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Críticas

COQUETEL EXPLOSIVO – Que sexo frágil que nada!!!! | Crítica do Neófito

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O Girl Power chegou a Hollywood para ficar!

E que bom!!

A onda de filme estrelados por personagens femininos bad ass aumenta a cada dia, quase se firmando como um subgênero dos filmes de ação.

Depois da Hit Girl vivida por Mindy McCready em Kick Ass: Quebrando Tudo (2010) e Kick Ass 2 (2013), vieram Atômica, da lindíssima Charlize Theron (2017); a Anna, da “rosto de anjo” Sasha Luss (2019); a Ava (2020), de Jessica Chastain; A Protetora, de Ruby Rose (2020); a inverossímil Artemis, de Milla “Resident Evil” Jovovich, no fraquinho Monster Hunter (2021); a tresloucada e divertida Jolt, na pele de Kate “Anjos da Noite” Beckinsale (2021); a determinada Kate, pelo corpo de Mary Elizabeth Winstead (2021); isso sem falar na Arlequina de Aves de Rapina (2020) e Esquadrão Suicida (2021), eternizada na performance da estonteante Margot Robbie; entre outras produções similares.

Todas as personagens acima são mulheres que enfrentam qualquer brutamontes de igual pra igual, capazes de dizimar uma dúzia de ‘cabras’ armados, usando talheres de restaurante!

A mais nova integrante dessa turma é a franzina Sam (Karen Gillian, a Nebulosa de Guardiões da Galáxia), personagem protagonista da recém-lançada produção da Amazon Prime Video, o filme de ação e porradaria, Coquetel Explosivo (Gunpowder Milkshake), dirigido por Navot Papushado.

Foto: Divulgação (prontos para uma “leitura edificante”?)

O roteiro do filme, convenhamos, não é lá muito original, parecendo um amálgama dos vários longas citados nos parágrafos acima: Sam é filha Scarlet (Lena Headey) e, como a mãe, torna-se implacável assassina de aluguel contratada pela misteriosa Firma, sob direção executiva de Nathan (Paul Giamatti), que parece ser espécie de supersindicato do crime. Também do mesmo modo que a mãe, ela também integra – honorificamente – o grupo de mulheres chamado Bibliotecárias – formado por Anna May (Angela Bassett), Madeleine (Carla Gugino) e Florence (Michelle Yeoh) – que, aparentemente, comandam o inusitado conceito de uma biblioteca que, na verdade, é empresa voltada para fornecimento de armamento pesado (escondido no interior dos livros do estabelecimento) para assassinas diversas.

Numa de suas missões, Sam acaba matando o pai da garota de “oito anos e três quartos” Emily (esplendidamente interpretada por Chloe Coleman), ao mesmo tempo que resgata a menina de um sequestro cruel e atrapalhado. Identificando-se com o destino órfão da garota, que passa a acolher, Sam – por causa desse trabalho e de um massacre promovido por ela mesma, na missão anterior – logicamente passa a ser perseguida por um exército de assassinos genéricos dos mais diversos tipos, oriundos da Firma – para a qual trabalhava – e do poderoso pai mafioso de uma de suas vítimas. Qualquer similaridade com o citado filme Kate, com John Wick, e/ou com A Protetora não é mera coincidência!

Foto: Divulgação (momento de afeto puro entre mãe e filha!)

Mas, em filmes dessa ordem, o leitmotiv da trama é o que menos importa (John Wick, por exemplo, matou mais de 300 pessoas em seus 3 filmes, tudo por causa do assassinato de seu cachorro de estimação!!!).

O que realmente interessa é o desenrolar da trama, as coreografias de luta; as sequências de ação; as formas criativas da(o) protagonista enfrentar vicissitudes e matar seus oponentes; o nível da violência gráfica; as reviravoltas e a batalha final entre a(o) “herói” e seu antagonista.

Ninguém liga a tv ou vai ao cinema para ver, em filmes desse tipo, interpretações dignas de Hamlet. O divertido é assistir à franzina Karen Gillian dando porrada em três homens muito mais altos e fortes do que ela, usando mochila infantil e bolas de boliche; ou Lena Headey, Angela Bassett e Michelle Yeoh vestidas de garçonete a metralhar uma dezena de capangas mafiosos. No processo, algumas cabeças são arrancadas, mas nada que choque! Pelo contrário, divertem muito. Além, é claro, de ver uma criança de 8 anos (“e três quartos”) pilotando o carro à prova de balas (e arranhões) a toda velocidade dentro de um estacionamento coberto.

Coquetel Explosivo, então, é exatamente isso aí que foi descrito: absurdo, violento e divertido à beça! Afinal, em qual outro filme você verá uma bibliotecária de óculos de gatinha empunhando e mandando ver numa metralhadora automática tipo aquela que Neo usou em Matrix para libertar Morpheus?

As atrizes dão sinais de terem se divertido muito ao darem corpo a suas personagens e ao martelarem a cambada de homens idiotas e machistas que desfilam pela tela. Ninguém se destaca no quesito interpretação, afinal, o texto é nitidamente raso e estereotipado. Mas Karen Gillian até consegue transmitir alguma coisa a mais de sutileza com o que costumo chamar de “técnica de atuação ‘Vin Diesel’ de duas expressões”, adotada por ela na composição de sua Sam. A cena em que ela precisa negociar seu destino com o “vilão” chega a ser tocante!

Foto: Divulgação (elas estão indo tomar um sorvete!)

É revigorante ver que mulheres podem (e devem!) protagonizar filmes que, na década de 1980 – auge dos anabolizados Rambos e Exterminadores do Futuro da vida – seria inconcebível de se ver, haja vista o sexismo, a misoginia e o machismo estruturais da sociedade humana como um todo, obviamente refletidas por Hollywood. Sinal que alguma coisa vem mudando, ainda que lentamente…

Assim, se você curte filmes de ação, nesta versão feminina Girl Power de John Wick – mas com muita personalidade – Coquetel Explosivo é ótima pedida. Não se trata de produção luxuosa ou que vai mudar o mundo cinematográfico (apesar de algumas boas cenas de luta e ação e a inclusão de plano sequência em câmera lenta muito bem executado), mas um longa que reforça ainda mais a abrangência da interpretação feminina, além de entregar bem o que se propôs.

Até breve, tripulantes!

Foto: Divulgação (é apenas uma mãe defendendo sua cria!)

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Nota: 3 / 5 (bom)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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