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Críticas

OS PIORES FILMES DE 2023 | Opinião do Neófito

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Não tem como, não é mesmo?

Final de um ano, início de outro, a gente faz prospectiva para o ano que nasce, e a retrospectiva daquele que acaba!

Listas de melhores e piores são quase obrigatórias, principalmente no campo da cultura.

O Nerdtrip não poderia ficar de fora, concordam?

Então, apertem os cintos dos seus assentos, que nossa nave de viagem nerd vai voltar ao passado para vermos aquilo que – na nossa opinião, claro! – funcionou e não funcionou na cultura pop do ano de 2023.

Nessa primeira parte, vamos falar daquilo que achamos que não deu certo, ou seja, os piores filmes de 2023.

Segurem firme que lá vem turbulência!!!!


2023 foi um ano profícuo para o cinema.

Ocorreram muitos lançamentos, em diversos gêneros e estilos, tanto nas salas de exibição, quanto no streaming.

Lógico que, com tanta coisa, o público fica mais exigente e, por isso, muita coisa cai na casa dos “piores”.

Mas toda lista é subjetiva, então, não me apedrejem por emitir a MINHA humilde opinião sobre alguns dos filmes lançados em 2023. Ao contrário, adoraria ver a lista de vocês, tripulantes!

Sem mais enrolação, então, vamos lá, partindo do “menos pior” para o “tenebroso”!


15º Lugar: NAPOLEÃO

Vamos começar esta lista com o que considero ter sido “uma pena”.

Napoleão, de Ridley Scott, era um filme muito esperado, concentrando grandes expectativas. Apresentou um cuidado estético fabuloso (fotografia, cenografia, figurino etc.) e atores totalmente entregues a seus papéis; mas, que roteiro ruim! Apressado e historicamente impreciso, sem que isso ajude em nada no contar da história). Mas o que “mata” o longa é a direção preguiçosa e burocrática do cineasta que já entregou Blade Runner, Alien: O Oitavo Passageiro, Perdido em Marte, O Gângster etc.

Uma decepção lindamente embalada, para resumir.

Foto: Divulgação (chato como aula de História, só que ensinada de forma errada!!)

14º Lugar: A BALEIA

Na nossa primeira crítica do ano, atribuímos a A Baleia uma nota de “muito bom” (3,5 navezinhas).

Mas, ao rever o filme, a impressão foi de que nos deixamos levar pela atuação completamente entregue e visceral de Brendan Fraser (que ganhou o Oscar por tal performance), fechando os olhos para vários defeitos do longa.

Baseado numa peça de teatro homônima, o filme dirigido por Aronofsky peca por não saber fugir da estética teatral, por criar personagens femininas absolutamente estereotipadas (cheiro de misoginia…), pela falta de inspiração, pela quase escatologia de algumas cenas e por apostar nas puras e simples tristeza e depressão como formas de “tocar” o coração do espectador. Para tanto, utiliza fotografia escura, estética suja, claustrofóbica, em diálogos aparentemente “profundos”, mas altamente planfetários, intencionalmente chocantes, para provocar lágrimas.

Salva a atuação de Fraser que, mesmo tão presa a quilos de maquiagem, próteses e roteiro superdependente de seu material de origem, é realmente, digna de nota.

Se você quiser ficar propositalmente meio deprê – mesmo sem saber o porquê – pode ser uma boa aposta.

Foto: Divulgação (Oscar de melhor ator… e só!)

13º Lugar: A MÃE

Certa vez, um jornalista de cultura ironicamente perguntou a Jeniffer Lopez se ela se considerava uma melhor atriz ou cantora, ao que ela respondeu que se considerava “melhor dançarina”!

Talvez fosse melhor que ela se dedicasse mesmo mais à sua especialidade – a dança! – pois, atuando, a belíssima artista não tem se dado muito bem. Suas escolhas são questionáveis e sua performance, via de regra, não convence.

Em A Mãe, a artista tenta se enveredar pelo subgênero “exército de um homem só”, só que em versão feminina (então, “exército de uma mulher só”).

Mas, o que se vê é um filme genérico, sem inspiração, previsível, com roteiro fraco, direção ruim e… nada mais!

