Cancelar

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Cancelar é o segundo episódio da terceira temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora um almirante aposentado) Jean-Luc Picard, que é retirado de seu descanso por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.

Que esta temporada de Star Trek: Picard vem sugando ideias e contextos de outras fontes dentro do próprio cânone ficou muito claro desde os primeiros minutos do primeiro episódio. No entanto, isso parece que vai ser o padrão da temporada – misturar no liquidificador tudo aquilo que já funcionou para outras partes da franquia. Será que essa batida vai dar certo?

Atenção, tripulação! Ativar alerta de spoilers!

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Cancelar começa com um flashback com Jack Crusher (Ed Speelers) levando a nave Eleos para um planeta afetado pela Febre Galariana. Apesar da trama indicar que ele possua uma relevância, o personagem não parece criar uma grande atração com o grande público. E o gancho da semana passada é completado com a Titan salvando a pequena nave médica, não por heroísmo, mas por pura arrogância e vaidade do capitão Shaw (Todd Stashwick). Venho gostando muito da atuação de Todd Stashwick, construindo um capitão que se apega aos regulamentos da Frota, além de tentar sempre fazer o que é certo segundo os dogmas que a própria organização ensina.

Almirante Picard e o rebelde Jack Crusher. Imagem: StarTrek.Com

E é claro somos apresentados a capitã Vadic, interpretada pela talentosa Amanda Plummer (filha de Cristopher Plummer, que interpretou o general klingon Chang, em Jornada nas Estrelas VI – A Terra Desconhecida). Cheia de todos os maneirismos e clichês que uma vilã de ficção científica pode ter, ela parece saber bastante sobre Picard e Shaw. Plummer consegue ainda colocar carisma em sua personagem, fazendo com que ela realmente se pareça má (não apenas por ter surrupiado um arsenal tão grande que me pergunto onde cabe tudo isso naquela nave).

Capitã Vadic e sua cara de mau. Imagem: Den Of Geek.

Entre Jean-Luc Picard e Beverly Crusher (Gates McFadden), temos uma reunião breve, mas emocional e não-verbal. Essa troca de olhares e umas expressões cansadas revela ao almirante que tiveram um filho que ele nunca conheceu. Quem não desconfiava desde o primeiro episódio que atire a primeira pedra!

Deixada em segundo plano Raffi (Michelle Hurd) recebe ordens de seu contato para não se aventurar atrás dos responsáveis pelo atentato que ela estava investigando. Ela desobedece ordens, se encrenca bem feio e no fim, é salva pela aparição “ex machina” de Worf (Michael Dorn), que revela ser o seu contato. Estará Worf trabalhando na inteligência da Frota Estelar? E sendo supostamente pacifista, ele pode sair por aí cortando cabeças?

Worf em imagem promocional. Imagem: Trek Central

Conclusão

Cancelar mantêm o ritmo morno do episódio de estréia, seguindo a tradição de Star Trek: Picard em criar pontas soltas e fechá-las todas apressadamente nos últimos episódios. Se a intenção era ter episódios mais maduros e honrar o legado de A Nova Geração, então precisa dar uma apertada nesse passo.

“Não temos uma pedra, vamos jogar uma nave em vocês…”. Imagem da internet

Beber de fontes anteriores não é um pecado, mas fico me perguntando o quão óbvio a trama vai ficando cada vez que vemos algo do tipo “Isso já não aconteceu antes?”. Depois de alguns tropeços anteriores, tudo o que a gente gostaria eram coisas novas e requentar ideias não parece um desfecho apropriado ao almirante.

Nota: 3/5

Tem força de impulso, mas não chega entrar em dobra.

Anteriormente, em Star Trek: Picard

STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “A Nova Geração” (3×1)

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