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Críticas

OS MELHORES FILMES DE 2023 | Opinião do Neófito

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Não tem como, não é mesmo?

Final de um ano, início de outro, a gente faz prospectiva para o ano que nasce, e a retrospectiva daquele que acaba!

Listas de melhores e piores são quase obrigatórias, principalmente no campo da cultura.

O Nerdtrip não poderia ficar de fora, concordam?

Então, apertem os cintos dos seus assentos, que nossa nave de viagem nerd vai voltar ao passado para vermos aquilo que – na nossa opinião, claro! – funcionou e não funcionou na cultura pop do ano de 2023.

Já publicamos a primeira parte (com os “piores filmes”); agora, vamos focar nas coisas boas, isto é, nos melhores filmes de 2023!


2023 foi um ano profícuo para o cinema.

Ocorreram muitos lançamentos, em diversos gêneros e estilos, tanto nas salas de exibição, quanto no streaming.

Enquanto a lista dos “piores” foi grandinha, esta lista será bem suscinta, afinal, boas coisas são em quantidade limitada!

Agora, por favor, lembrem-se de que toda lista é subjetiva, então, não me apedrejem por emitir a MINHA humilde opinião sobre alguns dos filmes lançados em 2023. Ao invés de atacar, por que não colocam a lista de vocês nos comentários, tripulantes?

Sem mais enrolação, vamos ao nosso panteão do ano de 2023!


6º) A MORTE DO DEMÔNIO: A ASCENSÃO

Comecemos nossa lista com essa pequena obra-prima do terror moderno.

Enquanto a maioria dos filmes do gênero ficam reciclando temas, estruturas e estéticas, sem qualquer ambição maior em termos de criatividade, este A Morte do Demônio: A Ascensão bebe na fonte de seu predecessor lá de 1981 – Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio – sendo, portanto, altamente inventivo, cruel, sanguinolento, cru, claustrofóbico, como foi a obra inicial saída da cabeça do então novato diretor, Sam Raimi.

A subversão da visão da mãe protetora que, aqui, torna-se o motivo de todo o terror, desejosa de estripar os filhos para mandá-los ao inferno, é de arrepiar. Bem como – tenho certeza! – de que ninguém mais irá olhar para o ralador de queijo da casa da mesma forma que olhava, depois de assistir a este filme!

Junte-se a isso a maquiagem inspirada, as atuações viscerais, o clima e tensão absurdos, a escatologia gráfica muito bem retratada, a fotografia ideal, montagem angustiante, sonorização acertada e tem-se uma pequena obra-prima do terror, arejando a franquia Evil Dead, com boas perspectivas para o futuro.

Durma quem for capaz!

Foto: Divulgação (definitivamente, “não é a mamãe”!)

 


5º) O ASSASSINO

Matar gente pode ser legal de se ver no cinema. Pode se tornar, inclusive, uma experiência catártica.

Os anos 1980, aliás, foram pródigos em produções que disputavam qual apresentaria a maior contagem de corpos (Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone admitem que, no auge da “rivalidade” entre os dois astros de ação, o número de mortes do filme de um levava em consideração quantos haviam perecido no filme anterior do outro).

Acostumamo-nos, portanto, a ver filmes com assassinos frios, meticulosos, superpreparados e treinados, responsáveis por mortes inventivas e altamente coreografadas. Filmes como a franquia Bourne, Carga Explosiva, Busca Implacável e – mais do que nunca, atualmente – John Wick, possuem, como atrativo principal, a capacidade sobre-humana dos seus protagonistas de acabarem com adversários usando revólveres, mãos, canetas, livro, toalha, facas, espadas, cinto ou qualquer outra coisa que esteja ao alcance das mãos.

O filme O Assassino, do grande David Fincher, protagonizado por Michael Fassbender (e contando com uma ponta da brasileira Sophie Charlotte) subverte as expectativas sobre o personagem do assassino profissional. Mesmo não desconsiderando a necessidade de que, para ser um anti-herói “assassino” de filme de ação, o sujeito demandará treinamento intensivo e constante, habilidades de luta, frieza extrema e controle emocional, a cada nova sequência desta produção, o protagonista mostrará que, por mais preparo que se possa ter, a aleatoriedade e imprevisibilidade tornaria o exercício dessa “profissão” algo notavelmente incerto e caótico. O que vale mesmo é a determinação de realizar a missão ou o objetivo.

A atuação de Fassbender é ótima; a direção meticulosa; o ritmo ágil, mas sem correria; a fotografia é correta; o roteiro é cuidadoso e coerente; ou seja, uma ótima opção de filme de ação.

Foto: Divulgação (será que ainda demora muito para você chegar e ser morto?)

 


4º) HOMEM-ARANHA: ATRAVÉS DO ARANHAVERSO

Quando foi lançada, em janeiro de 2019, ninguém dava muita bola para a animação Homem Aranha no Aranhaverso, até que o filme se mostrou um acerto e tanto na abordagem do personagem e suas muitas versões já mostradas nas HQ’s, principalmente aquela em o alterego do Amigão da Vizinhança ficava a cargo do jovem Miles Morales.

O filme era um desbunde de bonito. O roteiro era envolvente, todo certinho e emocionante. Os personagens eram incrivelmente carismáticos e bem delineados. A história era empolgante. O ritmo era perfeito. Ao final, ficava aquele gosto de “quero mais” na boca.

Pois, agora, sai esse novo acerto – Homem-Aranha: Através do Aranhaverso – trazendo mais lisergia nas camadas da animação, mais aventura, mais “Homens-Aranhas”, mais ameaça, mais aprofundamento nos personagens.