Nesse gênero de filme, prefira Atômica (2017), que continua imbatível, ou Anna: O Perigo Tem Nome (2019), infinitamente melhores do que A Mãe.

Foto: Divulgação (a mãe de quem devemos xingar por ter realizado este filme?)

12º Lugar: AGENTE STONE

Outra bela artista que não tem se dado muito bem, nos últimos tempos, é a nova (e já descartada) Mulher-Maravilha contemporânea, a linda Gal Gadot.

Mulher-Maravilha 1984 (2020) é muito ruim! De tão fraco, quase faz a gente esquecer da pérola que foi o primeiro filme da mais poderosa super-heroína da DC, de 2017.

Com o fim do DCU, a atriz israelense decidiu investir em novo projeto, lançando o que deveria ser o primeiro filme de uma franquia nos moldes Missão Impossível, só que protagonizada por uma mulher.

Surge, então, esse Agente Stone que… caramba! Como é fraquinho e esquecível.

Previsível, inverossímil (o que, em tese, não deveria ser condenável num filme que envolve superespiões), incoerente e até mesmo cansativo.

Nem a voz rouca e o bonito rosto da atriz conseguem distrair o público da fragilidade deste investimento furado da Netflix.

Foto: Divulgação (no caminho de Gal Gadot tinha uma “pedra”)

11º Lugar: URSINHO POOH: SANGUE E MEL

O que falar desse Slash horroroso?

Que ele é horroroso!

Que “Ursinho Pooh” é aquele?

Que roteiro mais porco! (aliás, tem roteiro?)

Ah, “os direitos sobre o personagem caíram no domínio público! Então vamos deturpar a imagem de ursinho fofo e fazer dele uma máquina assassina indestrutível”, como tantos outros Freddy Krueger’s, Jason Voorhees’s, Michael Myers’s da vida, matando – pra variar! – muitas mulheres (sexismo, misoginia…) e alguns “boys”, com péssima iluminação, sonorização, fotografia, cenografia e… putz! Que bomba!!!

Se você curte filme de terror, com violência gráfica, por favor, prefira A Morte do Demônio: A Ascensão, esse, sim, um ótimo exemplar do gênero.

(o pior é que agora vem a versão slasher de Mickey Mouse…)

Foto: Divulgação (nem litros de mel conseguem tirar o gosto amargo da boca desse filme!)

10º Lugar: ÂNGELA

Ouçam o podcast Praia dos Ossos! Esse, sim, um registro digno de um dos mais icônicos casos de feminicídio do Brasil, que abriu portas para a conscientização feminina de que não existe esse negócio de que “em briga de mulher não se mete a colher” ou de “legítima defesa da honra”. Afinal, como dizia o slogan nascido a partir da primeira e teratológica sentença absolutória de Doca Street (o assassino confesso de Ângela Diniz) “quem ama não mata”!

Em contrapartida, o filme Ângela, disponível no Prime Video, dirigido por Hugo Prata – e estrelado pela ótima e maravilhosa Ísis Valverde e o competente Gabriel Braga Nunes – é o oposto de tudo o que se poderia esperar de uma cinebiografia contemporânea desta personagem real tão complexa, como foi Ângela Diniz.

O filme – um softporn mal disfarçado – é sexista, misógino e machista, quase justificando os “surtos” do assassino da socialite, uma vez que ela não era uma mulher de temperamento fácil, além de gostar de uma sacanagem, né? Putz! Que coisa triste de se ver!

A vida sexual de Ângela Diniz era intensa e progressista; ela era rebelde, independente e atrevida. Mas, será que isso se torna condenável pelo fato dela ser mulher? Mesmo não explicitamente, é isso que o filme sugere. Nada contra erotismo em tela – principalmente encenado por atores belos e profissionais – mas a exploração do sexo como se fosse fonte de depravação moral já está para lá de demodê, não acham?

Foto: Divulgação (Ângela Diniz continua sendo vítima, mesmo após ter sido assassinada…)

9º Lugar: FILMES DE SUPER-HERÓIS

Vou fazer um degrau no podium para reunir os filmes de super-heróis que, reunidos, foram – quase todos – de fracos a verdadeiras bombas!

