Críticas
STAR TREK DISCOVERY | Amarrando as Pontas no Season Finale – Episódio #14: Such Sweet Sorrow (parte 02) – Crítica do Viajante
Os haters de plantão podem destilar seu veneno o quanto quiserem, mas nada como um Season Finale de uma série de ficção frenético, com muita ação, batalhas espaciais produzidas por CGI caprichado, lutas, tiros, sangue entremeados de momentos de extrema emoção e tensão. Mesmo quando se trata da franquia Star Trek.
A segunda parte de Such Sweet Sorrow encerrou a 2º Temporada de Star Trek Discovery de forma espetacular e amarrando todas as pontas que os trekkers mais mau humorados passaram a série inteira apontando como soltas. O episódio foi ao ar na última quinta feira (18/04) pelo canal CBS e está disponível na rede de streaming Netflix.
A batalha espacial entre a U.S.S Discovery aliada à U.S.S. Enterprise que lideram juntas a Frota Estelar contra a esquadrilha de naves da Seção 31 controladas pelo capitão Leland (Alan Van Sprang) que por sua vez estava sob o domínio da inteligência artificial denominada Controle foi muito melhor do que o esperado. Logo após ser confrontado pela capitã Philippa Georgiou (Michelle Yeoh) que ressalta estar em superioridade numérica, Leland pede que a mesma conte novamente quando um incontável número de drones de pequeno porte brotam de dentro de suas naves partindo pra batalha. A computação gráfica é de primeira qualidade e a movimentação das naves é estonteante. Impossível não lembrar dos enxames de caças-ties saindo dos destróiers de guerra nas melhores cenas de combate da franquia concorrente Star Wars. Desgosto dos tradicionalistas.
Paralelamente vemos uma equipe na engenharia debaixo de forte adrenalina tentando montar a tempo uma cópia do traje temporal do Projeto Daedalus para que a especialista Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) possa saltar no tempo guiando a Discovery para um futuro onde o Controle não consiga acessar o banco de dados coletado na Esfera de 100 mil anos que pode significar sua ascensão e consequente extermínio da vida orgânica de toda a galáxia.
O show inteiro é eletrizante. As duas naves ficam muito avariadas e vemos os personagens correndo de um lado para o outro o tempo todo tentando resolver problemas ao mesmo tempo que lutam pela sobrevivência. Como em todo bom episódio do gênero existem tarefas de extrema importância para todos os principais personagens. A Saru (Doug Jones) cabe capitanear a ponte de comando da Discovery. A engenheira Jett Reno (Tig Notaro) é a responsável por energizar o cristal do tempo que fará o traje de Burnham funcionar. À alferes Sylvia Tilly (May Wiseman) é designada a missão de manter os escudos da Discovery funcionando.
Aliados de última hora surgem para lutar contra o Controle. É o caso da irmã de Saru, Siranna, que aparece pilotando um caça Ba’ul. Como ela aprendeu a pilotar e combater tão rapidamente e como teve acesso a um caça de seus inimigos é um mistério que fica para ser solucionado em outra temporada. Os Klingons também se unem à batalha liderados pela chanceler L’Rell (Mary Chieffo) ao lado do tenente meio humano meio klingon Ash Tyler (Shazad Latif). Por último, mas não menos importante, ainda temos a jovem rainha Me Hani Ika Hali Ka Po (Yadira Guevara-Prip) representando os Xahean.
Na enfermaria da Discovery vemos médicos e enfermeiros vestidos de branco porém cheios de manchas de sangue pelos uniformes, como em qualquer hospital de campanha, tentando socorrer dezenas de feridos de cada vez liderados pelo dr. Hugh Culber (Wilson Cruz). É nesse cenário desolador que ocorre a reconciliação do oficial médico (que havia anunciado que ia partir na Enterprise mas era só mentirinha) com seu par romântico, o engenheiro-chefe Paul Stamets (Anthony Rapp) que havia se ferido gravemente ao ajudar no transporte do traje temporal para o hangar de carga juntamente com Burnham e Spock (Ethan Peck).
Leland consegue se transportar para dentro da Discovery e é perseguido por Georgiou ao lado da chefe de segurança Nhan (Rachael Ancherill). Essa cena é pretexto para uma boa coreografia de luta corporal entre os envolvidos num ambiente onde a gravidade está falhando. Afinal, tinhamos que ter um desfecho com a cruel imperatriz terráquea do Universo-Espelho matando de forma sádica seu desafeto. Ignoremos aqui o roteirismo que obrigou Leland a entrar na ponte de comando sem motivo aparente, apenas para disparar tiros aleatórios e fugir. Só uma desculpa para que a perseguição tivesse início. Num universo lógico ele deveria tentar manter sua presença oculta e ir direto ao seu objetivo que era roubar os dados do computador.
