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Séries

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Assimilação” (2×3)

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Assimilação é o terceiro episódio da segunda temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora almirante) Jean-Luc Picard, que é retirado forçosamente de sua aposentadoria por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.

Anteriormente

No episódio anterior os protagonistas foram enviados por Q para uma realidade alternativa onde a Confederação da Terra entrou em guerra e exterminou praticamente todas as espécies alienígenas da galáxia. Assumindo papéis muito diferentes dos seus reais, Picard (Patrick Stewart), Sete de Nove, Raffi, Elnor, Jurati e Rios impedem o assassinato da Rainha Borg para utilizá-la em uma viagem temporal, afim de reverter os efeitos causados pelo ser do Continuum.

 

Atenção, tripulação! Ativar alerta de Spoilers!

Assimilação

O cliffhanger do episódio anterior é resolvido de forma rápida. Me lembrou até a Série Clássica, onde bastava uma pequena distração que já se iniciava uma das memoráveis batalhas pastelão da Enterprise. Aqui também, mas terminamos com Elnor (Evan Evagora) ferido, guardas vaporizados e a Rainha Borg (Annie Wersching) conectada à nave para fazer o estilingue gravitacional de viagem no tempo.

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Rainha Borg atrelada à nave

Durante a preparação para o salto temporal, a Rainha Borg diz “O passado é agora.” (no original em inglês “The past is now“), uma alusão ao episódio “Amanhã é Ontem” (Tomorrow is Yesterday), décimo nono da primeira temporada da Série Clássica, onde a Enterprise volta no tempo pela primeira vez utilizando o estilingue gravitacional.

Quando La Sirena salta no tempo, a mesma sofre avarias e fica sem energia, comprometendo a enfermaria onde Elnor está. Por mais que tentem salvá-lo, o romulano não resiste. A morte de Elnor impacta diretamente Raffi (Michelle Hurd), cuja raiva é interpretada de forma competente pela atriz. Os demais em cena ficam, no entanto, como minha avó dizia, “com cara de poisé“.

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O romulano Elnor sucumbe aos ferimentos. Fonte: internet

Picard exige-lhes força para superar a situação. Ao menos aparentemente, as necessidades de muitos superam as necessidades de poucos – ou de um. Mas é uma exigência vazia, já que ninguém, exceto Raffi, parecia se importar muito. Será que a diretora Lea Thompson não podia apertar esse pessoal um pouco mais? A grande questão aqui: Elnor poderá ser salvo enquanto se conserta o passado? Só o tempo dirá, mas se eu apostaria que sim, mesmo não sendo fã do personagem.

Uma moeda por seus pensamentos

Enquanto o grupo avançado vai pra Los Angeles de 2024, Picard e Jurati (Allison Pill) ficam na nave pra tentar ressuscitar a Rainha Borg. Além de ser a única forma de voltarem ao seu tempo correto, ela também possui a localização da Guardiã neste século. De fato, Assimilação vale por todo este trecho que dá nome ao episódio e na minha opinião, um dos melhores momentos.

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Jurati e Picard decidindo o que fazer. Fonte: internet

Jurati descobre que a Rainha está viva mas incomunicável, algo como um “coma para máquinas“. Se ela conseguir incluir a Rainha dentro da rotina de auto reparação da nave, a mesma pode ser “consertada“. No entanto, isso significa buscar a mente dela com a sua própria e ficar a mercê de uma assimilação pela mesma. A princípio Picard é contra, mas se vê de mão atadas sem outra solução. Incrível como o humor de Allison Pill pra sua personagem não fica fora de mão e muito menos quebra o suspense que a cena cria. Outra que nos surpreende é Annie Wersching que consegue ser uma Rainha aterrorizante usando apenas expressões faciais.

De fato, o embate entre as duas, seja no diálogo, seja na tensão de cena, torna essa composição uma das melhores coisas de Assimilação. Logo quando o processo é interrompido, descobrimos que não é apenas a Rainha Borg que consegue acessar a mente de seus capturados, mas que isso é uma via de mão dupla, permitindo que a cientista recupere informações escondidas, incluindo a localização da Guardiã.

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Jurati, Picard e a Rainha Borg durante cena de lenta assimilação. Fonte: internet

Enquanto isso, Sete de Nove (Jerri Ryan), Raffi e Rios (Santiago Cabrera) se perdem na Los Angeles de 2024 tentando encontrar rastros da Guardiã. Embora Raffi e Sete consigam chegar ao arranha-céu mais alto da cidade, Rios se acidenta e vai parar em uma clínica clandestina para imigrantes ilegais. O roteiro até tenta fazer disso um evento importante, com o capitão flertando com a Doutora Teresa (Sol Rodriguez) , tentando barganhar sua insígnia por biscoitos de creme de amendoim e até protegendo a clínica do Departamento de Imigração, mas o gancho não tem o mesmo peso dos episódios anteriores.

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Rios e Teresa em sua clínica. Fonte: internet

Conclusão

Se em Penitência tínhamos elementos narrativos fantásticos, como a dinâmica do grupo em uma realidade paralela; linhas de humor e tons fascistas ressaltando os ideais da Federação, em Assimilação a história muda pra nos ambientar 2024, bem próximo da realidade atual. Um propósito até que divertido, mas um tanto insonso.

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Raffi e Sete de Nove em Los Angeles. Imagem de divulgação.

Assimilação pode ser considerado o primeiro episódio de um segundo ato, definindo assim um primeiro ato rápido e emotivo, dando-nos um tempo pra pegar fôlego. Faz um pouco de sentido pra mim. Além disso, Assimilação constrói um cenário prévio de confronto, envolvendo a Guardiã, o enigma de Q, a confusão com Rios, servindo assim para manter a série rodando. Então mesmo que tenha caído de qualidade, ainda não se tornou ruim.

Note que a legenda em português compromete algo aqui: em Penitência, ficamos sabendo que há um Guardião em Los Angeles, mas em Assimilação o gênero mudou para o feminino, uma Guardiã. Poderiam ter dito “Vigia“, uma tradução válida para Watcher, no original em inglês e sem variação de gênero. O que me levanta ainda mais a suspeita de que a mesma seja Guinan. Lembre-se que ela já estava na Terra no século XIX, conforme o episódio duplo “Em Algum Lugar do Passado” (Time’s Arrow), da quinta temporada de A Nova Geração. Nada impede que a mesma continue lá no século XXI. E não podemos esquecer que Guinan e Q não se dão muito bem. Resta esperar as cenas dos episódios vindouros…

Nota: 3,5 / 5

Anteriormente, em Star Trek:Picard…

STAR TREK: PICARD | Análise crítica de “O Observador de Estrelas” (2×1)

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Penitência” (2×2)


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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