9.1. Shazam 2: Fúria dos Deuses

Este ano não foi um ano fácil para os filmes de super-heróis, seja do MCU ou do já finado DCU.

Após um primeiro filme assistível (Shazam, de 2019) essa continuação conseguiu – assim como Mulher-Maravilha 1984 – destruir tudo de bom que a produção inicial havia concebido.

Um roteiro digno da “Era de Prata” dos quadrinhos, com um personagem principal idiotizado para parecer “jovem”; soluções previsíveis; CGI mais ou menos.

A grande Helen Mirren resolveu fazer um troco para comprar uma Bolsa Prada nova. Rachel Zegler é linda. Zachary Levi – novamente de roupa com enchimento – faz todas as caretas possíveis, mas nada salva este filme de ser mais um a tornar questionável a quantidade de produções sobre super-heróis.

Foto: Divulgação (um é pouco, dois é totalmente dispensável)

9.2. The Flash

Marcando o fim definitivo do DCU, The Flash introduz o conceito de multiverso à realidade dos live-action’s da DC, que até poderia servir como mote para a virada proposta por James Gunn; todavia, sua trama – baseada no ótimo arco Flashpoint das HQ’s do super-herói velocista – não suporta um segundo olhar. Assistindo ao filme duas vezes, na primeira exibição, ele até diverte, haja vista ter, por base, um material realmente bom; todavia, numa segunda visita, os vários buracos de roteiro, refilmagens, remendos, modificações e CGI deprimente, mostram toda a fragilidade da produção, do roteiro e da direção.

A vida turbulenta de Ezra Miller é mais excitante do que o filme que ele protagonizou!

Foto: Divulgação (corram o mais rápido que puderem para longe deste filme!!)

9.3. Aquaman 2: O Reino Perdido

Este filme peca pela total falta de originalidade: o roteiro emula Thor: O Mundo Sombrio (2013) – dois irmãos rivais se unem contra uma grande ameaça vinda do passado –; inspira-se na obsessão na “família” de Velozes e Furiosos; imita, sem pudor, o final de Pantera Negra (2018) e Homem de Ferro 1 (2008), além de contara com a pior e mais despropositada cena pós-crédito de todos os filmes baseados em super-heróis que já se viu.

Nem a capacidade criativa de James Wan, o carisma de Jason Momoa ou o talento de Patrick Wilson salvam este filme que, na verdade, é a pá de cal derradeira sobre o túmulo do DCU.

Que final melancólico para o projeto Zack Snyder, iniciado com o promissor Homem de Aço (2013)!

Foto: Divulgação (afogaram o DCU de vez!)

9.4. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Para os decenautas não dizerem que só falo mal dos live-action’s da DC, temos que citar dois filmes do MCU, começando por este filme completamente despropositado que é Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, terceiro exemplar dos filmes sobre o super-herói que se encolhe.

O filme perdeu seu propósito graças à segunda temporada da série Loki e à defenestrada de Jonathan Majors da pele de Kang, o suposto novo grande vilão das fases pós Vingadores Ultimato do MCU, devido à sua condenação por violência doméstica contra a mulher.

Além disso, o roteiro é bem medíocre. O vilão – que deveria rivalizar com Thanos – é derrotado (desculpem pelo SPOILER) por um punhado de formigas voadoras, comandadas por um dos super-heróis mais caricatos do MCU! “Ah, mas era apenas uma das “versões” multiuniversais do Kang! Caramba, mas não era a versão da “linha original”? Ou o universo quântico, na verdade, levaria para um dos multiversos?

O excesso de tela verde – mesmo com CGI decente – os alienígenas e criaturas mais exóticas falando inglês fluente (com gíria) e tudo o mais, faz com que percamos a conexão com aquela realidade, fantasiosa demais, muito acima da lógica e do razoável.

Sem falar no personagem principal, que é bacana, mas não passa disso, não é mesmo?

Foto: Divulgação (encolheram a qualidade dos filmes do MCU também…)

9.5. As Marvels

Outra pena, agora especificamente no gênero de super-heróis. Foi difícil decidir se este filme dividiria este degrau do podium, pois, ao contrário dos anteriores, ele possui alguns méritos que, no entanto, ficaram obscurecidos pela confusão que o MCU tem se tornado.

