Críticas
Mare of Easttown | Análise por Konno
Com roupagem de thriller policial, Mare of Easttown é um ensaio sobre luto, redenção e os caminhos bifurcados da vida.
Sem ouvir falar dela antes, dei play no piloto por puro acaso e me deparei com o início de uma das séries mais sensacionais dos últimos tempos.
Mare of Easttown conta a história da crível e cansada detetive Mare Sheehan, que é magistralmente interpretada pela linda e super talentosa Kate Winslet. Na pequena cidade de Easttown, onde todos se conhecem e possuem ligações, somos apresentados incialmente a um dia de rotina de Mare, onde ela responde à alguns chamados simples enquanto ainda tenta resolver uma investigação de desaparecimento há um ano.
Enquanto sua vida desmorona de muitos meios, um misterioso caso de assassinato surge e a competência de Mare é posta à prova mais uma vez.
Assim que a trama se desenvolve, pistas diversas e sugestões distintas são jogadas para nós, fazendo-nos pensar e imaginar quem seria o assassino e os motivos para o ato. Todavia, a série é feliz em mostrar que nem todas as coisas precisam estar interligadas. Muitos fatos, irrelevantes ou não, circulam livres pelo caos que é o cotidiano humano.
Quase todos os personagens são marcantes, mas vai aqui um destaque especial para o detetive Colin Zabel (Evan Peters – O Mercúrio de X-Men e Wandavision), que faz um trabalho diferente e excepcional, sério, mas com um leve toque divertido no olhar. E também para a incrível Helen (Jean Smart), mãe de Mare, que traz as deliciosas cenas de alívio cômico.
Guy Pierce, um nome importante do cinema, aparece como um personagem que nos mostra o quanto este é um caso diferenciado, com outra abordagem.
Depois de um tempo, Mare of Easttown começa tomar o rumo da verdade sobre os casos e somos surpreendidos em como a série nos ensina àquela lição sobre a bifurcação das estradas. As coisas nem sempre são como pensamos e muitas vezes os caminhos se separam. O fim é muito satisfatório e encaixa bem, mas é um pouco polêmico por causa de um pequeno furo de roteiro. Embora seja um erro mínimo, ainda pesa, pois ele está presente numa obra de qualidade ímpar.
Há ainda a luta contra o luto, contra as drogas e contra a depressão. Sentimos o peso do senso de dever e como é difícil a busca pelo perdão a si mesmo, isso além de presenciarmos como o amor paterno pode ser fonte de coragem e também de erros.
Para um bom suspense, podemos sempre esperar personagens marcantes, uma boa ambientação misteriosa e um protagonista que absorva esses elementos em si. Mare of Easttown é um desses casos, executando com classe tudo que há de bom dessas características numa fotografia belíssima.
Kate Winslet está de parabéns com essa detetive vovó durona. E ah! Até “cachimbo” ela tem!
Recomendo muito.
Mare of Easttown foi indicada em 16 premiações ao Emmy e está disponível atualmente no HBOmax.
E aí, curtiu a série? Conta pra gente!
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