THE ORVILLE: NEW HORIZONS | Quando o aprendiz supera o mestre – Episódio 03: Paradoxo da Mortalidade – Crítica sem spoiler do Obelix

Nas várias séries de TV da franquia Star Trek, em inúmeras ocasiões, percebemos influência direta de outra série de TV de 1959 que tratava de fatos fantásticos, bizarros, sobrenaturais e de terror inexplicáveis: Além da Imaginação (The Twilight Zone). A diferença é que a franquia de ficção criada por Gene Roddenberry, por motivos óbvios, sempre trazia uma explicação científica para os fatos ocorridos nesses episódios.

No episódio dessa semana de The Orville, série assumidamente inspirada em Star Trek, há uma óbvia homenagem à esses episódios de Star Trek inspirados em Além da Imaginação. Porém, na humilde opinião desse redator, nesse caso, o aprendiz superou o mestre. Paradoxo da Mortalidade (Mortallity Paradox) é de explodir a mente. Simplesmente sensacional do começo ao fim. Provavelmente o melhor episódio de série de ficção científica que assisti em 2022 até agora.

Escrito por Cherry Chevapravatdumrong esse episódio vai fazer escorrer serotonina (hormônio neurotransmissor relacionado a centros de prazer do cérebro também conhecido como hormônio da felicidade) pelas orelhas de qualquer fã de ficção científica, suspense, mistério, terror ou simplesmente fãs de uma boa história. A moça de nome complicado foi certeira nesse roteiro. A direção foi de Jon Cassar, mesmo diretor do episódio passado, só que muito mais inspirado.

Paradoxo da Mortalidade não foca em nenhum membro da tripulação de forma específica. Todos tem seu momento para brilhar. Desde a tripulação de campo que pousa com uma nave auxiliar no misterioso planeta Narran até o pessoal que fica na U.S.S Orville para monitorá-los.

O pessoal que pousa no planeta entra num turbilhão de acontecimentos que podem ser uma viagem no tempo, uma simulação virtual ou uma alucinação coletiva. Em nenhum momento fica claro nem para os personagens nem para o espectador o que realmente está acontecendo. Tudo é fantástico e tenso deixando a todos com os nervos a flor da pele.

E no terceiro ato somos brindados com um plot twist de dar nó na mente, sem que o espectador tenha tido a mínima chance de suspeitar do que realmente ocorria. Simplesmente fantástico. E o melhor de tudo é constatarmos que o spoiler estava no título o tempo todo. Desde o começo eu tentava relacionar o título ao que eu via na tela, mas era impossível. O que só deixou o episódio ainda mais saboroso. 

Com Paradoxo da Mortalidade percebemos também que a aquisição da Fox pela Disney pode ter sim trazido alguma vantagem para a série, coisa que eu pessoalmente duvidava muito. Pelo menos no quesito CGI e efeitos especiais que estão impecáveis. 

Para concluir volto a uma observação que já tinha feito nas críticas dos 2 primeiros episódios dessa temporada mas que agora vejo como fato indiscutível. The Orville abandonou totalmente o tom de comédia para se tornar de corpo e alma um Star Trek não oficial ou canônico. Esse episódio trouxe um total de 0 piadas. 

Episódio que pode agradar e muito até o mais ortodoxo trekker, se ele se dispor a assistir. Como um bom episódio de Star Trek, terminamos de assistir com um belo sorriso no rosto e uma deliciosa reflexão para processar no cérebro.

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Anteriormente em The Orville:

THE ORVILLE: NEW HORIZONS | Terceira Temporada Estreia com um Tom Aparentemente Diferente – Episódio 01 “Ovelha Elétrica”

THE ORVILLE: NEW HORIZONS | O 2º epísódio da temporada é propositalmente tosco? – Episódio 02 “Reinos das Sombras”

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