As Marvels tinha potencial para valorizar definitivamente o girl power do gênero: a reunião da super-heroína mais poderosa do MCU (a Capitã Marvel interpretada por Brie Larson), ao lado de uma jovem promissora (a Miss Marvel vivida por Iman Vellani) e de outra personagem pouco desenvolvida (a Monica Rambeau, de Teyonah Parris). Lembrando que Monica e sua mãe (Maria Rambeau, de Lashana Lynch) desfrutaram de um passado comum com Carol Denvers (Capitã Marvel), mostrando-se decepcionadas com a sua antiga amiga (ou até mesmo algo a mais). Havia, portanto, material dramático e de ação a ser trabalhado.

Mas a vilã (a Dar-Benn, na pele de Zawe Ashton) que deveria promover um desafio digno destas três heroínas é de uma linearidade monstro! Ao invés de se aumentar o nível da ameaça para o trio de supergirls, os roteiristas resolveram diminuir o poder da Capitã Marvel para equalizar melhor o perigo a ser enfrentado. Buscando uma trama muito antiga das hq’s (na qual Rick Jones, dotado dos braceletes cósmicos, trocava de lugar com o finado Capitão Marvel), o filme promove uma mistura entre as três protagonistas que, às vezes, diverte; em outras, soa nonsense.

O filme tem ritmo e boa interação entre as personagens principais, mas, ao que tudo indica, a interferência do estúdio e seus executivos, tiraram muito da força dramática da trama, como o lado badass da Capitã Marvel e, até mesmo, do indicativo de que ela e Maria Rambeau, na verdade, eram um casal.

Fica a meio do caminho, mas, como integra a bagunça atual do MCU – como, por exemplo, praticamente ignorar a trama de Invasão Secreta – acabou integrando esta lista.

Foto: Divulgação (cadê a maravilha desta produção??)

8º Lugar: OS MERCENÁRIOS 4

Tchau Stallone! Já deu, né?

A onda nostálgica dos filmes de porrada e bomba da década de 1980, iniciada com Os Mercenários (2010), passou!

Você é um produtor, diretor e ator competente, com 77 anos de idade, ainda forte como um touro e cheio de dinheiro no bolso. Tá na hora de tentar coisas diferentes. Olha lá o Clint Eastwood, reinventando-se a cada filme, prestes a lançar um novo filme aos 93 anos!!

Esse Os Mercenários 4 é a prova que de “requentar” a fórmula dos filmes de ação oitentistas – com muito CGI e tecnologia cinematográfica atual – esgotou-se completamente.

Nada salva esse filme que, devendo ser de ação, é de um tédio só. As explosões só irritam, o “casal” do filme (Jason Statham e Megan Fox) é absolutamente sem química; as cenas de ação são cópias de cópias de outros filmes; o roteiro é repetitivo e sem graça; a direção é de uma preguiça espantosa…

Mas tem gente que ainda gosta!!!

Meu respeito a esses aí! Mas, para mim, esse filme não serve nem como esforço saudosista.

Foto: Divulgação (contrataria uns mercenários para destruir este filme)

7º Lugar: TRANSFORMERS: O DESPERTAR DAS FERAS

Outro filme de “ação” que deveria empolgar nas cenas de explosão e combate entre robôs que se disfarçam de carro (até no planeta deles!), mas que, na verdade, provoca é constrangimento alheio.

Que roteiro mais chinfrim!

Não dá nem para enumerar todas as incoerências da trama, haja vista ela não apenas estar ligada à franquia de filmes já realizada, como interligada ao universo de outra franquia, a dos G.I. Joe’s.

Acho que a geração que cresceu assistindo aos desenhos e brincando com os bonequinhos dos Transformers já está adulta e não se entusiasma mais com esses filmes repetitivos, ilógicos, barulhentos, exagerados, mal escritos e dirigidos.

Nem a memória afetiva é capaz de defender essa nova aventura dos Autobots vs Decepticons (estes últimos nem aparecem no filme, na verdade). E nem as crianças de hoje devem curtir muito.

Fraco demais.

Foto: Divulgação (transforme-se num filme bom!!!)

6º Lugar: VELOZES E FURIOSOS 10

Que correria cansativa!

