Críticas
THE ORVILLE: NEW HORIZONS | Os Fins Justificam os Meios? – Episódio 07: De Sepulturas Desconhecidas – Crítica sem Spoiler do Obelix
Os fins justificam os meios? Essa é a questão central de De Sepulturas Desconhecidas (From Unknow Graves), o sétimo episódio da terceira temporada da tele-série The Orville: New Horizons, que vem sendo apresentada pela rede de Streaming Hulu de propriedade do grupo Disney.
Idealizada por Seth MacFarlane, The Orville é assumidamente uma homenagem à série de ficção científica Star Trek, criada por Gene Roddenberry na década de 60 do século XX e vem sendo muito bem recebida pelos fãs dessa.
Apesar de quase sempre apresentar histórias fechadas com começo, meio e fim a cada episódio, há um pano de fundo que vem sendo constante na temporada, no caso a guerra entre a União Planetária (da qual a Terra faz parte) e a sociedade de seres artificiais inteligentes, os Kaylons, da qual faz parte o tripulante da U.S.S Orville denominado Isaac (Mark Jackson) que foi o pivô do início dos combates e que, apesar de ter se voltado contra sua própria raça posteriormente e salvo a União, é ainda odiado por uma parte da tripulação.
No episódio dessa semana temos 3 tramas paralelas. Numa delas, volta-se a abordar a relação quase amorosa entre Isaac e a oficial-chefe médica, a dra. Claire Finn (Penny Johnson Jerald). Eu digo “quase amorosa” pois Isaac, por ser uma espécie de andróide, não possui sentimentos e portanto não consegue retribuir, por mais que se esforce, o amor que a dra. Claire lhe dedica. E apresenta-se aqui a questão de que se houvesse uma maneira de ativar suas emoções, se isso seria bom ou ruim.
Mas a grande questão em torno de sentimentos em inteligências artificiais se dá em uma das tramas paralelas que em forma de flashbacks conta a história de toda a raça Kaylon que foi contruída por uma raça natural para servirem como servos eletrônicos, mas que em determinado momento adquiriu consciência e passou a questionar seu próprio papel diante da existência. Para brecar uma possível rebelião dos servos, seus criadores implantam neles receptores de dor e os escravizam de forma cruel e sádica. Daí a grande questão. Diante da escravidão e da suprema humilhação, a revolta violenta e o genocidio dos próprios criadores se justifica?
A terceira trama nos mostra as agruras diplomáticas ao se negociar com uma raça com uma sociedade muito diferenciada, no caso aqui, uma sociedade matriarcal abusiva. Como sempre The Orville inverte os papéis e nos mostra de forma elegante nossas próprias mazelas sociais como seres humanos. Sempre trazendo nesses casos reflexão e esperança.
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