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Séries

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Penitência” (2×2)

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Penitência é o segundo episódio da segunda temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora almirante) Jean-Luc Picard, que é retirado forçosamente de sua aposentadoria por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.

Anteriormente…

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Raffi e Picard conversam após a cerimônia. Fonte: Trae Patton/Paramount+ ©2022 ViacomCBS.

No episódio anterior, descobrimos que Picard é agora reitor da Academia da Frota Estelar. Ele foge de um envolvimento romântico e após visitar Guinan, uma velha amiga do Ten Forward; sua presença é solicitada para negociar a entrada de uma nova espécie na Federação – que causou uma anomalia espaço-temporal e só aceita negociar com o almirante. No entanto, descobrimos que eles são nada mais nada menos que os borgs, antigos inimigos de Jean-Luc Picard.

A nave modificada Stargazer é invadida pela rainha que começa a assumir o controle da nave e consequentemente da armada de escolta. Sem escolha, Picard intervém solicitando a autodestruição de emergência da nave. No entanto, aquilo que parece ser o fim é na verdade um novo começo em um lugar muito diferente, culpa da entidade do Continuum conhecida apenas como Q

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Aparentemente, nessa nova realidade, Jean-Luc é o General Picard, conhecido em toda a galáxia como um caçador implacável de todos os que se opõem à Confederação da Terra. A própria Terra é um reflexo disso, com o clima destruído e sendo sustentada por escudos que tentam manter a atmosfera. No chateau, Picard possui uma pintura da CSS Worldrazer, uma nave da classe Galaxy utilizada em sua campanha pelo mal.

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Pintura da CSS Worldrazer em batalha. Fonte: internet

Picard tenta se opor a alusão de Q sobre esta realidade não ser culpa dele, enquanto o ser extradimensional vai mostrando-lhe a casa. O discurso de Q nesse momento está cheio de easter eggs que traremos em uma próxima matéria. Picard possui escravos romulanos, supostamente capturados em suas ações. Mais visceral que tudo, o chateau está decorado com inúmeras armas e crânios daqueles que ele conquistou. Q observa explicitamente que alguns crânios em exibição são os de Gul Dukat (líder da ocupação cardassiana, visto em Deep Space Nine), General Martok (comandante das forças klingons na Guerra do Domínio, também visto em Deep Space Nine) e Sarek (pai de Spock, visto tanto na Série Clássica como em A Nova Geração). Todos foram mortos por Picard e são ostentados como troféu.

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General Picard. Imagem de divulgação

Cadê todo mundo?

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Jon Jon Briones interpretando o marido da presidente. Fonte: internet

Picard precisa encontrar seus amigos, que também foram levados por Q, e tentar corrigir o dano que o mesmo causou à linha do tempo. Q também parece estar escondendo algo sobre si mesmo. Picard raciocina que o ser onipotente possa estar doente de alguma forma. Nessa realidade Sete de Nove (Jeri Ryan), acorda como presidente da Confederação da Terra, e nunca foi assimilada pelos borgs. Ela também é casada com o Primeiro Magistrado, interpretado por Jon Jon Briones, pai de Isa Briones, a atriz que interpreta Soji (ela não aparece nesse episódio).

Elnor (Evan Evagora) é agora membro da revolução romulana, Raffi (Michelle Hurd) é chefe da Segurança da Confederação da Terra e Rios (Santiago Cabrera) é capitão da La Sirena novamente, na liderança de um ataque contra os vulcanos. Agnes Juratti (Allison Pill) por sua vez, é responsável pelo laboratório que estuda a Rainha Borg (Annie Wersching), que será executada neste dia em homenagem ao Dia da Erradicação, extinguindo totalmente os borgs desta realidade.

O que mais me deixou intrigado neste episódio é que apenas os membros principais se lembram da realidade anterior. Será que mais ninguém que estava na armada durante a explosão sofreu os efeitos de Q? Se sim, onde eles estariam, nesse momento? Salvar essa realidade automaticamente os salvaria? Apesar da verossimilhança dar uma escorregada aqui, a suspensão de descrença ajuda a manter o ritmo e a não quebrar as expectativas com essas perguntas.

