STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “A Bounty” (3×6)

Logotipo da série

A Bounty é o sexto episódio da terceira temporada de Star Trek: Picard, uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas, mais especificamente em Jornada nas Estrelas – A Nova Geração. A série conta a história do antigo capitão (agora um almirante aposentado) Jean-Luc Picard, que é retirado de seu descanso por conta de velhos amigos – e antigos inimigos também.

Em 1986 estreava Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa, também conhecido como “aquele das baleias”. Encerrando a história que começava lá em A Ira de Khan, a tripulação da Enterprise (destruída no filme anterior) se apossava daquela que foi chamada de HMS Bounty, uma nave de rapina klingon com capacidade de camuflagem. O objetivo era salvar a Terra de uma sonda estranha que só fazia contato com baleias jubarte, supostamente extintas no futuro. Essa nave foi entregue a Federação e a agora a Bounty tem um papel crucial neste episódio de Picard.

No episódio anterior: Ro Laren aparece reintegrada como agente de inteligência da Frota Estelar. Ela e Picard conversam e trocam farpas, mas enfim fazem as pazes. Worf e Rafi extraem informações de um mafioso vulcano sobre como entrar na Estação Daystrom. Por fim, a morte de Ro Laren por traidores une os núcleos da Titan e da Operação Alvorada, finalmente.

Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!

A Bounty

A Bounty é um episódio interessante. Aqui temos a união de Worf (Michael Dorn) e Raffi (Michelle Hurd) à tripulação da Titan, unidos em um objetivo comum. O aparecimento de Geordi LaForge (LeVar Burton) como comodoro é explêndido, incluindo a demonstração de sua responsabilidade em relação ao trabalho na Frota. Sim, como o capitão Shaw (Todd Stashwick) costumava dizer, aqueles dias loucos parecem ter ficado pra trás.

Comitê de recepção. Imagem da internet

É cada vez mais recente a incorporação de fan services em séries, principalmente de derivados, os tais spin-offs. Conhecidos como pequenos elementos inseridos em detalhes na trama que apenas um verdadeiro fã reconheceria, os fan services muitas vezes tem apenas a função decorativa no episódio. Estão ali para agradar. Porém em A Bounty, esses elementos não só divertem o fã mais antigo, como são muito úteis para a trama do episódio, tornando A Bounty bastante peculiar.

Uma Nova Geração de Família

Interessante pensar que em A Bounty vemos a antiga tripulação da Enterprise-D tomando decisões que não tomariam em tempos da antiga série. O roteiro traz pessoas que amadureceram e que entendem a consequencia dos seus atos de uma forma mais madura que anteriormente, até por que agora há muito mais em jogo que antes. Isso se dá na sequência do diálogo entre Jack (Ed Speleers) e Picard (sir Patrick Stewart) tanto quanto na conversa entre Geordi e sua filha Sidney (Ashlei Sharpe Chestnut).

Geordi LaForge e sua filha Alana sendo recebidos na Titan. Imagem da internet

A volta de Data (Brent Spinner), numa mescla de Data-Lore-B4-Soong me pareceu estranha e dificil de engolir. Ainda mais num “corpo que envelhece”. Mas acho que eu mesmo não teria uma ideia melhor de como colocar Data de volta à tripulação. A audiência tolerou coisa pior nas ultimas duas temporadas, e todo aquele suspense com corvos, Moriarty e assobios valeu a pena de certa forma.

A nova e envelhecida versão de Data. Imagem da internet

Conclusão

Em A Bounty todas as pontas soltas em relação aos personagens principais foram amarradas nesse episódio, exceto é claro, os fios que nos ligam à trama principal. Apesar das duas temporadas anteriores soarem como um aviso sobre o que não fazer com certos spin-offs, esta temporada vem se mostrando devidamente satisfatória (por que não fizeram isso antes?). Agora com todas as peças devidamente posicionadas, a aventura caminha para um desfecho no mínimo divertido e aproveitável. Nada será como antes.

Nota: 4,5/5

Chega perto da velocidade de dobra

Anteriormente, em Star Trek: Picard…

STAR TREK: PICARD | Crítica do episódio “A Nova Geração” (3×1)

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