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STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Dezessete segundos” (3×3)

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Logotipo da série

Dezessete segundos é o terceiro episódio da terceira temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora um almirante aposentado) Jean-Luc Picard, que é retirado de seu descanso por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.

O conflito sempre foi um assunto controverso dentro do universo maior de Jornada nas Estrelas. A Série Clássica, por exemplo, tinha vários episódios impulsionados por conflito, como “Equilíbrio do Terror” (Balance Of Terror, primeira temporada) e Primeiro Comando (Galileo Seven, também da primeira temporada). No entanto, Gene Roddenberry começou a proibir esse tipo de conflito: se ele existisse, deveria ser originado e focado em uma força externa ao elenco principal.

Ele teria sido contra, inclusive, a episódios como “O Valor de um Homem” (The Measure of the Man), “Tapeçaria” (Tapestry) e e “Família” (Family); segunda, sexta e quarta temporadas respectivamente, todos de A Nova Geração. Tudo por que esses episódios são carregados de conflitos internos entre os personagens. Durante muito tempo, essa atitude também foi adotada por vários produtores. Dezessete segundos, no entanto, está cheio de conflitos internos entre os personagens principais. Conseguiria o episódio derrubar esse paradigma?

Episódio Cancelar, (2×1). Imagem do Nerdtrip

No episódio anterior: A Titan salva a pequena nave médica por pura arrogância e vaidade do capitão Shaw. Vadic, parece saber bastante sobre Picard e Shaw. Beverly revela, mesmo que não verbalmente, que Jack é filho de Picard. Raffi recebe ordens para não se aventurar atrás dos responsáveis pelo atentado que ela estava investigando, mas desobedece e acaba sendo salva por Worf, que revela ser o seu contato.

Atenção, tripulação! Ativar alerta de spoilers!

 

Dezessete segundos

O episódio começa com um flashback (de novo!) pra nos mostrar, não só a razão do nome dezessete segundos (o tempo que Riker leva pra chegar na enfermaria e ver seu filho recem-nascido) como ilustra muito bem a relação entre Picard (sir Patrick Stewart) e Riker (Jonathan Frakes). Esse momento se tornará imediatamente controverso em relação ao comportamento dos personagens no final do episódio.

Durante todo episódio a USS Titan fica fugindo da Shrike dentro da nebulosa, que parece estar viva (ou tem algo vivo bem interessante dentro dela). Como o pássaro que lhe dá nome (Picanço em português, mas acho que não seria bem aceito uma tradução dessas), a Shrike vai mutilando aos poucos a Titan, fazendo com que os personagens questionem seus métodos e suas táticas de fuga, gerando inclusive uma divergência estranha entre Riker e Picard na ponte de comando.

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Titan brincando de pega-pega. Imagem da internet

E por falar em questionar, Picard questiona Beverly (Gates McFadden) por não lhe falar sobre seu filho. Também questiona as decisões de comando de Riker. O mesmo Riker que fala muito bem do antigo capitão para Jack (Ed Speelers), mas perde a cabeça de forma perigosa com o almirante. E no meio de tanta hostilidade, somente duas coisas funcionam bem: Vadic (Amanda Plummer) como estrategista fria e a subtrama da Operação Alvorada, trazendo à tona os metamorfos e a Guerra do Domínio durante a investigação de Worf (Michael Dorn) e Raffi (Michelle Hurd).

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Picard e a dra Crusher tendo uma DR. Imagem: Intl. Star Trek

Conclusão

Dezessete segundos até tenta, mas seus embates não beiram nada além do previsível. De fato, além da discussão entre Riker e Picard, nenhum dos demais conflitos é realmente sólido o suficiente pra romper qualquer paradigma que tenhamos visto em Jornada nas Estrelas anteriormente.

O capitão Shaw (Todd Stashwick) vem se mostrando um personagem deveras interessante. ele pode ser arrogante sim, mas é responsável e tenta fazer tudo da forma correta. A sinergia entre Raffi e Worf também é muito boa, dá a impressão que ambos nasceram para trabalharem juntas. Mas é só isso. Ed Speelers não convence ter vinte e poucos anos, da mesma forma que as razões de Beverly Crusher em escondê-lo de Picard são boas – mas não sensatas.

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Tira bom e tira mau. Imagem: Intl Star Trek

A terceira temporada de Star Trek: Picard parece ter medo de se mostrar a que veio e, por enquanto vem demonstrando uma maneira preguiçosa de se fechar uma série. A minha torcida é que o panorama mude para melhor: por que pior que uma trama preguiçosa, só uma trama ruim.

Nota: 2,5/5

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Não tem força nem pra decolar


Anteriormente, em Star Trek: Picard…

STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “A Nova Geração” (3×1)

STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Cancelar” (3×2)


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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