A Volta pra Casa

Picard identifica que não é uma realidade alternativa, e sim a própria realidade. Alguma coisa no passado modificou o futuro. Além dos protagonistas, a Rainha Borg compartilha também da noção de mudança de realidade. Como seu pensamento se move no tempo também, ela é capaz de identificar que a mudança temporal ocorreu em Los Angeles no ano de 2024. E não só isso, mas como também lá haverá um “Guardião” para ajudá-los. Muito Deus Ex Machina essa “empurrada” do roteiro.

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A equipe reunida pensando num plano. Imagem da internet

Picard relembra que Kirk viajou com a Enterprise duas vezes no tempo utilizando-se da gravidade de uma estrela e a velocidade de dobra como estilingue e propõe fazerem o mesmo. Agnes sugere que se a Rainha Borg for junto, talvez ela possa realizar os cálculos necessários para a viagem. O grupo se organiza pra fugir e é claro, levar a Rainha Borg consigo.

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A nova Rainha Borg

O lado bom é que temos uma cena muito tensa com Picard, Sete e a Rainha Borg. Picard deveria executar a Rainha ao vivo no palco, mas ele não irá fazê-lo, por que precisam dela. No entanto, dá pra ver que ele e Sete de Nove a mataria se pudessem. Após uma encenação e um trabalho em conjunto, o grupo consegue ser teletransportado para a nave, mas não antes de serem interceptados pelo marido de Sete, que surge na última hora para atrapalhar o plano de todos. Com isso, Penitência termina com um grande cliffhanger!

Conclusão

Depois de uma estreia explosiva que definiu parcialmente as apostas para o Almirante Picard e sua equipe nesta temporada, Penitência mostra nossos protagonistas reagindo à uma mudança repentina para uma linha do tempo alternativa, onde eles representam arquétipos do pior que a humanidade tem a oferecer. O episódio é principalmente uma visão envolvente dos personagens se ajustando às suas novas vidas repentinas.

Penitência mantem-se na mesma linha do primeiro episódio. Este, no entanto, sacrifica parte da verossimilhança pra nos dar um enfoque um pouco maior nos personagens principais. Nada diferente do que Jornada nas Estrelas já não tenha feito em séries anteriores, principalmente com a Série Clássica. Então nesse caso, nossa suspensão de descrença acaba sendo um pouco maior e isso não danifica o aproveitamento do mesmo.

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Annie Wersching como Rainha Borg sendo inserida na nave. Foto de Trae Patton/Paramount+ ©2022 ViacomCBS.

O aparecimento de Q e a resolução do seu “teste” continuam sendo a boa pedida da vez. Ele já julgou a humanidade e já a apresentou aos borgs, mas é a primeira vez que parece raivoso. É assustador e delicioso de ver! A realidade alternativa, muito próxima do Universo Espelho, este já tão conhecido dos fãs (apareceu em todas as derivações da franquia) só abrilhanta a razão do por que o universo de Jornada é tão utópico e por isso tão rico. Sete de Nove tem um grande papel aqui, seguido do protagonista, Picard. Os demais aparecem apenas pra cumprir tabela e estão apenas “bem” no que lhes cabe.

O cenário de mundo alternativo permitiu a construção dos temas da temporada com avisos tradicionais de Jornada sobre xenofobia, negligência ambiental e ganância. Tudo se encaixa no subgênero bombástico da advertência sobre as armadilhas fascistas que beiram a mão pesada do nosso mundo contemporâneo. Não é à toa que o deslocamento de tempo citado é em 2024, “tão ali” na nossa realidade.

Por fim, Penitência termina com uma grande tensão em cima da fuga dos personagens. Apesar de óbvio que poderão escapar, resta saber como farão isso e o que acontecerá com Elnor, que está ferido. Parece que desta vez os produtores acharam uma maneira de prender nossa atenção em cada um dos episódios. Se a qualidade continuar assim, com certeza a técnica vai funcionar.

Nota: 4/5

Sobre Star Trek:Picard

Primeira temporada: Clique aqui.

Segunda temporada:

STAR TREK: PICARD | Análise crítica de “O Observador de Estrelas” (2×1)

STAR TREK:PICARD | Curiosidades e surpresas de “O Observador de Estrelas”


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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