É carro pra lá, carro pra cá, moto passando no meio, bolas de ferro gigantes, bombas explodindo, submarinos, helicópteros, cenas impossíveis de serem realizadas por veículos de verdade e, a “família”, claro!

Velozes e Furiosos X (ou 10) – que é a parte 1 de uma trama maior – é o substrato de tudo o que a franquia se tornou: inverossímil, artificial, barulhenta, com personagens estereotipados. Jason Momoa, caricato como nunca, é a única coisa que salva este filme que mostra sinais de esgotamento desta longa lista de filmes sobre o mesmo tema.

Há, ainda, a curiosa (e questionável) decisão de isolar os personagens representantes das “minorias” em núcleo próprio, de modo a não se misturarem com o restante branco e testosteronizado (incluindo as mulheres) do elenco.

As bilheterias decepcionaram – perto do que os filmes anteriores faturaram – mas ainda assim foram fartas o bastante para que o astro Vin Diesel ainda tenha esperanças de alongar ainda mais a linha de produção dos longas Velozes e Furiosos (ou pisar mais fundo no acelerador, a ponto de comprometer a segurança do motor!).

Mas até para o espaço eles já enviaram carro! O que mais falta? Como tornar tudo ainda mais grandiloquente? Um DeLorean capaz de viajar no tempo talvez?

Foto: Divulgação (tá mais para “lentos e preguiçosos”)

5º Lugar: 65: AMEAÇA PRÉ-HISTÓRICA

 Adam Driver, indubitavelmente, é um dos grandes atores de sua geração. Mesmo não sendo galã, consegue emplacar qualquer papel com a mesma dignidade e competência, indo de dramas intimistas (Histórias de um Casamento) a grandes filmes de ação (última trilogia de Star Wars), com igual desenvoltura.

Assim, após sua performance como Maurizio Gucci (Gucci, 2021) ele entrega essa ficção científica muito esquisita e de roteiro fraquíssimo, que é 65: Ameaça Pré-Histórica.

Uma história que une a tese do famoso livro Eram os Deuses Astronautas? – coqueluche na década de 1980 –, com Parque dos Dinossauros (1993 a 2022), mais Depois da Terra (2013), somada a pitadas de Alien 2: O Resgate. Acrescente a tudo isso uma sequência de coincidências e incoerências e tem-se esta “coisa” estranha em forma de filme.

Desligando o cérebro, até dá para assistir, mas, com um pouquinho de reflexão, percebe-se o quanto tudo é fraco e despropositado.

Aqueles alienígenas (do qual Adam Driver faz parte) são capazes de atravessarem galáxias por meio dos buracos de minhoca, mas não têm SUS ou plano de saúde digno para seus cidadãos! Ou seja, os EUA existem desde antes o surgimento do ser humano na Terra!!!!

Que filme fraco!!!

Foto: Divulgação (que filme pré-histórico!!)

4º Lugar: PETER PAN E WENDY

 Cadê os roteiristas da Disney?

Será que o poderoso estúdio não tem condições de pagar talentos que sejam capazes de criarem boas novas histórias dignas de serem filmadas?

Que mania de reciclar em live-action desenhos animados antigos é essa que não acaba mais?

Apesar de algumas adaptações razoáveis (nenhuma é digna de ser ovacionada), a Disney tem feito coisas horrorosas, como este Peter Pan e Wendy que, de tão esquecível e ruim, nem ao menos constou da lista de piores do ano de todos os demais veículos de cultura pop disponíveis na internet.

Nem como nostalgia da animação de 1953 este filme serve. A inclusão do nome da Wendy no título poderia indicar um novo olhar – menos machista/sexista – da obra concebida com esta alcunha pelo criador do personagem, J. M. Barrie, no início do século 20.

Mas a adaptação é uma cópia mal-feita do desenho e da história do menino que se recusa a crescer, com o único diferencial de ser com atores de carne e osso.

Mas a direção é ruim, a fotografia é escura, o roteiro é apenas uma cópia, os efeitos são amadores, as atuações pouco inspiradas…

Uma das piores produções do ano, mesmo com a desculpa que ainda foi feito no rastro da pandemia da Covid.

