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Críticas

STAR TREK DISCOVERY | Tarantino e o Universo-Espelho – Episódio 13: What’s Past is Prologue – Crítica do Viajante

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Após a revelação bombástica no episódio anterior, “What’s Past is Prologue“, o 13º episódio da primeira temporada da polêmica série Star Trek:Discovery finaliza o arco que se passou no denominado Universo-Espelho, aonde se encontrava a U.S.S Discovery já há alguns episódios em confronto com um opressivo, xenófobo e cruel império terráqueo.

A citada revelação de que o capitão da Discovery,  Gabriel Lorca (Jason Isaacs) era na verdade oriundo do Universo-Espelho e que havia estado o tempo todo enganando a própria tripulação com o objetivo de usar o motor orgânico-micelial da nave para voltar para casa já era esperada pelos trekkers mais atentos que haviam captado evidências desse fato por toda a trama.

O perverso Lorca novamente tenta um golpe de estado contra a imperadora Philippa Georgiou (Michelle Yeoh) e quase obtém sucesso. Porém acaba morto pela própria. A tripulação da Discovery descobre que o império está envenenando a rede micelial e que pode acabar por destruir todo o multiverso. Detê-los passa a ser a prioridade. No final tudo dá certo e a Discovery volta para seu próprio universo, levando consigo a imperadora Georgiou após um rompante emocional da protagonista, a especialista Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), apenas para descobrir que nove meses após sua saída, o império klingon praticamente ganhou a guerra que estava sendo travada com a Federação.

O episódio todo é bem amarrado e bastante eletrizante, com bons momentos de batalhas e coreografias de luta satisfatórias. E o gancho para o próximo arco deixa várias questões interessantes para serem resolvidas. Como ficará por exemplo a cadeia de comando dentro da Discovery? O desconfiado e de certa forma até covarde Saru (Doug Jones) permanecerá como capitão? Pessoalmente acho improvável. Creio que a direção do programa deva optar por alguma trama que leve Burnham ao posto. Mas não descarto que a imperatriz Georgiou possa se redimir e de alguma forma se tornar a capitã, afinal, ela já demonstrou que não é tão ruim como se pensava, trabalhando em conjunto com Burnham nesse episódio. Histórias de remissão são comuns na franquia, afinal, quem não se lembra da borg Sete-de-Nove (Jeri Ryan) em Star Trek: Voyager?

Porém a questão primordial é o que será feito a respeito dos klingons? Vejo duas opções: Ou a tripulação tentará usar o motor-micelial para se deslocar no tempo e retornar nove meses para o momento em que deixaram o universo original e portanto quando a guerra estava num ponto crucial, porém não definida (mais provável, infelizmente) ou, (e essa é a minha opção pessoal, porém totalmente improvável) tentarão consertar as coisas a partir daquele ponto, enfrentando uma guerra muito mais difícil e sangrenta porém com a vantagem da tecnologia do motor-micelial que já provou ser de grande valia em batalhas. 

Um outro ponto que não posso deixar de comentar, afinal, eu mesmo já reclamei disso em críticas de episódios anteriores, é que “What’s Past is Prologue” nos trouxe uma participação maior de outros oficiais da ponte, como por exemplo do oficial-tático Rhys (Patrick Kwook Choon) ou da oficial de operações híbrida sintético/humana Airiam (Sara Mitich). O fato desses personagens da ponte-de-comando estarem sendo mal aproveitados no show já haviam incomodado alguns trekkers (eu incluso) acostumados a verem uma certa “rotatividade de protagonistas” em séries anteriores da franquia que tinham o costume de exibir episódios com o “protagonista da semana”. 

Com o anúncio de que o diretor Quentin Tarantino deve realmente dirigir o próximo longa de Star Trek para os cinemas, não consigo deixar de fazer um paralelo entre sua obra grandiosa e o Universo-Espelho retratado nesse último arco de Discovery. Tarantino é conhecido pelos fãs por fazer filmes violentos, com muito sangue, ganância e total falta de moralidade por parte de seus personagens. É dificil você encontrar um único sequer que não tenha sérios problemas psicológicos. Psicopatas, assassinos, torturadores, empresários ou negociantes ganaciosos e inescrupulosos, prostitutas, drogados e aproveitadores são os tipos preferidos do diretor em seus filmes. Apesar de fã de sua genialidade, confesso que torci o nariz quando ouvi pela primeira que o mesmo era grande fã e queria se envolver em Star Trek. Eu não conseguia ver nenhum tipo de ligação entre a obra de Tarantino e da de Rodenberry. Contudo, ao ver os terráqueos do Universo-Espelho uma luz se ascendeu em minha mente. É a cara dele!!! Eu não me espantaria nem um pouco se Tarantino resolvesse abordar esse universo no cinema e consigo vislumbrar um Universo-Espelho maravilhosamente podre!!! Espero sinceramente que ele vá por esse caminho.

Minha classificação para o conjunto da obra de Star Trek: Discovery se mantém novamente:

 

Links para as críticas dos episódios anteriores:

Episódio duplo de estréia

Episódio 03

Episódio 04

Episódio 05

Episódio 06

Episódio 07

Episódio 08

Episódio 09

Episódio 10

Episódio 11

 

(Todos os links quebrados foram corrigidos)

 

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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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