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STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Impostores” (3×5)
Logotipo da série
Impostores é o quinto episódio da terceira temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora um almirante aposentado) Jean-Luc Picard, que é retirado de seu descanso por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.
Às vezes é necessário dar um passo pra trás para podermos enxergar o quadro inteiro na parede e não somente seus detalhes. O que Impostores faz é exatamente isso: reunir todos os detalhes vistos ao longo dos episódios anteriores para mostrar um quadro montado, ainda que algumas partes estejam ocultas. Agora sim, é possível ver para onde a série caminha: e parece ser um bom trajeto.
No episódio anterior: Antes de caírem num poço de gravidade, os tripulantes da USS Titan conversam entre si, ajeitam suas relações e estreitam seus laços, dando a serie um tom muito mais intimista e pessoal. Com o primeiro ato fechado, a série agora parte em buscas de respostas.
Atenção, tripulação! Ativar alerta de spoilers!
Impostores
Depois da ação emocional e física do episódio anterior, Impostores dá uma desacelerada. Mas não erra, de forma alguma, ao fazer isso. De fato, recebe o embalo e mantem o caminho firme ao seguir em frente, mesmo que um pouco mais lento. O Capitão Shaw (Todd Stashwick) reintegra Sete (Jeri Ryan) para que a mesma sofra a corte marcial junto com “seus heróis”. Mas ao mesmo tempo, dá espaço para que “combinem a história de merda que vão contar”. Sim, ele está sendo um idiota mais uma vez. Mas se prestar atenção, vai perceber que ele reconhece a área cinzenta não coberta pelas regras da Federação e que ele não quer (ou ainda não consegue) atuar ali. Ele prefere ser um idiota responsável a um herói inconsequente. Ele está lá, pronto pra ação, mas precisa enfrentar medos e instintos. Típico herói da franquia!
Capitão Shaw. Imagem da internet
A grande surpresa do episódio é a volta de Ro Laren (Michelle Forbes), bajoriana que traiu a Frota Estelar para se juntar aos Maquis no episódio “Lealdade” (Preemptive Strike, 24º da sétima temporada de A Nova Geração). É claro que isso gera uma reação negativa em Riker (Jonathan Frakes) e muito explosiva em Picard (sir Patrick Stewart). Mas é o que torna Impostores um grande episódio. Enquanto a dra. Beverly Crusher (Gates McFadden) descobre na autópsia que os metamorfos são capazes de enganar os antigos exames de sangue, Picard e Ro tem uma conversa sincera no holodeck. E quando falam sobre lealdade, moralidade, corações partidos, fica óbvio que nenhum metamorfo seria capaz de reproduzir esses sentimentos de um pelo outro. E então, depois de muito tempo, uma nova ponte de confiança é construída.
Picard e Ro acertando os ponteiros no holodeck. Imagem: StaTrek.com
Todos os caminhos levam a Daystrom
Depois da ausência de Worf (Michael Dorn) e Raffi (Michelle Hurd) no episódio anterior, aqui eles voltam em suas peripércias encontrando-se com o mafioso vulcano Krinn (Kirk Acevedo). Não dá pra dizer que a sequencia é ruim, muito pelo contrário. Worf e Raffi funcionam bem juntos e Acevedo cria um bandido vulcano sem igual. Mas é que diante da trama principal, parece que essas sequencias tem pouco à acrescentar e ficam muito deslocadas.
Worf e Raffi na Operação Alvorada. Imagem: Intl Star Trek
A morte de Ro Laren em Impostores é o pico de carga dramática do mesmo. Ela é também o elo que une o núcleo de Worf e o pessoal da USS Titan, embora nesse ponto já não era mais uma questão de se e sim de quando. O capitão Shaw assume o risco de mais uma vez se meter nas aventuras de Picard e companhia e agora sim, nós vamos para uma segunda parte da série de uma forma muito melhor.
Conclusão
Impostores é mais lento que seu antecessor, mas muito melhor que os episódios iniciais. Assim como o anterior, Impostores tem mais a cara de Jornada nas Estrelas e por que não, de A Nova Geração também. Um caminho muito melhor nos leva ao fim da história e isso é muito promissor. Mal posso esperar para me encontrar com tantos outros personagens que os trailers prometeram. Lá vamos nós, audaciosamente, indo onde nenhum fã jamais esteve nessas últimas temporadas.
Nota: 4,5/5
Pega embalo, decola e quase chega em dobra
Anteriormente em Star Trek: Picard…
STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “A Nova Geração” (3×1)
STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Cancelar” (3×2)
STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Dezessete segundos” (3×3)
STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “Situação sem Vitória” (3×4)
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