Foto: Divulgação (cresça e faça um filme melhor, por favor!!!)

3º Lugar: MEGATUBARÃO 2

 Se alguém conseguir me dizer qual a razão para este filme, merecerá um prêmio!

Que coisa mais despropositada este Megatubarão 2!

O primeiro já não era grande coisa, mas pelo menos era bem divertido e possuía um conceito bacana, anabolizando o eterno Tubarão (1975), do grande Spielberg.

Mas este segundo exemplar só consegue piorar tudo o que de potencialmente fraco, irregular e ruim o primeiro filme tinha.

Jason Statham repete, pela milionésima vez, o mesmo personagem de sempre – durão, destemido, super-habilidoso, inteligente, perspicaz, “fodão” – sem nenhuma nuance ou camada.

É tão genérico que fica até difícil conseguir falar mal deste filme descartável e que tende a continuar a produzir outras produções, cada vez com menos investimento, mais exageradas e precárias (como os Sharknado’s ou O Ataque do Tubarão de ‘x’ Cabeças da vida).

Foto: Divulgação (imagine a quantidade sushi que isso não ia gerar?)

2º Lugar: REBEL MOON – PARTE 1: A MENINA DO FOGO

 Com grandes expectativas, vêm grandes decepções!!!

Após a tão esperada e incensada “versão do diretor” do filme da Liga da Justiça (2021), os trailers sobre o “épico de ficção científica” de Zack Snyder – que seria resultado de uma antiga proposta de filmes para o universo Star Wars – deram a falsa sensação de que a Netflix teria investido zilhões numa produção antológica, que marcaria época no streaming, com o cineasta tendo carta branca para materializar sua visão sem interferências de engravatados dos grandes estúdios.

No entanto, o que realmente se apresentou ao público foi uma cópia da trama de Mercenários da Galáxia (1980), com arroubos de Star Wars, inveja de Duna, maquiada com minutos inacabáveis de câmera lenta, personagens lineares e extremante sem graça; história batida e previsível, roteiro apressado, que parece ter sido escrito pelo Chat GPT (com desculpas à IA!), e tão esburacado como a BR-381 entre Minas e Espírito Santo; efeitos especiais apenas corretos, montagem preguiçosa, atuações robóticas (sendo o robô o mais expressivo de todos).

Que desastre!

O pior é que Zack Snyder está anunciando sua “versão do diretor” (de novo!!!).

Foto: Divulgação (estou esperando a última cena em câmera lenta acabar até agora…)

1º Lugar: JOGO JUSTO

O troféu de pior de todos fica para esta “pérola” escondida (e que nunca deveria ter sido achada) constante do catálogo da Netflix.

Protagonizado pela bela Phoebe Dynevor (Bridgerton) e Alden Ehrenreich (do tenebroso Han Solo: Uma História Star Wars), este filme não se define como uma homenagem a Wall Street: Poder e Cobiça (1987), como um erotic thriller (nos moldes de Invasão de Privacidade), ou como estudo de personagem, ou como crítica ao capitalismo, nem como cinema pipoca.

É uma coletânea de coisa ruim que irrita.

O casal de protagonista – vê-se! – dá o máximo de si em seus personagens novelescos, que mudam de atitude e personalidade na medida em que a trama “pede”, naquele estilo de roteiro em que os escritores pensam: “agora vamos criar um impacto”

É tudo ruim nesta produção. O roteiro é esquemático; a temática é machista, misógina e sexista; o desenvolvimento é sem graça; as “reviravoltas” sem sentido, forçadas mesmo.

A talentosa e linda britânica Dynevor merecia uma chance melhor em Hollywood (mesmo ainda estando vinculada à Netflix), enquanto Ehrenreich precisa, urgentemente, achar um bom projeto para recuperar sua carreira, que tem acumulado bomba atrás de bomba.

O filme não excita nas suas cenas de sexo (a primeira, inclusive, escatológica, para alguns); não cria tensão; não nos faz torcer para nenhum personagem; inventa situações constrangedoras; tenta mudar de gênero (que saudades de Parasita!) e apresentar um final “cabeça”, mas não consegue nada disso em momento algum.

Vergonha alheia!

Foto: Divulgação (injusto é ter que assistir a isso!)


Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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