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Críticas

WATCHMEN SÉRIE | Crítica do Neófito (S01E04)

Publicado

em

ALERTA DE SPOILER!!!!!!

(Este texto pode, eventualmente, abordar elementos da trama)

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Um pouco mais do mesmo!

A caprichada produção da HBO sobre o universo da Graphic Novel Watchmen, de Alan Morre e Dave Gibbons chega ao seu quarto episódio de nove abrindo mais “links” do que desenvolvendo algo de realmente relevante acerca do que já havia sido proposto até então.

Os easter eggs continuam, apesar de em menor conta desta vez ou inseridos de forma mais sutil, como na inclusão, na trilha sonora, da música Time Is On My Side, do Rolling Stones (citada brevemente em uma das revistas da saga) ou a expressão “eventos (milagres) termodinâmicos”, também empregada pelo Dr. Manhattan num momento de revelação da HQ.

As interpretações se mantêm em alto nível, os efeitos especiais idem, o clima de mistério permanece, mas…

… nada sai muito do lugar.

Pelo contrário, como dito, uma nova personagem é introduzida – Lady Trieu (interpretada por Hong Chau), uma geneticista “trilhardária”, que comprou várias patentes do supostamente morto, Adrian Veidt (Jeremy Irons), várias propriedades, tem uma filha “misteriosa” e um projeto “secreto” – a qual mantém relações com o também misterioso Will Reeves (Louis Gossett Jr.) – que, apesar de ter mais de 100 anos, realmente não necessita de cadeira de rodas – em torno de algum “segredo”.

 Foto: Divulgação

Observe que, numa mesma frase, foram utilizadas as palavras “misterioso(a)”, “secreto” e “segredo”. Isso começa a soar como um eufemismo para “obscuro”.

Contando apenas com 9 episódios, apenas no 1º ocorreram fatos realmente relevantes, capazes de ‘startarem’ a série e segurarem alguma trama até o momento; todavia, após passada praticamente metade do programa, a história tem evoluído muito (mas muito) lentamente.

Foto: Divulgação

Outra observação incômoda é que, a não ser que Lady Trieu traga em si alguma espécie de ameaça global, todo o mistério desenvolvido desde o início tem se mostrado muito “doméstico”, sem justificar o envolvimento dos personagens clássicos da antológica revista; afinal, ainda que Laurie Blake (a ex-segunda espectral) seja uma agente do FBI e, por conseguinte, tenha jurisdição para investigar homicídios, principalmente os que envolvem um chefe de polícia, “mascarados” e grupos paramilitares dentro dos EUA, a relevância de sua participação nos acontecimentos ainda não se mostrou a que veio, apesar de, em termos de fan service, ser maravilhoso ver a personagem (muito bem desenvolvida por Jean Smart) em tela.

Quanto ao Adrian Veidt de Jeremy Irons, seu arco continua repleto de questões em aberto? Ele está “preso” ou em “auto-reclusão”? Sua morte foi forjada por ele mesmo ou por “inimigos”? E quem seriam esses “inimigos”? Por que mantê-lo vivo? A tecnologia de clonagem mostrada (usada nos serviçais de Veidt, supostamente na filha de Lady Trieu, na longevidade saudável de Reeves, e aparentemente em outras pessoas) é a mesma que Ozymandias desenvolveu para a criação de sua falsa criatura interdimensional? Por que ele estaria querendo “fugir” do seu retiro? Quem foi mais esperto do que o “homem mais inteligente da Terra”? Lady Trieu?

O 4º episódio não revela nada, entretanto.

Foto: Divulgação

O trailer do 5º e próximo episódio é que acaba conseguindo revelar mais do que tudo o que vinha ocorrendo até agora, como o fato de que Veidt realmente parece estar aprisionado e planejando uma fuga arriscada e que a Sétima Kavalaria é fundamentalista de uma nova religião, fundada na interdimensionalidade (mas eles não eram “devotos” de Rorschach, que denunciou que tal coisa não existia, mas seria criação de Veidt?).

Ou seja, espera-se, sinceramente, que a trama comece a andar de verdade rumo a algum lugar mais preciso. Começa a pairar um “cheiro de Lost” insuportável no ar, no sentido negativo da saudosa série, que iniciou excepcionalmente bem e intrigante, abriu mil e uma possibilidades, mas fechou tudo de forma bastante frustrante (alguém aí falou também em GoT??).

Apesar do alto nível da produção, em termos de conteúdo, a série, com esse 4º episódio, claramente deu uma estagnada.

Foto: Divulgação

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Nota: 3 / 5 (bom)

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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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