Que cuidado com a paleta de cores, com os ângulos de câmera, com as facetas de cada universo mostrado, com a personalidade de cada versão do herói aracnídeo!

Que prazer foi assistir a este filme, mesmo ficando claro que se trata da primeira parte de um filme maior, que mal dá para esperar ser lançado.

Contando os dias!!!!

Foto: Divulgação (transtorno de múltiplas personalidades)

 


Definir a ordem das medalhas de bronze, prata e ouro deste podium foi um tormento!

Isso porque se tratam, realmente, de três filmes espetaculares que 2023 nos trouxe. Dois deles ainda possuem atributos similares, por tratarem de temas e personagens reais; o terceiro, porém, trata-se de uma fábula moderna que, surpreendentemente entretinha ao mesmo tempo que não se furtava de trazer questionamentos muito relevantes para os tempos atuais.

O critério final foi o “estômago” (ou coração).

Sem analisar critérios muito técnicos, optei por me levar pela ordem de emoção sentida em cada um desses três filmes, sabendo que a ordem, aqui, na verdade pouco importaria, haja vista o nível de excelência de cada obra.

Sendo assim, vamos lá!


3º) OPPENHEIMER

Em terceiro lugar (mas, tranquilamente, podendo estar em segundo ou primeiro), tem esse esmero de filme que é Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan e protagonizado por um incrível Cillian Murphy, no papel do físico Robert Oppenheimer, principal cientista na criação da bomba atômica que os EUA, lançaram (duas vezes) sobre o Japão, ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Reconstrução de época impecável; atores esplêndidos (com destaque para Robert Downey Jr., simplesmente espetacular); trabalho de som genial; roteiro consistente; fotografia IMAX irretocável… Nos aspectos técnicos, não há uma agulha fora do lugar que se possa criticar.

Talvez o único senão da obra seja, ao final, ser um tanto quanto condescendente com os EUA por terem aberto a “Caixa de Pandora” do poderio atômico, pauta definitiva das guerras futuras pós-Segunda-Guerra, bem como do poder do ser humano de acabar consigo mesmo apenas pelo aperto de um botão, ao alcance dos dedos do chefe do executivo norte-americano e/ou russo (para citar apenas nos dois principais atores nucleares do mundo atual).

Mas, que filme!!!!

Cotadíssimo para as principais categorias do Oscar, sem qualquer dúvida!

Foto: Divulgação (esse filme vai “explodir” sua cabeça!)


2º) BARBIE

Em segundo lugar, está este filme completamente irresistível – Barbie – baseado na figura de uma boneca que, em verdade, é o símbolo de toda uma cultura que envolve o “feminino” desde sua criação, em 1959, até a sociedade liquida atual.

Dirigido com inspiração por Greta Gerwig e protagonizado e produzido com total dedicação e confiança por Margot Robbie – atriz que certamente nasceu para viver este papel – este filme é surpreendente por vários motivos, que vão desde o roteiro afiado, até à impecável direção de arte.

Incrível como uma fábula que parte da premissa fantástica da existência real de uma Barbielândia pode ser tão cativante para uma enormidade de público (adultos, crianças, héteros, cisgêneros, comunidade LGBTQIAP+ etc.).

Mas foi exatamente isso o que ocorreu.

Nem o discurso feminista – horror para as camadas mais conservadoras e/ou reacionárias da sociedade atual – conseguiu afastar milhões de pessoas das salas de cinema – muitas vestidas de rosa! – gerando mais de um bilhão para os cofres da Warner Bros.!

As atuações são irretorquíveis; o subtexto é acertado; o ritmo delicioso; a trama envolve… Ou seja, uma excelente surpresa original para um ano de muitas continuações de franquias e surpreendentes flopadas.

Quem ainda tem preconceito com Barbie, pense em dar uma chance a esta obra originalíssima e muito bem realizada!

Foto: Divulgação (quando ‘brincar de casinha’ ganha outro significado)


1º) ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES

O primeiríssimo lugar – apesar de algumas discussões íntimas – não poderia ficar nas mãos de outra obra que não fosse esse filme esplendoroso do octogenário Martin Scorsese.

Foram as três horas mais recompensadoras de 2023 dentro da sala de projeção.

Aspectos técnicos sem qualquer retoque.

Direção apaixonada.

Roteiro inspirado.

Atuações arrebatadoras (com destaque absoluto para a estreante Lily Gladstone).

Trilha sonora e sonorização perfeitas.

História tragicamente real.

Ritmo intenso.

Um “Filmão” com “F” maiúsculo.

Quem deve levar o Oscar é Oppenheimer (mais condescendente), mas Assassinos da Lua das Flores é qualquer coisa de excelente, que não deve levar a estatueta principal justamente por mostrar algumas das sujeiras empurradas para debaixo do tapete pelos EUA e seu capitalismo liberal tão decantado.

Mas é uma experiência inesquecível assistir a esta pérola.

Foto: Divulgação (qual o preço da sua alma?)

 


A Menção honrosa vai para Guardiões da Galáxia volume 3; Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1; John Wick 4: Baba Yaga; Resistência; e Retratos Fantasmas.


 

P.S.: esta matéria, apesar de estar sendo publicada agora, por motivo de agenda, foi redigida antes da premiação do Globo de Ouro, de modo que muitos comentários feitos aqui e nas correspondentes críticas completas dos filmes mencionados, foram sugeridas várias premiações que se confirmaram no evento ocorrido ontem, dia 7 de janeiro de 2023!

 


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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