STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | Curiosidades do episódio Ad Astra Per Aspera (2×2)

Curiosidades e Surpresas Escondidas em “Ad Astra Per Aspera”

Enquanto a capitã Batel conversa com Una sobre um possível acordo judicial, vemos várias bandeiras atrás deles, incluindo a bandeira do IDIC, representando o planeta Vulcano. Também vemos uma bandeira representando a Terra Unida. Esta bandeira é um lembrete de que o governo local da Terra existe desde a época de Enterprise no século 22. Esta insígnia da Terra também é semelhante ao que vemos no uniforme médico do Dr. Boyce em “A Jaula”.

Múltiplas bandeiras na sala de interrogatório. Imagem da internet

Os ilirianos que vivem na Nebulosa de Volterra foram previamente estabelecidos no episódio da primeira temporada de Strange New Worlds , “Fantasmas de Ilyria” (Ghosts of Illyria). Curiosamente, esta não é a “Nebulosa de Vaultera” do episódio “A Busca” (The Chase, sexta temporada de A Nova Geração), embora pareçam bastante semelhantes.

Quando vemos a Enterprise em órbita da Terra, em uma cena, as grades azuis no interior não estão brilhando em azul. O fato de essas grades azuis brilhantes existirem é um recurso exclusivo das naves em Strange New Worlds e Discovery. Esse recurso começa a ser visto nas naves a partir de Jornada nas Estrelas: O Filme, mas durante a Série Clássica ele não existia.

A diferença entre as Enterprises. Imagem: montagem do Nerdtrip

O Comando da Frota Estelar e a Academia da Frota Estelar com base em São Francisco foram estabelecidos desde a Série Clássica. A primeira vez que vimos a casa da Frota Estelar e a ponte Golden Gate foi em Jornada nas Estrelas: O Filme. Posteriormente, todas as séries de TV da franquia retornaram a São Francisco pelo menos uma vez.

Batel avisa Pike que não pode testemunhar em nome de Una porque, se o fizer, a Frota Estelar poderá processar legalmente o resto da tripulação da Enterprise por meio de Pike. A ideia de que um capitão da Frota Estelar é legalmente responsável por toda a tripulação sob seu comando foi incorporada a Jornada nas Estrelas por algum tempo. Em Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, quando Kirk está sendo julgado pelo assassinato do Chanceler Klingon, Chang aponta especificamente que, mesmo que Kirk não tenha matado Gorkon, ele ainda será legalmente responsável.

Existem vários detalhes durante o julgamento que combinam com dois episódios clássicos de julgamento da Série Clássica, “A Coleção” e “Corte Marcial” (ambas da primeira temporada). Esses detalhes incluem:

• Tocando um sino redondo e físico que traz a corte para a sessão.
• Uma pequena fita de dados amarela lendo as acusações legais.
• Os uniformes de gala usados ​​pela tripulação para a ocasião formal.
• A cadeira em que as testemunhas se sentam tem uma plataforma redonda e brilhante sob suas mãos.

O banco das testemunhas. Imagem do episódio

A Primeira Diretriz é uma das leis mais conhecidas da história de Jornada nas Estrelas. Foi referenciado pela primeira vez no episódio “A Hora Rubra” (Return of the Archons, primeira temporada da Série Clássica). Ao longo de Star Trek: Discovery  era apenas referido como “Ordem Geral Um”, mas começando com a primeira temporada de Strange New Worlds, fomos informados de que a Frota Estelar começou a chamá-la de “Primeira Diretriz”. Esse fato é reiterado aqui.

Spock afirma que conheceu Una em seu “primeiro dia como alferes na Enterprise”. Ele também brinca que ela estava escondendo sua “afinidade pelos musicais de Gilbert e Sullivan“. Esses dois comentários se referem ao episódio “Q&A” de Short Treks,  que cronologicamente, é o primeiro momento que vimos na tela na carreira de Spock na Frota Estelar. Este curto episódio foi escrito pelo co-criador de Star Trek: Picard, Michael Chabon, antes que Strange New Worlds fosse formalmente lançado.

Cena do episódio Q&A.

Durante seu julgamento, Una diz que está na Frota Estelar há 25 anos. Trabalhando para trás a partir do presente relativo de Strange New Worlds (2259), isso significaria que ela entrou na Frota Estelar em 2234. Curiosamente, isso é um ano após a época do USS Kelvin (2233), mostrado no filme Star Trek de 2009. É possível que Una tenha usado o mesmo modelo de uniforme usados ​​por George Kirk e Capitão Robau, no passado.

Una menciona que “Ad Astra Per Aspera” (que significa “Para as estrelas através de dificuldades” em latim) era o lema da Frota Estelar antes da formação da Federação Unida de Planetas. Este é um lembrete de que existem, essencialmente, duas versões da Frota Estelar. Um que existe antes de 2161 e outro depois. Na série Enterprise, essa versão da Frota Estelar existe antes da Federação, na década de 2250, e é por isso que o título da nave é apenas “Enterprise” e não “USS Enterprise”, já que é uma designação dada às naves da Frota Estelar que fazem parte da Federação.

No final, Una é absolvida de todas as acusações, principalmente graças a uma brecha legal que sugere que ela estava buscando asilo na Frota Estelar. Mas os juízes deixam claro que “os regulamentos devem persistir”. Isso significa que a Frota Estelar não reverte suas leis de engenharia anti-genética neste momento. Por que isso é relevante? Bem, no episódio Deep Space Nine, “Doutor Bashir, presumo?” (Doctor Bashir, I presume, sexta temporada) descobrimos que Julian Bashir foi secretamente modificado geneticamente por seus pais quando ele era jovem. Isso põe em risco a carreira de Bashir na Frota Estelar da mesma forma que a de Una está em perigo aqui. Mas, “Doutor Bashir, presumo?” ocorre em 2373, 114 anos completos após os eventos deste episódio. Então, enquanto Una é salva neste episódio, a Frota Estelar não mudaria sua visão sobre as pessoas geneticamente modificadas por mais de um século.

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