E, como Burnham havia previsto no episódio passado ao tomar contato com o cristal do tempo, um torpedo fotônico se crava na seção de disco da Enterprise sem explodir. Mais roteirismo quando a oficial mais graduada dentro da nave, a almirante Katrina Cornwell vai pessoalmente cuidar do assunto levando junto consigo a Número 01 interpretada pela atriz Rebecca Romijn. Durante a empreitada, o misterioso nome da imediata do capitão Christopher Pike (Anson Mount) é discretamente revelado quando ele pelo rádio a chama de Noona. No desfecho Cornwell se sacrifica para salvar a Enterprise. Provavelmente a atriz não quis renovar contrato para a próxima temporada e precisou morrer. Além de Leland, a morte da almirante foi a única relevante no episódio. Eu errei na crítica anterior quando apostei que quem se sacrificaria seria Jett Reno.
Mas é claro que os protagonistas do episódio foram Spock e Burnham mesmo. Quando a especialista falha ao tentar fazer o traje funcionar porque não consegue programar nele nenhum destino, Spock chega á conclusão que o Anjo Vermelho era realmente Michael o tempo todo. E que todos os sinais haviam sido dados por ela mesmo durante toda a temporada a partir daquele momento. Assim, Burnham programa suas 5 aparições e a partir dali o episódio vira uma sequência de flashbacks a partir do ponto de vista da protagonista fazendo com que o telespectador tenha um rápido resumo de todas as aparições do Anjo Vermelho.
Como um “Silverhawk” Michael Burnham voa pelo espaço em seu traje guiando a Discovery através de um buraco de minhoca para o futuro com toda sua tripulação e com a capitã Georgiou. Não sem antes prometer ao irmão adotivo que enviará do futuro o “sétimo sinal”. Spock é teletransportado de volta para a Enterprise.
Já na sede da Frota em São Francisco Pike, Spock, Tyler e a número 01 dão declarações intercaladas a oficiais da seção 31 que aparecem sempre de costas ou com apenas a metade inferior do rosto na tela. Todos mentem dizendo terem visto a Discovery explodir. Por sugestão de Spock a frota Estelar proíbe que dali pra frente se fale sobre a Discovery, Burnham, o restante da tripulação ou sobre o motor de esporos sob pena de traição. Está aí a explicação para o fato de nunca termos ouvido falar de nada disso nas séries da franquia que se passam posteriormente à atual (todas com exceção de “Enterprise). Esse era o principal motivo de os trekkers conservadores estarem emburrados desde que Discovery se iniciou.
O episódio se encerra com Spock chegando à ponte de comando da Enterprise, que está na doca de reparos, já em seu tradicional uniforme azul e sem a barba que tanto incomodava os chatos de plantão. Isso acontece cerca de 4 meses após a Discovery ter pulado para o futuro. Número 01 afirma que detectou uma anomalia e Pike confirma que seria o sétimo sinal de Burnham. Sobre o pretexto de investigar uma nova lua, Pike ordena que a Enterprise rume para a anomalia. Esse final deixa em aberto a possibilidade de que na terceira temporada poderemos ter ainda a Enterprise procurando pela Discovery.
Apesar de algumas forçadas de barra também conhecidas como roteirismos, considero que esse foi o melhor episódio da temporada e esses delizes podem ser totalmente relevados nesse caso. Nota máxima para o Season Finale:
E com o final da 2º temporada, nada mais justo que finalizarmos com a média total da temporada. O Nerdtrip deu as seguintes notas para os episódios atuais:
Episódio 01 – 4,5
Episódio 02 – 4,5
Episódio 03 – 4,0
Episódio 04 – 4,0
Episódio 05 – 3,5
Episódio 06 – 4,0
Episódio 07 – 4,0
Episódio 08 – 4,5
Episódio 09 – 4,5
Episódio 10 – 3,5
Episódio 11 – 3,5
Episódio 12 – 4,0
Episódio 13 – 4,0
Episódio 14 – 5,0
Tirando a média chegamos a um resultado final de 4,1 que devidamente arredondado nos dá a nota final da 2º temporada de Star Trek Discovery:
Gostaria de agradecer a todos os trekkers que acompanharam minhas críticas episódio a episódio ajudando o Nerdtrip a crescer e se firmar como um dos mais confiáveis sites de entretenimento Nerd/Pop da atualidade, e porque não, um refúgio para os trekkers em busca de informação sobre a melhor franquia de ficção científica do multiverso. Ano que vem retorno com as críticas da 3º temporada. Na verdade devo retornar até antes, assim que Star Trek Picard estrear. Até a próxima trekkers. Vida longa e próspera a todos.
Críticas dos episódios anteriores:
STAR TREK DISCOVERY | De Volta à Estrada de Cogumelos – Episódio #02: New Eden -Crítica do Viajante
STAR TREK DISCOVERY | Retorno a Talos IV – Episódio #08: If Memory Serves – Crítica do Viajante
STAR TREK DISCOVERY | Airiam – Episódio #09: Project Daedalus – Crítica do Viajante
STAR TREK DISCOVERY | Paradoxo – Episódio #10: The Red Angel – Crítica do Viajante
STAR TREK DISCOVERY | Resistir é inútil – Episódio #11: Perpetual Infinity – Crítica do Viajante
Leia também as críticas de cada episódio da 1º Temporada:
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