendy Torrance e o jovem filho do casal Danny. Danny é iluminado pelas habilidades psíquicas de ver o passado, de se comunicar com os mortos e de conversar telepaticamente com os vivos. Rapidamente o pai de Danny enlouquece em contato com os sombrios segredos do hotel, transformando-se em um maníaco homicida, aterrorizando toda sua família. Um clássico irretocável.

 

 

Décadas depois em “Doutor SonoDanny Torrance já adulto, tenta desesperadamente sobreviver aos traumas de infância causados pelo Overlook Hotel, suprimindo sua “iluminação” com o rotineiro abuso de álcool. Danny conhece uma jovem com poderes semelhante aos seus, enquanto um misterioso culto conhecido como “O Verdadeiro Nó”, ataca crianças “iluminadas” para servirem de “alimento”. A energia vital das vitimas transformam os membros da Seita em seres quase imortais. Danny precisa unir todas as forças sobrenaturais conhecidas (no melhor estilo Vingadores??) para derrotar o culto maldito e encontrar a paz que sempre buscou.

Ewan McGregor como Dan Torrance, até que tenta, mas os festivais de equívocos cometidos pela produção devem ter feito Kubrick revirar no túmulo. Sai o terror psicológico, entra a simplicidade e a repetição da formula dos filmes de “terror adolescente”. Sai os diálogos e cenas complexas, entra toneladas de referências ao filme oitentista, que são atiradas como balas perdidas aleatoriamente. A produção tenta absurdamente deixar claro que estamos diante de uma continuação, mas tudo é tão raso e mal executado, que o tiro sai pela culatra e ficamos com a sensação de que estamos diante de um filme que nada se parece com o cultuado filme de Stanley Kubrick.

Roteiro arrastado, cenas constrangedoras e a pior piada pronta que se poderia imaginar, o “Doutor Sono” realmente é um especialista no combate a insônia, pois o maior desafio ao assistir ao longa, é conseguir se manter acordado durante toda projeção.

 

Pontuação de 0 a 5

 

Nota: 1  

 

P.S. – Recentemente diretores renomados como Martin Scorsese e Francis Ford Copolla se mostraram “preocupados” com a dominância das bilheterias pelos filmes de heróis, que na visão preconceituosa dos renomados diretores conservadores, não representariam um “cinema de qualidade”.  Hollywood deveria se preocupar com filmes como Doutor Sono, com a estagnação criativa dos estúdios que a muito tempo não produzem nada de relevante, sobrevivendo de eternos “reboots” e de cansativos “spinoffs”. Filmes como Pantera Negra, Coringa, Ultimato, Cavaleiro das Trevas, Soldado Invernal, Watchmen, Vingadores, Homem Aranha 2, Guerra Infinita, Guerra Civil, Guardiões da Galáxia Vol. 1, Homem de Aço, Homem de Ferro, entre outros, são exemplos de produções cinematográficas de altíssima qualidade, que são superiores a boa parte do que se produziu nos cinemas nos últimos 20 anos. As críticas positivas, as bilheterias milionárias/bilionárias e a dominância das salas de cinema de todo planeta comprovam isso. Se não fossem os filmes de heróis, a criatividade de Hollywood, bem como sua monetização e as salas de cinemas de todo mundo estariam entregues as moscas. Bem vindo à era heroica.

 

 

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Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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