Críticas
THE ORVILLE: NEW HORIZONS | Decisão Level Hard – Episódio 06: Duas vezes na vida – Crítica sem spoiler do Obelix
Duas vezes na vida (Twice in a Lifetime) é o 6º episódio da 3º temporada da série de TV The Orville: New Horizons que vem sendo exibida pela rede de streaming Hulu pertencente ao grupo Disney. Criada por Seth MacFarlane, The Orville é uma homenagem às séries da franquia Star Trek criada nos anos 60 do século XX por Gene Roddenberry.
O episódio desta semana volta a abordar a viagem no tempo e os possíveis e perigosos paradoxos que podem ser causados por ela. O protagonista rotativo dessa vez é o timoneiro da U.S.S Orville, o tenente Gordon Malloy (Scott Grimes) que acaba sendo jogado em nosso século, mais exatamente no ano de 2015, após um acidente causado em uma batalha entre naves da União Planetária e os Kaylons.
Aliás sobre Gordon Malloy, repito o que disse na crítica do episódio Last Impressions abaixo linkada: Um dos melhores personagens de The Orville principalmente por causa do excelente ator que consegue navegar da comédia ao drama de forma exepcionalmente natural. Scott Grimes é provavelmente o ator mais versátil da série.
Malloy havia protagonizado também o episódio Last Impressions (S02E11) com participação especial de Tim Russ que interpretou Tuvok por 7 temporadas na série Star Trek: Voyager. Russ havia interpretado um arqueólogo que havia realizado um trabalho em conjunto com a tripulação da Orville e descoberto uma cápsula do tempo que remontava ao nosso século. Nela os curiosos tripulantes haviam encontrad objetos como uma lata de coca-cola, sandálias de dedo, uma camiseta dos X-Men, biscoitos Oreo, um maço de cigarros e um telefone celular.
Enquanto o casal Moclano Bortus (Peter Macon) e Klyden (Chad L. Coleman) se afundaram num grave caso de dependência de nicotina por causa do maço de cigarros, o interesse de Malloy recaiu sobre o telefone celular. No objeto, através de fotos, postagens em redes sociais e trocas de mensagens, o oficial acaba por conhecer intimamente sua ex-proprietária Laura Huggins (Leighton Meester) a ponto de criar um holoprograma para interagir com ela. Ele acaba se apaixonando pela simulação e desenvolve um holovício que ao final do episódio acaba sendo deixado de lado.
Em “Duas Vezes na Vida” (Alerta de Spoiler leve a partir daqui) após ficar preso por alguns anos no século XX, Malloy chega à conclusão que nunca mais será resgatado e então decide ir atrás da verdadeira Laura. O problema é que um dia o resgate chega. E aí surgem os dilemas de interferir na linha do tempo. Os paradoxos e as emoções se chocam num dilema emocionante. E o capitão Ed Mercer (MacFarlane) acaba diante de uma das decisões mais dificeis de sua vida, onde as regras universais estabelecidas pela União Planetária se contrapõem à amizade e ao senso comum.
Outro episódio escrito de forma magnifica e que deixa o espectador emocionado, indignado e perplexo ao mesmo tempo. O final é satisfatório e melancólico ao mesmo tempo, trazendo o que todo episódio de The Orville vem trazendo nessa temporada: reflexão filosófica de primeira qualidade.
Novamente minha nota é:
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