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STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Me Leve Para a Lua” (2×5)

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Me Leve Para a Lua é o quinto episódio da segunda temporada de Star Trek: Picard. A série é uma produção da CBS baseada no universo de Jornada nas Estrelas – A Nova Geração.

 

Anteriormente

guardiã-capaNo episódio anterior, Picard e Juratti descobrem que a mudança na linha temporal acontecerá dali três dias de sua chegada. Sete de Nove, Rios e Raffi se perdem numa trama paralela sem sentido com a imigração. Picard vai direto ao encontro da Guardiã, em Los Angeles. Lá ele encontra uma Guinan mais jovem, que não é a Guardiã, mas pode levá-lo até ela. No Parque MacArthur ele se encontra com uma contraparte de Laris, e desaparecem numa porta de fumaça.

 

Me Leve Para a Lua

Me Leve Para a Lua começa com a cabine de decolagem de um foguete espacial, onde o astronauta está tendo problemas com o mesmo. O controle da missão diz que houve uma colisão com um satélite russo e por mais esforço que seja feito, não consegue evitar a explosão fatal. Descobrimos então tratar de um simulador e que o piloto é a mesma moça que Q (John de Lancie) mirava no episódio anterior.

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Reneé Picard no simulador. Imagem Star Trek.com

Enquanto isso, Picard (Patrick Stewart) se encontra com a Guardiã, que se identifica como Tallin (Orla Bradis). O almirante explica que veio do futuro e Tallin demonstra desgosto. Ela também é um dos supervisores, assim como Gary Seven em “Missão: Terra” (Assignment: Earth), da Série Clássica. A função dela é proteger um indivíduo, e nesse caso é a nossa pilota frustada, Reneé Picard (Penelope Mitchell)-  uma ancestral do almirante. E apesar de tudo, não entendi por que Tallin se parece com Laris.

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Tallin, a Supervisora e Guardiã. Fonte: Star Trek.com

Finalmente temos o desfecho da trama paralela de Raffi (Michelle Hurd) e Sete de Nove (Jeri Ryan) salvando o capitão Rios (Santiago Cabrera) da imigração. Termina de uma forma tão rápida e sem graça, só demonstrando o quanto a trama foi feita pra manter ocupados aqueles desnecessários ao texto principal.

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Rios fugindo. Fonte: Escapist Magazine

A reviravolta mesmo fica por conta da Rainha Borg (Annie Wersching) recobrando a consciência e já preparando uma armadilha digna da segunda melhor vilã da temporada. Além disso descobrimos que o terapeuta de Reneé Picard é ninguém menos que Q, tentando convencê-la a não embarcar no vôo do Projeto Europa.

 

Confie em mim, sou um doutor!

Brent Spiner interpreta mais um personagem da família Soong, desta vez o doutor Adam Soong. Nunca ninguém percebeu que todos os membros desta família possuem a mesma cara, inclusive os artificiais? Considerando a hegemonia genética que o doutor Soong prega nesse debate, acredito que teve sucesso e propagou a sua genética criando clones de si mesmo. É piada, mas soa com um fundo de verdade.

O doutor Soong se apresenta a um conselho tentando convencê-los sobre suas ideias de modificação genética (em resumo, eugenia), usando a doença da filha Kore (Isa Briones) como desculpa. Obviamente a presidente do conselho, a doutora Diane Werner (Lea Thompson, diretora dos episódios anteriores) refuta suas ideias e ainda cassa sua licença por ter feito experimentos ilegais em soldados da Spearhead Operations, uma empresa privada de segurança.

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Doutor Soong e sua banca de apresentação. Fonte: Star Trek.com

Se Altan e Inigo Soong queriam uma eugenia cibernética, esse lado da família prega uma mudança genética, coisa que já vimos dar errado no episódio “A Semente do Espaço” (Space Seed) da Série Clássica, nos trazendo o grande vilão Khan. Pelo jeito, Data é membro de uma família com histórico um tanto duvidoso…

Enquanto isso a polícia francesa comete o disparate de enviar um único policial pra atender uma ocorrência em um lugar ermo, fazendo-o vítima da Rainha Borg. Já Q entra em contato com Soong hackeando sua rede particular e quando se encontram, usa sua lábia para convencê-lo a escutar o que tem a dizer. Se Q havia perdido seus poderes no episódio anterior, como ele criou o medicamento e como invadiu a rede do cientista? Alta inteligência, sorte ou seus poderes estavam de volta?

 

Missão: Baile de Gala

Picard convence Tallin a trabalharem juntos para o bem de Reneé. A Supervisora comenta que Reneé vai obrigatoriamente ao baile de gala antes de ficar em quarentena, momento importante para decidir se vai ou não embarcar no voo. Em La Sirena, Jurati (Allison Pill) é obrigada a atirar na Rainha Borg para salvar o policial. A obsessão por Jurati que a Rainha possui é absurda, o suficiente pra deixar evidente que neste angu tem caroço. O doutor Soong testa o medicamento em Kore, mas apesar de funcionar perfeitamente, ele é apenas temporário. Q chantageia o doutor pedindo um favor em troca do medicamento definitivo.

Peças alocadas no tabuleiro, Picard tem um plano e Jurati é inserida na festa com uma identidade falsa. Segundo o almirante, ela possuía as melhores habilidades para tal fato. Ao som da música “Fly Me to the Moon“, Jurati entra sob a identidade de “Holly Visser“. Reneé Picard está vendo imagens da Apolo 11 e preocupada com sua simulação.

Os seguranças percebem que Jurati é uma intrusa e a levam para sala de vigilancia, onde é algemada. No entanto, isso parece ser parte do plano, já que avisa Picard que está em posição. Algo faz a cientista relembrar o encontro com a Rainha Borg e percebemos que a alienígena transferiu sua consciência para Jurati antes de morrer. Na sala de vigilância, a Rainha aparece de repente ao seu lado.

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Agnes e a Rainha Borg. Imagem da internet

 

Conclusão

Enquanto Guardiã nada mais era que um tapa buracos lento e sem sentido, Me Leve Para a Lua é um episódio mais estratégico. Embora ainda seja lento, ele não é arrastado e muito menos sem sentido quanto o anterior. Ele prepara e muito bem o terreno para aquilo que nos espera no futuro da temporada.

Infelizmente, Me Leve Para a Lua é muito previsível, principalmente em sua metade final. Sem dizer que o aparecimento de Brent Spinner e Isa Briones é tão errático e estranho que fica muito evidente que seus personagens existem apenas pra empregar os atores com contrato pra esta temporada. Pobre Evan Evagora, que teve meia dúzia de falas a temporada toda e o seu Elnor só aparece numa ponta do episódio.

A Rainha Borg continua obsessiva e maliciosa, divertidamente maligna e muito estratégica. Algo me diz que se alojar em Jurati foi só o começo do plano. E agora vendo todas as peças no tabuleiro, consigo supor que a partícula biológica que Reneé traria de Io é parte da provável cura para a doença de Kore. Uma vez que ela não vai ao espaço, de alguma forma Adam Soong consegue implantar seu regime xenofóbico. Tanto que os drones que protegem sua filha no quintal se assemelham muito ao escudo em volta da Terra no futuro distópico. Ou seja, esperamos que Picard consiga convencer sua ancestral a cumprir sua missão.

Nota 3,5 / 5


Anteriormente, em Star Trek: Picard

STAR TREK: PICARD | Análise crítica de “O Observador de Estrelas” (2×1)

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Penitência” (2×2)

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Assimilação” (2×3)

STAR TREK: PICARD | Análise do episódio “Guardiã” (2×4)


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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